Tivemos um bate papo muito legal com Rod Rossi, que é cantor, compositor brasileiro e que lidera o estúdio de dublagem Artworks.

Passando por seu início de carreira, onde tocava guitarra com amigos na escola, seguimos para sua aproximação com a Toei Animation, grandes turnês com nomes como Edu Falaschi e Angra, além de dar detalhes sobre os processos de composição e trabalhos de licenciamento que desenvolve. Vamos lá?

Agradecimentos: Victor Rocca (perguntas), Gian (revisão), Jaqueline (edição), Thaís do Omegascopio (imagens) e Isa (contato e assessoria).

Como e quando foi que começou a se interessar pela música? Qual foi o seu primeiro trabalho como cantor?

Eu acho que as primeiras bandas que me prenderam foram o Guns N’ Roses e o Iron Maiden. Foi aí que eu comecei a ver música com “outros olhos”. Mas começar a cantar e tocar, foi no ponto que eu ganhei minha 1ª guitarra. Na verdade meu pai e meus irmãos sempre tiveram uma conexão muito forte com a música.

Aí a guitarra caiu no meu colo e aí eu fui me juntar com os amigos da escola pra tentar fazer um barulho junto que fizesse sentido e não deu muito certo, mas tinha um microfone ali que apareceu na minha frente. Pronto, aí o bichinho mordeu e aí rolou né? Eu comecei a estudar, procurei professores e tal, e aí a coisa começou sozinha!

Meu primeiro trabalho como cantor foi uma demo chamada Into the Snake Pit. Eu devia ter uns treze ou quatorze anos de idade, quatorze anos. E eu tenho até hoje isso aqui em algum lugar (risos), mas era bem ruim! Mas foi muito importante. Foi o primeiro trabalho realmente dentro de um estúdio, pros primeiros shows, né? Foi tudo nessa época.

Com relação a “Cavaleiros do Zodíaco” e “Dragon Ball Kai”, como foram feitos os convites?

Eu fui abençoado! Cavaleiros foi o primeiro: na época, com uma banda aqui no RJ chamada Thorn, estávamos para lançar o segundo álbum, porque a gente precisava ter turnê e eu já estava numa idade de começar a ter boleto: “meu Deus do céu, que que eu vou fazer?” E aí alguns amigos próximos falaram: “Pô, cê devia gravar umas músicas, né? Leva nos estúdios de dublagem, vai que pinta alguma coisa”.

E eu fiz isso. Descobri depois que não era nada [convencional] o caminho, né? mas enfim, foi feito. E nessa mesma época que eu tava fazendo, rolou uma notícia no [site] CavZodíaco, que tava desmentindo uma suposta exibição, lá no Japão, de uma música em português do Lost Canvas. Com uma citação, inclusive, dizendo que a música ainda não tinha passado pelo processo de dublagem, acho, ainda não tinha começado. Eu falei “opa, é isso aí que eu preciso!”. Aí eu fui atrás de todo mundo, gravei um monte de demo, fiz um monte de versões, um monte de coisa… até que foi aprovado!

E rolou o convite! Entrei pra produzir o Lost Canvas: abertura, encerramento e compor tudo.

Conte um pouquinho pra gente sobre sua aproximação com a TOEI?

Logo depois [da gravação das demos], entrei no radar da Toei Animation, do Luiz Angelotti (Angelotti Licensing, representante da Toei aqui no Brasil) na verdade. Ele foi meu padrinho nessa empreitada. Na época, Dragon Ball Kai estava vindo para o país, e aí eu fui conversar com ele [Angelotti] – que já havia acompanhado a repercussão do Lost Canvas e disse: “Bom, faz o teu mesmo processo. Grava suas demos e a gente trabalha isso internamente. Vamos ver se você é aprovado”.

Só que na verdade o que ele fez não foi só mandar um teste pra Toei, nem nos Estados Unidos nem no Japão. Ele mandou um teste pro JBox na verdade! Divulgou, né? A reação das pessoas foi o que me fez ser escolhido para o Dragon Ball Kai! Tive quase cem por cento de aceitação! Foram os fãs que me colocaram ali! E aí rolou, né?

Isso me aproximou mais ainda da Toei, até que, acho, em 2012, fui até Los Angeles no escritório deles. A gente se aproximou mais ainda e conversamos muito sobre One Piece,  Toriko, Sailor Moon, e logicamente sobre Cavaleiros do Zodíaco, que era o que eles estavam trazendo na época [Ômega].

