O que poderia acontecer numa pacifica ilha onde as pessoas vivem seu dia a dia como uma bela cidade americana? Com pomares, farol e festividades contando com um grande SPA para tirar o corre corre do sangue urbano, claro que seria uma epidemia de Vampiros!

Redfall traz um contexto apocalíptico em jogo de ação shooter em primeira pessoa, onde você toma parte de um dos quatro personagens principais para bater de frente essa ameaça que aos poucos vão dizimando os sobreviventes.

Então venha para essa aventura juntamente com o SUCO e descubra os segredos do manto da noite enquanto o sangue jorra das nuvens como uma birra de criança ao ter seu chocolate negado.

O sol negro

Em Redfall você deverá escolher um dos personagens que marcam uma escolha de Black Sun, a vampira que acha a sua e força de vontade boa para um teste contra a proliferação de presas da ilha. Claro que você não contava apenas com sugadores de sangue, eles tem um poder psíquico que a ilha de Redfall está isolada do resto do mundo, por mar pelo menos.

Cada personagem tem suas habilidades alguns trazem um desafio maior para um modo solo, pois estão mais voltados ao multijogador. O jogo traz um sistema de RPG clássico como pode ser visto em The Division e Bordelands, nível de personagem que libera as habilidades e talentos dele e por consequência aumenta o nível das armas de fogo, essa que tem um raridade embutida e apresenta efeitos secundários.

Existem 2 tipos de armas, aquelas que são mais efetivas em humanos e as que são mais efetivas em vampiros. Cada personagem pode deixar equipado 3 armas quaisquer dentre elas. Então uma metralhadora é mais efetivas em humanos enquanto um sinalizador é mais efetivo em vampiros. Dentre essas armas de vampiros vale a pena citar a criatividade de Redfall para o lançador de estacas e a arma de raio Ultra Violeta!

Os modelos épicos de cada arma apresentam 3 habilidades e uma skin única que contem até informações sobre sua produção ou alguma curiosidade de algum personagem. Em outras você poderá encontrar skins para personalizar a sua vontade. Os personagens também poderão encontrar e desbloquear skins durante o jogo e nota elas são refletidas nas cutscenes.

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Imagem Divulgação

Vivendo no eclipse

Então um pouco mais sobre o que acontece em Redfall, você vai procurar por sobreviventes e assim formar uma base e resistência contra os vampiros. Você vai descobrir aos poucos que a ilha foi separadas em domínios e nem todos os humanos querem liberdade. E sim se tornar um deles. Então entre ruas abandonadas você encontrará vampiros e humanos atuando juntos.

Os cultistas poderão soar um alarme que chama por uma ajuda extra durante o combate, mais para frente do jogo essa ajuda é eletrizante. Os militares também entram nessa porém se você não vai se juntar a eles, você é um inimigo. Então durante as missões iniciais você vai ver como a ilha se comporta em questão de suprimentos e armas.

Você coleta nos mapas de tudo, papel higiênico, ferramentas e ouros badulaques que te dão a moeda do jogo. Os comes e bebes ajudam a você recuperar um pouco de vida, evitando que você use um kit médico. Dentre esses item temos o duas ferramentas, a gazua ou lockpick e o kit eletrônico para você sabotar uma porta ou cofre para adquirir recursos.

E realmente Redfall tem um começo bem legal de jogo, te apresentando as dinâmicas de mapa, interação com as missões e a livre exploração que permite você acessar totens de teletransporte e outra pequenas bases para liberar missões secundárias. Claro que um jogador tipo colecionista ficará horas e horas explorando para procurar vários textos disponíveis contando sobre coisas da ilha, sobre os experimentos e personagens. Além das lembranças de cemitério que contam um pouco mais dessa infestação de vampiros.

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Imagem Divulgação

Nem só de pescoço vive os noturnos

Então você vai descobrir alguns vampiros especiais em Redfall, eles apresentam poderes que trazem um dinâmica diferente no campo de batalha. O Syphon por exemplo se eleva ao céus e começa a drenar a sua vida enquanto se recupera, a Angler lança um gancho com suas asas e traz você perto dela enquanto você sangra e depois toma uma bela mordida. E mais pro fim você vai conhecer o Hook, em ser poderoso que sua presença traz uma tempestade elétrica nas ruas porém derrota-lo trará uma boa recompensa!

