A Nickelodeon se une com a Paramount Animation e Illion Studios para trazer ao cinema uma nova animação que te fará se emocionar de todas as formas possíveis.
O Parque dos Sonhos é um filme infantil e simples o bastante para agradar todas as crianças, porém profundo a ponto de arrancar lágrimas de seus olhos e vibrar com a inocência infantil da protagonista June, que entra naquela lista de personagem que você quer abraçar de tão fofa e maravilhosa que ela se apresenta no filme.
Fórmula infantil, drama adulto
Uma animação bem sucedida, apesar de caminhar com o freio de mão puxado, claro que o nome da Nickelodeon Movies presente no início é a prova que esse filme não desenvolver algo mais ousado como a Pixar, porém a diversão é certa.
O humor de Parque dos Sonhos trabalha em nível infantil, ao nível desenho animado da nova era, lembra em alguns momentos alguns desenhos que passam hoje no canal Nick, engraçado e esquecido, apesar de lembrar de uma coisa ou outra, a fórmula de desenho infantil agrada a todos os públicos, te faz rir, te prende nos acontecimentos da trama, e consegue maquiar um pouco o roteiro padrão que todos já conhecem, pode-se dizer que Parque dos Sonhos é um filme acima da média, porém longe de ser incrível.
Carismática June
Mesmo sendo uma animação aos padrões de desenho animado simplista, a trama esconde algo formidável que surge lentamente como um desabrochar de tulipas nos campos holandeses, desde de o início você entende que aquele é mais um filme de criança, e essa visão escala para algo maior, muito mais elaborado que nos abraça e acolhe na fofura contagiosa da protagonista June.
Aliás essa personagem foi algo grandioso em tela, visto como uma simples garota sonhadora, criativa em criar um parque de diversões que não passa de um monte sucata colada com silver tape, mas dentro de sua cabeça há um mundo onde as pessoas sorriem com os incríveis brinquedos e com os animais falantes carismáticos, os quais divertem o público presente no parque.
Transformação de June
Quando June passa por algumas complicações com sua família, a menina muda radicalmente, se torna uma pessoa responsável, adota o papel da figura feminina na casa, cuidando do pai, sendo que ele sabe se cuidar, sozinho, mas não é essa a visão dela, aí é apresentado a dependência que June possui pela mãe, mudando por completo a criança, tornando-a mais racional e menos ingênua, desconstruindo a criatividade da mesma, fazendo todo aquele parque cair no ostracismo, e ser apresentado visualmente todo destruído, e aqueles animais carismáticos e alegres decaem para algo mais triste e sem esperança.
Como June se tornou ao decorrer da trama, uma mensagem sutil que poucos irão conseguir absorver, a queda da criança ingênua perante a acontecimentos familiares, seja uma briga de casal ou a perda de um parente, um ambiente familiar passando por mudanças atinge a criança que é mais propensa a absorver toda a carga, seja negativa ou positiva.
Emoção Intensa
Apesar de plots óbvios, e ter uma trama pouco corajosa para algo mais forte que resulte em trazer uma emoção mais intensa, O Parque dos Sonhos é um filme leve para crianças se sentirem encantadas com um mundo dos sonhos em tela e fazer os pais chorarem com a pequena June passando pelos problemas pessoais, moldando ela de forma forçada, como todos que passaram por isso por um dia precisaram mudar, não porque é coisa do crescimento pessoal, mas porque precisou passar por tudo que aconteceu em sua vida pessoal.