Apesar de “GOOD SO BAD” ser uma das melhores músicas do grupo, composta por Kenzie, a maior compositora do k-pop, a faixa pouco contribui para empurrar o resto do mini-álbum para uma posição mais interessante. É como se o ZEROBASEONE estivesse preso em um dilema de acertar em um disco e errar em outro.
Se em “You had me at HELLO” eles tiveram grandes triunfos com “Feel the POP” e “SWEAT”, sendo esta última sua melhor música, em “CINEMA PARADISE” seu potencial acerto parece reduzido.
O som representativo da quinta geração
Sem nenhum destaque absoluto além da faixa-título, o EP é uma repetição de tudo o que eles já fizeram antes. Ou, pelo menos do que estamos acostumados no k-pop. “The Sea – ZB1 Remake” é um exemplo disso.
Nos bons momentos, “CINEMA PARADISE” conta com características bem assertivas do som da quinta geração feito por grupos masculinos. Isso só ocorre porque o ZEROBASEONE continua sendo um dos maiores e poucos atos dessa mesma geração a passar por uma singularidade livre de conceitos formais absolutos.
A graça de CINEMA PARADISE
“Insomnia”, com suas batidas rápidas e plug-and-b, é um modelo de como o grupo avança quando evita desvios desnecessários com sons e temas já desgastados. O que essa música tem a ver com o título do álbum, que faz referência ao cinema? Nada, assim como o restante da obra. É é aí que está a graça de tudo.