Eu tive esse privilégio de manter esse contato até que realmente a turnê me tirou um pouco do radar, pois foram muitos shows e eu tive que me dedicar a mantê-la. E após o Ômega, veio Os Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro e Dragon Ball Super. Ainda há coisas da Toei no horizonte, graças a Deus!

Você é convidado a participar de muitos eventos de anime pelo Brasil? Como você pode descrever a experiência?

Sim, mas já fui mais na verdade, porque a gente tinha um mercado que era muito maior. Eu não tenho certeza de quando começou essa figura do “evento de anime”, se foi de fato o Anime Friends ou se houve alguma coisa antes. Parece que teve alguma coisa antes que aconteceu com os fãs em São Paulo, um encontro de fãs que se tornou um evento gigante e isso começou a ser replicado pelo Brasil. Quando eu chego na cena já existe esse circuito e praticamente toda cidade tinha o seu evento local.

Viajei o Brasil inteiro inteiro, seja como cantor solo, seja com o Cavaleiros In Concert, depois eu fiz a minha coletânea que também rendeu uma turnêzinha em 2018. Cada momento por um motivo diferente. Depois veio o Danger 3/Danger San, que a gente ainda tem feito algumas coisas junto, com a Larissa [Tassi] e o Ricardo Cruz.

Mas a figura do “evento de anime” atualmente já deu uma mudada, já não é mais como costumava ser. Muita gente saiu do mercado, eventos que já não existem mais, então a gente já não tem a mesma quantidade. E a vida muda, né? As minhas atividades também mudaram hoje, eu tenho muito mais atribuições. Então eu preciso também focar nisso, na parte de distribuição, licenciamento e dublagem. Além da parte musical que, por exemplo, Fairy Tail exige muito de mim.

Como surgiu a ideia para “O Cavaleiros in Concert”? Foi uma ideia sua? Como foi liderar essa galera de peso?

Surgiu do seguinte: eu estava “vindo” do Dragon Ball Kai e fazia muitos eventos com a Lari [Larissa Tassi], comigo fazendo o repertório de Dragon Ball e a Lari, o repertório de Cavaleiros [do Zodíaco].

Só que a gente começou a sentir falta de “pôr” o Edu Falaschi, que sempre foi um amigo meu e também era muito ativo no circuito de eventos, além do Ricardo Cruz, também muito ativo nos eventos. E os dois são cantores de Cavaleiros. Então me deu esse estalo de eu falar “putz, a gente tá aqui cantando a música dos caras mas sem os caras, sabe? Vamos tentar fazer isso acontecer na hora certa!”. E aí a hora certa veio justamente no Ômega, porque a segunda abertura veio com o Root Five, que é uma boy band, um grupo vocal com cinco cantores. Foi a oportunidade certa da gente ter uma divisão de vozes e tudo acontecer de forma legal!

A gente fez a trilha toda do Ômega e a turnê ganhou corpo. Exigiu muito de mim também porque toda essa parte do backstage, toda essa organização, a parte de produção, tudo isso eu tinha que tá muito presente também. Mas todo mundo contribuiu. Eu não levo o crédito sozinho nem de longe, realmente foi uma coisa que aconteceu em grupo.

O que você pode falar sobre Danger 3? Alguma novidade? Podemos esperar alguma música autoral, assim como houve com Akira e Your Name?

O Danger, na verdade, gravamos praticamente um álbum completo. A gente fez trilha pra JBC, pra Akira, pra Your Name e outros. Entretanto, foi um momento em que os projetos individuais de cada membro começaram a subir.

Mas a gente se junta para ocasiões especiais. Os shows vão acontecer, esse ano a gente já está recebendo uma agenda. Quem sabe é uma oportunidade de uma reunião, mas acho que precisa ter um motivo e estar dentro de um contexto para fazer uma coisa autoral, sabe? Por enquanto ainda não tem nada no horizonte.

Como foi a experiência e sua participação na turnê do Edu, a “Rebirth of Shadows”? Sua relação com o Falaschi começou a partir da gravação que o mesmo fez de “Pegasus Fantasy”, “Blue Dream” e “Never”, ou já vem dos tempos de Angra?

