O momento finalmente chegou! A mais nova obra de Masashi Kishimoto (Naruto), Samurai 8 (Samurai 8: Hachimaru Den ou Samurai 8: The Tale of Hachimaru) saiu no último dia 13 de maio e conta com o autor de Naruto como roteirista e Akira Ookubo como desenhista.

Para quem não sabe, Akira Ookubo é irmão de Atsushi Ookubo, criador de Soul Eater e Fireforce, além de ter sido assistente de Kishimoto em Naruto por 9 anos – por volta do volume 16 – ou seja, a parceria já é de longa data!

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O Conto de Hachimaru

Na trama já somos apresentados logo de cara o cotidiano de Hachimaru, um garoto de saúde frágil e dependente de uma vida sob aparelhos. Por nunca poder sair de casa – se ele se desplugar, não sobrevive por mais de três minutos – ele se sente injustiçado por ter um conhecimento vago e impossibilitado de se tornar um guerreiro forte e quem sabe, um Samurai.

Já sabemos que Kishimoto é mestre em apresentações de personagens e na criação de conceitos para o mesmo e fica fácil gostar do pequeno Hachimaru. Sua simpatia é protagonizada junto a figura de seu pai, o ser que dá as “rédeas” de suas ações – de um adolescente típico.

O Fator Paterno

O desenvolvimento no decorrer destas 70 páginas – até achei longo e creio que possa ser um mangá mensal – vem a partir da relação entre pai e filho. Enquanto o filho luta por liberdade, o pai corre para tentar ajudá-lo de alguma forma – e não mede esforços e nem se preocupa com o perigo da galáxia selvagem.

Mais uma vez, o roteiro de Kishimoto ajuda neste aspecto, onde temos um belo vínculo de Amor e Gratidão (mesmo parecendo o contrário às vezes, ou até o plot twist do capítulo), e nesse ponto o mangá de Samurai 8 agrada – e muito!

Conceitos de Samurai 8

Algo que achei um tanto quanto massivo e repetitivo foi com relação dos vícios e clichês daquele “bom battle shounen” de sempre. O mundo é explicado desde as primeiras páginas e repete isto ao leitor por toda trama, o que acabei achando um tanto quanto “pesado demais”.

Se for para compararmos com o início de Naruto, os conceitos do universo eram explícitos por certos momentos, degrau a degrau e no desenvolvimento da história. Dá a sensação de que o autor quis jogar todas as suas idéias de uma forma forçada; não que isto não seja interessante, mas sim, há uma quebra no ritmo da leitura.

Se tornando um Samurai! 

Apesar das repetições de explicação de mundo e conceitos, a leitura de Samurai 8 é agradável e se torna ainda mais recompensador na questão do carisma dos personagens.

Quanto a questão da arte de Ookubo, é notável que ela tem um potencial para evoluir, mas não desagrada aos olhares mais atentos. Enquanto seu design de personagens é muito pomposo – principalmente nas expressões – o desenho de Figura X Fundo acaba pecando. É um pouco confuso identificar os cenários e os objetos presentes.

No mais, a trama tem sua beleza e deve ganhar uma identidade única em breve. Confiamos no trabalho de Masashi Kishimoto!

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