O segundo semestre de 2019 está sendo marcado por muitos blockbusters que possivelmente estrearão na TV aberta ano que vem – aquele filme da Temperatura Máxima antes de começar a rodada do Brasileirão.

Isso porque o ingresso do cinema é caro e filmes menos populares são esquecidos pelos brasileiros, mas ao assistir, se torna um filme favorito ou entra na lista de filmes mais emocionantes já vistos, Meu Amor por Grace é esse tipo de filme, aquele romance bobinho que trabalha o drama a um nível que te vende a história e te prende a cada momento, esquecendo de sua simplicidade.

O ano é 1920…

O ano é 1920, o preconceito racial reina em meio as plantações de café no Havaí, basta um mestiço aparecer e o julgamento começa, mal visto por ser diferente e rotulado como má influência ou alguém ruim, por mais simplista que seja essa explicação, o nome disso é racismo, e em alguns casos xenofobia, e Jo (Ryan Potter) têm que viver isolado de todos por ser mestiço até ser acolhido por Doc (Matt Dilllon), e a questão do preconceito é um dos inúmeros fatores que coloca essa obra como um dos melhores romances do ano.

Tudo gira em torno do protagonista, a busca por ser um grande médico, provar que é o mais rápido da ilha e provar para a família esnobe que é merecedor da mão da menina Grace (Olivia Ritchie), a qual o sentimento é recíproco, todo o drama vivido te faz abraçar a causa e torcer por um final feliz, mesmo que pareça impossível de acontecer, mas por ser um blockbuster, entregar um romance padrão é fácil e certeiro, te levando um sorriso no rosto por uma bela história.

meu amor por grace

Camadas

Por meio dessas camadas que trabalham a trama, se esconde um roteiro simples, não entenda como algo ruim como a internet adora ver e difamar qualquer coisa que não seja “a melhor coisa de todos os tempos”, apesar de um romance clichê, o emocional de cada um trabalhará de um jeito diferente, pois o ranço da classe elitista pode ser maior do que a comoção do casal ou da pequena família entre Jo e Doc, ainda o conflito da filha ter um casamento arranjado e o outro médico da ilha ser um pilantra oportunista, cada elemento compõe esse roteiro como algo lindo de se assistir, e fazer com que esse filme toque os corações de alguns sensíveis.

Porém, a surpresa desse filme está em um ponto quase que omisso, o alívio cômico é quase escasso, piadinhas que não funcionam e não fazem falta, nada de forma forçada, mas notadamente desnecessário, porém não atrapalha a experiência, um romance dramático sem alívio cômico se mostra muito mais rico em tela pela seriedade da história, isso apenas fortalece o argumento desse ser um grande filme para se assistir, principalmente que estiver namorando.

Mexendo com os corações sensíveis

O simples coberto por cenas emocionantes e dramáticas faz com que Meu Amor por Grace se destaque de muitos filmes populares no mês de setembro e se coloca como uma bela surpresa, mesmo com o clichê entregue, o filme mexe com os mais sensíveis e atinge a todas as idades com um belo romance que ensina sobre preconceito, amor e família para todos os gêneros.

REVIEW
Meu Amor por Grace
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
meu-amor-por-grace-reviewEm 1920, tempos de segregação racial nos campos de café do Havaí, o órfão Jo (Ryan Potter) é adotado por Doc (Matt Dillon), novo médico do vilarejo. Conhecido por ser mais rápido que o vento, Jo passa a correr pela região distribuindo medicamentos. Quando conhece Grace (Olivia Ritchie), filha de um rico dono de plantação, ele passa a enfrentar preconceitos raciais e sociais para lutar pelo amor proibido que surge entre os dois.