A gente se conheceu logo que ele (Edu) entrou no Angra! O Edu foi meu professor durante algum tempo, nos tornamos amigos e depois começamos a trabalhar juntos. Então o conheço há mais de vinte anos.

Essa participação, na verdade, aconteceu porque o Edu ficou doente. Ele tava muito preocupado de não conseguir cumprir com os demais shows e me ligou: “Cara, cê consegue vir aqui me ajudar?”. E eu fui, né? Porque eu conheço tudo, cresci ouvindo, conheço todas as música. Então na verdade foi só isso, foi só realmente um momento em que ele estava com agenda pra cumprir e ficou doente, né? Aí eu fui lá de reserva, eu entrei em campo como reserva.

Mas foi muito legal! Foi uma turnê que, no Brasil, pelo menos eu nunca tinha feito com Tour Bus, então foi interessante. É outra vibe, né? De você ter a galera dentro do Tour Bus e tudo. Foi bacana! Foi bacana, a gente passou por algumas cidades e encerrou no Rio, que é a minha casa, então basicamente voltei para casa com o Tour Bus dele, fazendo shows.

Recentemente você esteve em uma turnê junto com o Angra e imagino que esse seja um primeiro passo para algo maior que esteja por vir. Podemos esperar uma parte 2 dessa turnê? Natal e Fortaleza sentem sua falta. E Salvador, será que agora vai?

Olha, Salvador foi um processo um pouco complicado. Mas pouca gente sabe de fato o que aconteceu. Infelizmente não deu para tocar, mas o Angra entregou o show. Então tomara que não demore para eu voltar para Salvador, eu espero que a gente consiga fazer alguma coisa.

[Sobre haver uma parte 2 da turnê] Eu espero que sim! Eu gostaria muito de continuar com o Angra. Eu nem sempre posso, mas eu espero que sim! Eu tenho toda essa intenção sim. Vamos ver o que 2023 tá reservando pra gente.

Vai demorar muito para vermos um Rec/All Vol. 2? #mandamaisquetapouco

Acabei de falar aqui com uma rapaziada. O que seguiu o Rec/All foi o Ano X, que foi um álbum que logicamente a galera já estava mais ansiosa, porque são músicas que todo mundo conhecia, e que até hoje roda de uma forma muito mais fácil.

Depois disso a gente compôs um EP com quatro músicas inéditas, eu, o Felipe, o Pedro e o Marcelo. Essas músicas ainda estão incompletas. Eu quero completar e eu vou completar. É um EP que se chama Campful Circle e a gente já até tocou a faixa título em alguns shows, como quando fizemos com o Symphony X.

Além disso, tem um single que tá sendo mixado pelo Alessandro Del Vecchio, que se chama Why The Wake e é uma música que veio do Rec/All, na verdade. Ela nunca foi finalizada a mix dela, mas ela foi toda gravada e já tá tudo certinho. Só preciso realmente acertar a mix e lançar, então está lá com o Del Vecchio e também já tá aí saindo.

No mais, durante a pandemia eu fui compondo e organizando minhas demos, e eu descobri que eu tenho tipo uns oito álbuns aqui no meu HD que estão preparados pra serem trabalhados. Eu tô agora fechando demos de 2 deles, que vão pra aquele momento de sair do meu HD pras pessoas escutarem.

O problema sempre é tempo. A Artworks hoje em dia me toma muito tempo como o álbum do Fairy Tail que foi todo refeito aqui no Brasil, com instrumental de doze músicas só nas primeiras temporadas. E a gente tá trabalhando agora, acho que vai vir uma leva de mais dezesseis, mais as músicas que acontecem no meio dos episódios, e isso exige muito.

Sem falar de outros projetos musicais, como Sakura [Card Captor Sakura/Sakura Card Captor], que pode ser que a gente tenha uma continuação ou continuações, né? Projeto de outros clientes, que também estão envolvendo música também estão em desenvolvimento. Então tudo isso toma prioridade, né? Infelizmente.

Mas agora que a operação do estúdio de dublagem já tá em “velocidade de cruzeiro” e tem um coordenador extremamente competente na figura do Marcelo Campos, eu tenho mais tempo pra voltar pro meu trabalho original dentro da Artworks, e talvez isso me permita produzir um pouco mais. Eu estava ouvindo ainda agora assim essas demos e enfim, eu quero muito finalizar, pra botar no mundo.

