Bem-vindos ao Vintage et Underrated, a coluna que une o antigo que não sai de moda e o underground que todo mundo adora, ou deveria. E hoje a gente sai um pouco do Japão para dar uma parada na Coréia do Sul e falar de um dos meus manhwas favoritos de todos os tempos!

Sobre Tarot Café

Lançado em 2005, Tarot Café é uma daquelas pérolas de horror gótico finamente ilustrada e com um enredo de tirar o fôlego em praticamente todos os sentidos. Então, escrito pela autora Park Sang-sun (Tarot Café e Ark Angels), a história mistura doses interessantes de romance shakespeareano (parecidíssimo com Conde Cain que a gente já falou na coluna), mitos diversos e uma dose extra de fanservice.

A obra conta ainda com uma Light Novel, mas vou falar pra vocês que grande parte da graça dessa obra está nas ilustrações. Além dos personagens e ambientes, cada mangá possui ilustrações próprias de alguma carta de tarot de um deck já existente. Porém, todas estilizadas com algum personagem do manhwa, criando cartas que deixam muito tarólogo babando horrores pra ter.

Além disso, um detalhe interessantíssimo dessa obra também é o fato de que ela é o verdadeiro TERROR dos ansiosos. Numa jogada estratégica do pessoal da Tokyopop, Tarot Café era lançado de TRÊS EM TRÊS MESES. Assim, sua primeira publicação americana foi lançada em 2005 e seu último volume foi lançado apenas em 2008!

Grazadeus quando eu encontrei ele, já tinha saído tudo…

Enredo

O design do manhwa é nada menos que perfeito e a história? TÃO PERFEITA QUANTO.

Aqui, acompanhamos as aventuras e desventuras da imortal Pâmela. Ela é dona de um charmoso café inglês que possui um dom oracular incrível que usa para ler cartas para clientes nada comuns.

A melhor parte aqui é lembrar de seus dois “ajudantes”: O demônio Bellus e o jovem lobisomem Aaron. Bellus e Pâmela sempre parecem ter uma amizade de longa data e, vira e mexe, tem ali um romance que fica meio em cima do muro. Por outro lado, Aaron é um pobre lobisomem de coração partido, com uma personalidade infantil e desajeitada, mas que está sempre a postos para ajudar Pâmela quando necessário.

A história em si segue o dia a dia no café. Então, Pâmela lê cartas para resolver problemas de diversas naturezas para seres mágicos (que vão desde vampiros até alquimistas). Em troca, ela pede as contas de um artefato chamado “Colar de Belial” que seria capaz de torná-la novamente mortal.

Além disso, temos ainda o próprio passado da taróloga e do demônio Belial, que envolve uma terceira relação muito esquisita com uma dupla de dragões.

Por aqui já dá pra ver que temos uma boa mistura de tipos de personagens, mas não se engane se você acha que vai ver histórias de comédia ou dramalhão clássico. Na verdade, algumas histórias são bem pesadas envolvendo tortura, abusos e outros assuntos um bocado perturbadores (no volume 5 tem uma história de um menininho que dá um ódio…).

Um dos poucos defeitos dessa história, é o fato dela não ter animação. Ficaria perfeito até como live action ou k-drama.

Pontos positivos

  • Personagens lindíssimos;
  • Enredo envolvente;
  • Uma mistura interessante de drama, horror e leves pitadas de humor ácido.

Pontos negativos

  •  Um dos pontos principais da obra é de fato as imagens, então a Light Novel se torna um pouco chata;
  • Não tem animação (buaaaaa).
Tarot Café
Imagem Divulgação

Sinopse: Na Inglaterra dos dias de hoje, seres de diversas naturezas buscam conforto e orientação em um charmoso café dirigido pela taróloga imortal Pamela, que atende a todos em troca das Pérolas de Belial, artefatos que quando unidos, são capazes de conceder o único desejo que habita em seu coração: Deixar para trás a imortalidade.