Claro que os chefes tem uma dinâmica de batalha totalmente diferente dos monstros da rua, tem uma arena uma estratégia que aos poucos o jogador vai se acostumar e assim não posso negar que todas elas são memoráveis, menos a última contra a Black Sun, que achei a mais fraca de todas pois ela simplesmente traz a mesma dinâmica dos domínios.

Durante a progressão de Redfall portões para domínios aparecem e eles além de fortalecer os vampiros externos trazem um desafio em um mundo distorcido de vários segmentos do mapa. No fim deles chegamos ao coração da fonte de poder e ao destrui-lo após destruir três pontos de sustentação você tem acesso a pequenas salas com recompensas e  acaba com a zona de poder.

Então ai vem um problema de Redfall, para você acessar os chefes das missões principais ele obriga a você a fazer as missões secundárias dos refúgios, o problema é que ela se repetem para o meio fim do jogo. Por mais que trazem um dos vampiros especiais com mais poder, os pré-requisitos são missões iguais, ou destruir uma torre de comunicação, ou pegar um item. Até mesmo missão principal tem cara de secundária e elas são requeridas à narração e liberar outras. Tudo bem até ai, mas algumas são bem genéricas de ir em A pegar o item e fim.

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Um mundo aberto de um caminho sem volta

Redfall tem sim muitos problemas e isso se torna claro após o inicio do jogo, horas que a IA trava devido a um posicionamento seu no cenário, ou até o pior de todos que até já fez o jogo fechar na minha cara que é a otimização e desempenho engasga conforme você avança de área. É tão frustrante você ter que esperar uns 2 min para ter controle livre do personagem mesmo jogando em gráficos baixos no PC. Percebe que houve um trabalho para dar o máximo de detalhes ao cenário, mas a Unreal Engine 4 não conversa da mesma forma.

Porém para mim que pega bastante é, o jogo não traz um conceito de combate corpo-a-corpo por mais que haja uma ação de soco que é totalmente randômica nos combates, por mais que o jogo diz que é forte não se tem a necessidade de usa-la como em Left 4 Dead 2, por exemplo.

Agora a cereja do bolo é falar um Open World que após você bater o primeiro chefe e liberar o resto da ilha, você não pode mais voltar para a primeira parte dela! Então cadê o OPEN!? E outro ponto o jogo é um eterno ciclo de New Game+ onde você sequer pode ter acesso aos seus pontos de teletransporte. Ele realmente começa um game novo com as estatísticas que você terminou o anterior.

Então se você quer jogar um multijogador tenha em mente que as missões são desvinculadas, mas a progressão de cada um independe. Bem a experiência pode ser bem legal com amigos, mas a evolução e bugs pontuais podem acabar não dando vontade de continuar.

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Imagem Divulgação

O fim do eclipse

Redfall veio com uma proposta incrível quando foi divulgado pela primeira vez, ainda dando a credibilidade a equipe da Arkane Austin que fez Prey. Porém se nota claramente que o objetivo de trazer um multijogador para essa equipe não funcionou bem. Então de modo geral, uma critica é que como um single player você vê a essência e um roteiro magnifico perdeu seu brilho com a imposição de um estilo multijogador.

Isso se revela no conteúdo do jogo que se torna repetitivo depois de seu inicio magnifico, não posso negar que a trilha tem um bom trabalho, os efeitos e sons de tiro também. Claro parece que por ser um game distribuído da Bethesda, as finalizações de vampiros que são requeridas para mata-los parece um finalizador do Doom (2016), que é muito legal, mas depois ficam numa mesmice.

Dá para perceber que a produção foi conturbada e provavelmente a melhor saída teria sido um adiamento do game. Mas contar com uma esperança de melhorias com o jogo agora se torna mais distante. Redfall não impactou e nem emplacou direito as vendas. As versões de console chegam a 30 fps e isso faz com que ninguém queira jogar um jogo de tiro em baixa qualidade.

Não tomando um contexto cômico mas o isolamento da ilha de Redfall levou o jogou a ser um ponto isolado dos jogos AAA. E muito provavelmente ficará isolado. Imagino que mais para frente terá alguma atualização para tentar otimizar, mas não sei se favorecerá o jogo.

Redfall foi lançado no começo de maio para PC, Xbox Series X|S e Xbox Cloud Gaming. Então por mais que apresente problemas tem um conceito legal, imagino que multijogador você pode perdurar sua jogatina. O caráter de roteiro e que foi imbuído é ótimo na descoberta dos motivos que levaram ao caos a Redfall e seus antagonistas, já a empatia de alguns NPC’s nem tanto. E porque não podemos dirigir o quadriciclo? Muito triste.

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