Existe alguma música que você gostaria de ter gravado? Seja ela inédita ou não?

Existem várias, nossa! Ouço algumas e falo “meu Deus, isso aí definitivamente eu adoraria ter feito!”, sabe? De cantores incríveis! Tem muita coisa, eu não saberia começar a responder essa pergunta, pra ser muito sincero, porque eu acho que acima das pessoas, acima dos músicos, acima dos cantores, a gente tem a música em si.

E se a música não funcionar, independente de o cara ser o melhor cantor do mundo, independente de ter o melhor guitarrista, independente de qualquer coisa… se a música não funcionar, não interessa você botar o fenômeno que for. 

rod rossi
Rocklenses / Imagem Reprodução

“Na lata” – uma pergunta e uma resposta:

Um super poder

Super poder? Se eu pudesse ter aquele jutsu do Naruto, de multiplicação, para me ajudar no trabalho, seria maravilhoso! O Clone das Sombras, esse!

Um anime

Fairy Tail!

Ídolo

Ídolo, eu tenho alguns. Vou ficar com Jonathan Hickman, com Georges St. Pierre e o Marcelo Campos, ele é um grandíssimo diretor!

Série

The Last of Us! Tô vendo agora, maravilhosa! Uma excelente adaptação.

Filme

O Poderoso Chefão. Eu sei que pode ser um pouco clichê, mas existem clichês que são clichês por um motivo, né?

Jogo

Vou falar The Last of Us de novo, foi mal. É isso aí.

Marvel ou DC?

Depende da mídia e depende do roteirista. Eu sou leitor ávido dos dois, mas depende de quem tá escrevendo. Jonathan Hickman em X-men? 100%! Grant Morrison no Superman? Maravilhoso! Grant Morrison no Batman, Batman e Robin, é incrível!

Enfim, pra mim não depende da bandeira, depende da pessoa. É tipo time de futebol pra mim, não interessa clube, interessa quem é o jogador. Por isso que eu nunca consegui me conectar muito, sabe? Então Marvel ou DC, depende do roteirista.

Cavaleiros ou Dragon Ball?

Aí você tá sendo muito cruel. Muito, muito cruel! Ah, vamos dizer que Cavaleiros [do Zodíaco] no coração, mas Dragon Ball na cabeça. Tem que ser! [risos]

Específicas de Fairy Tail e Artworks

Gostaríamos de saber mais sobre a dificuldade de rearranjar as músicas originais e como é o tempo de aprovação com os japoneses. Eles (a gravadora/empresa) são bem rígidos ou você tem espaço para criar algo mais original?

Não, não tem necessariamente espaço pra criar original. E nem eu gostaria de fazer.

Acontece da seguinte forma: a gente primeiro tem as demos pros testes, e tudo isso é uma coisa que é muito focada em mim. Então a gente organiza essas demos usando os arranjos originais, colocando tudo no grid, e tem um processo de edição que a gente precisa fazer. E aí, gravo as demos adaptando as letras. Já faço os dois ao mesmo tempo, pra ter certeza que aquilo pode ser cantado.

Ou seja: a primeira coisa que acontece antes disso é a tradução e depois a minha adaptação. Na sequência a adaptação e gravação da demo, que já fica ali de mapa pro cantor. Também gravo os backing vocals também nessa fase, porque tudo já vai vir dentro do mesmo clique e a gente já consegue, com o cantor, ter o mapa de todas as vozes ali se precisar dobrar (duplicar uma faixa de áudio) alguma coisa. Para fechar, as letras vão pra aprovação no Japão.

Por exemplo, com a música Fiesta [de Fairy Tail], teve uma frase que eles pediram pra manter mais próxima do original. Mas no geral eles tem que dar o aval em tudo. Se a gente mudar alguma coisa, a gente precisa explicar o porquê. E às vezes acontece [de precisar mudar].

Por exemplo: a frase “nem um pio”, que eu não vou lembrar direito como é falada em japonês, ela faz alusão a um coelho branco na Lua, que é uma expressão muito japonesa, uma coisa do costume japonês, e isso aqui no Brasil não faz o menor sentido pra gente. Então eu retirei isso da letra, retirei essa referência e coloquei outra coisa que eu já não me lembro o que que era [a frase original em japonês] e eu segui com a ideia de cima [a frase “nem um pio”] de onde a narrativa, a história da música, tá vindo.

