Baraldi
    Baraldi
    Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.

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    Rasga-se elogios para esse filme, uma explosão de emoções de todos os tipos, até um conceito pode ser pensado diante a todo conflito que ocorre no longa, e também uma dúvida: um ator, cujo papel foi uma computação gráfica merece o Oscar? Estivemos na coletiva com Andy Serkis, e ele falou sobre isso.

    Macacos vs Humanos

    Planeta dos Macacos: A Guerra mostra onde chegou o conflito entre macacos e humanos, e em determinada parte você começa a enxergar uma guerra ao estilo revolução de antigas décadas, como macacos defendendo seus ideais e territórios, e humanos se colocando no topo e rotulando macacos como meros animais “burros”.

    A linha do roteiro mostra a evolução dos macacos. Eles não se tornam humanos. Permanecem macacos, e vemos aquele que foi além, evoluiu e se tornou o líder. Sim, César, que assume a luta que o antigo macaco Koba começou – mas no próprio trailer (veja abaixo), o macaco interpretado por Andy Serkis desmente. 

    Sensibilidade

    O diretor Matt Reeves não fez nada de impactante em seu roteiro, apenas trouxe a sensibilidade da situação, a guerra aos olhos dos macacos, pois se acontecesse deles começarem a ficar inteligentes, e essa evolução causasse doenças para os humanos, qual seria a visão? Talvez os humanos fossem tomados pela raiva e quisessem a extinção dos macacos que não tem culpa alguma dessa doença.

    Além disso, a surpresa do filme foram os conflitos fora da guerra, as sequelas que a mesma podem deixar a uma nação, ou no caso, em uma espécie, o que torna questionável se Coronel, o vilão interpretado por Woody Harrelson, é realmente mau, ou apenas tomado pelo ódio das sequelas da doença símia, podendo ser interpretado de forma racional diante que a raça humana divide o topo de dominante.

    Tom Cômico

    Além de Andy Serkis, o mito da computação gráfica, temos um outro macaco que divide a tela com César, O Bad Ape, feito pelo ator Steve Zahn. Ele traz o tom cômico do filme, onde todas as cenas geram risadas, e sua situação é tão reflexiva quanto o filme como um todo.

    Em coletiva, Andy Serkis foi questionado se seus papéis por computação gráfica deveria ser olhado com mais carinho pela Academia, insinuando indicações e premiações ao Oscar para essas interpretações. Em resposta, Andy Serkis disse que atuar por trás de computação gráfica não é tão diferente quanto estar fisicamente atuando em frente às câmeras, pois você tem que trazer o sentimento para o personagem, como seu personagem, César, ele trás raiva com uma voz pesada, passando por outras modulações nas situações mais leves, de alívio ou alegria, como qualquer ator interpretando um papel. E ele também brincou com a pergunta: “Look, I’m very good.”

     

    Trilogia de Nome! 

    Há muito tempo não se vê uma trilogia ser finalizada sem precisar modificar drasticamente o filme anterior. A franquia começou de uma maneira e terminou com o mesmo ideal, a revolução dos macacos, do César como primeiro símio modificado em laboratório a líder de sua espécie.

    Para esse que vos fala, pode ser entendido como superestimado, mas acredito que em muitos anos, não temos um final de franquia tão bem feito, tão genial. Ao mesmo tempo, provavelmente será um filme de sucesso no ano de 2017, tendo de tudo para marcar uma história no cinema, como o macaco sentimental, astuto; o macaco que começou primata e terminou o humano.

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    Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.

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