Após o sucesso de Dead Cells e entre outros do gênero, é certo que vários fãs ficam no aguardo de um novo sucesso e uma nova possibilidade de desbravar um ótimo rogue-like, e para a alegria de muitos deles, Elsie chegou forte!
O Sucolino já conferiu e agora venho com o veredito final. E ae? Vale a pena? Acompanha aqui que você vai descobrir.
Desbravando Elsie
Em Elsie, desbravamos uma aventura com a grandíssima Elsie que busca evitar um colapso em seu mundo no desaparecimento dos Guardiões, que são criaturas robóticas responsáveis por manter o equilíbrio.
Começando pelo seu enredo, Elsie revela uma boa introdução e apresenta um ponto inicial interessante, mas que infelizmente não se propõe a ser assim até o fim. A sua historia acaba sendo um ponto que não prende tanto e deixa a desejar em vários momentos, que vão entre a sua historia linear e o desenvolvimento de todos os personagens que vamos conhecendo, o que acaba sendo um grande desperdício.
A sensação é de que em Elsie os desenvolvedores até tentam trazer uma narrativa mais dinâmica e atrativa, mas que no fim só mostram que o ponto principal de Elsie não é esse.
Ponto forte: Gameplay
Agora partindo para o ponto que acredito firmemente que é o seu foco principal, falaremos sobre sua excepcional Gameplay! Embora seja bem básica e até mesmo comum, Elsie não falha em homenagear games como Mega-Man e trazer elementos de Rogue-like que já estamos bem habituados.
Apesar da sua gameplay simples e de seus comandos relativamente fáceis, o desafio e a dificuldade em Elsie se encontram bastante presentes. Com Bossfights que te fazem tremer de nervosismo e inimigos super divertidos e adoráveis de enfrentar, sua gameplay e jogabilidade não falha e acerta em fazer o que muitos jogos deveriam fazer, apenas o básico.
Mesmo aplicando o básico quando falamos da jogatina, Elsie não se poupa em trazer diversas ferramentas para que o jogador tenha grandes horas de gameplay sem que sinta um grande esquema de repetição. Embora a variedade de armas e itens não sejam tão grandes, é o suficiente para garantir uma gameplay diversificada e diferente a cada novo jogo.
Cores “Techno”
Sua estética é um ponto que ajuda e atribui muito. Trazendo muitas cores e uma estética Techno que mescla entre visual e sonoras durante a jogatina, Elsie abusa muito bem disso e usa como um dos seus principais elementos para brilhar. Se o jogo peca em sua forma de narrar, o seu visual puxa toda a responsabilidade e entrega um show a parte. Além de uma jogatina fluída e gostosa de se observar, Elsie acerta demais em sua escolha estética e visita os grandes clássicos anos 90.
Além da estética visual, a sonora também contribui bastante para o desenvolvimento da sua gameplay. Mesmo que não seja um jogo de ritmo, a sua trilha sonora extremamente envolvente que remete bastante Eurobeat. Quando o tema é padrão estético e referências aos anos 90~2000, Elsie não tem uma falha se quer e cumpre muito bem tudo que promete.
A braba tá on!
Por fim, devo admitir que esperava um pouco mais de Elsie, mas isso com certeza não apaga o seu brilho. Embora tenha defeitos e seu processo em um certo momento se torne um pouco monótono demais, Elsie é uma diversão garantida para quem gosta de rogue-like e que principalmente gosta dá estética que ficou pra trás nos videogames dos anos 90-2000. É possível sentir uma grande homenagem a jogos marcantes da época e que com certeza contribui e muito para o resultado final da gameplay.
Não buscar em Elsie o que outros rogue-like do mercado apresentam, pode ser um ponto positivo para a jogatina e melhorar e muito a experiência. Afinal, mesmo que Elsie utilize de elementos rogue-like e seja um jogo dentro desse estilo, é nítido que o game tenta seguir um caminho único.