Quando tomamos essas liberdades a gente precisa justificar, precisa dizer o porquê que aquilo tá sendo modificado, porque na verdade não é a gravadora somente que se envolve, é a editora e o próprio artista. Então isso é importante que fique claro.

Agora sobre regravar e rearranjar as músicas, na verdade não ter o processo de criação na produção elimina uma fase [do processo] A gente já sabe exatamente o que precisa gravar. É um desafio executar aquilo da maneira mais próxima possível. A gente teve uma banda muito boa, que conseguiu colocar ali cada notinha! Tudo foi partiturado, inclusive dos elementos mais exóticos, como as flautas, as repercussões, os loops e tudo mais. Temos essa preocupação. 

A experiência de lidar com isso em diversos níveis com Fairy Tail abre espaço para futuros projetos também terem localização de suas músicas? Ou no cenário atual, Fairy Tail foi exceção?

Eu acho que foi exceção. A gente recentemente experimentou algumas insert songs, que são personagens cantando músicas no meio dos episódios. Mas abertura e encerramento é um pouco diferente, porque passa por esse outro trâmite. É como se fosse uma outra licença vinda lá do Japão.

Temos a preocupação de buscar isso quando são séries nossas. Então você pode esperar isso de Fairy Tail e de Sakura com certeza! E outras, se vierem pro Brasil: Creamy Mami, Ranma [referindo-se a Ranma ½]… se a gente voltar a trabalhar de alguma forma [com essas obras], eu acho que as músicas vão ser incluídas sim.

Mas isso porque a gente, como Artworks, entende o valor que isso tem e como os fãs gostam disso. E eu nem falo por mim não, realmente tivemos uma reação muito boa dos fãs! Nos damos o trabalho de correr atrás dessa outra via, que é uma outra licença, uma outra liberação, uma dor de cabeça a mais que muitos distribuidores preferem não ter – e faz todo sentido que não tem – mas, enfim, tentamos fazer as coisas da maneira mais completa e o mais direitinho possível.

Já dá pra ter uma noção da repercussão de FT no Brasil? Já podemos esperar uma nova leva de episódios para breve?

Sim, Fairy Tail foi um fenômeno! Quando a série chegou, a gente ficou em primeiro lugar durante 15 dias na HBO. E depois com a liberação e lançamento da dublagem, e no mesmo momento do lançamento de The Last of Us, ficamos em quarto lugar!

Temos muita confiança de que realmente a série é muito forte e tem uma base de fãs muito forte, que a gente quer respeitar muito e quer agradar muito. Então sim! Podem esperar novos episódios, já estamos trabalhando nisso.

Ouvi falar que no México saiu um filme de FT em blu-ray que conta com uma dublagem em espanhol. Tem envolvimento da Artworks México? Alguma chance de algo assim rolar por aqui também? Seja o filme em home video ou até mesmo para locação digital?

Eu acredito que sim, a gente tem toda a intenção de trabalhar os dois filmes de Fairy Tail aqui também, mas na hora certa!

Quem sabe a gente até não consegue fazer algum lançamento um pouquinho maior, alguma coisa envolvendo cinema, né? Mas sim, temos toda a intenção de fazer isso sim.

O que podemos esperar da Artworks em um futuro próximo?

O estúdio esta recebendo projetos novos e é um estúdio de dublagem, mas a Artworks é um projeto ambicioso, de agora se desdobrar em alguns outros departamentos para novas atividades dentro da própria empresa.

Então a gente iniciou no México um braço de publicidade, por exemplo, com campanhas publicitárias. Isso também tá sendo trazido pra cá de outra forma.

Já no setor de eventos, que começou também no México, com a produção do Pegasus Fantasy Symphonic Experience, temos o desejo de que a gente consiga executar aqui no Brasil ainda esse ano.

São novidades que já acarretam outras necessidades e outras possibilidades, então temos essa missão. Agora consigo me focar de novo nisso, justamente nessa parte corporativa, que está tudo tá tudo caminhando muito bem.

Além disso, trabalhar em mais conteúdos. Estamos em um aniversário de 25 anos de Sakura [Card Captors]. Há muita coisa que está acontecendo que eu não vejo a hora de mostrar para vocês – e de anunciar.

rod rossi
Traduzindo Dublagem / Imagem Reprodução

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