Enfim chegou o momento! Kena: Bridge of Spirits é um jogo de ação e aventura lançado lá em 2021 para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC. Desenvolvido pelo estúdio independente Ember Lab que nos cedeu a chave do jogo, rapidamente se destacou por seu visual “disney” e trilha sonora cativante.

Primeiro eu gostaria de dar um background sobre o estúdio. Vamos lá?

Ember Lab é um estúdio independente de desenvolvimento de jogos localizado na área de Los Angeles. Fundado em 2009 pelos irmãos Josh e Mike Grier como um estúdio de animação e conteúdo digital, Ember Lab tem como objetivo criar histórias imersivas por meio de inovação técnica, personagens convincentes e mundos cinematográficos.

O estúdio tem uma equipe com formação em cinema e animação e é conhecido por seu trabalho em campanhas publicitárias e curtas animados para empresas como The Coca-Cola Company, Hisense e Major League Baseball. A empresa também é conhecida pelo curta-metragem Dust e o aclamado filme Majora’s Mask fan, Terrible Fate.

E o primeiro jogo do estúdio foi Kena Bridge of Spirits!

A história de Kena segue a protagonista homônima, uma guia espiritual que chega a uma vila em ruínas para ajudar as almas presas a encontrar a paz. Ao longo da jornada, Kena desbloqueia novos poderes, que munido de seu bastão e um combate próximo a um soulslike – mas bem mais simplificado – temos uma gama de ações de Ataque e outras de Defesa.

Como suporte e que auxiliará em nosso percurso, existem os fofurinhas conhecidas como Rot! Eles são pequenos espíritos que possuem habilidades únicas e são fundamentais para a progressão do jogo. Os Rot podem ajudar Kena em batalhas, removendo barreiras ou abrindo caminhos, além de terem uma função importante na resolução de puzzles. Há diversos tipos de Rot, cada um com suas habilidades específicas, como o verde, que pode curar Kena, o amarelo, que pode detectar itens ocultos, e o azul, que pode manipular a água.

Outro ponto a se destacar é a relação de Kena com as criaturas. Ela é capaz de interagir com os Rot de diversas formas, alimentando-os com frutas ou dançando com eles, o que ajuda a aumentar a afinidade. Essa relação é fundamental para a progressão do jogo, já que é necessário ter uma quantidade mínima de Rot para abrir certas passagens. Além disso, a relação de Kena com as criaturas também é importante para a narrativa do jogo, já que ela é uma guia espiritual que ajuda as almas perdidas a encontrar o caminho para a vida após a morte. Por sinal, acho esta relação no jogo BEMMM Studio Ghibli. 

Quanto a variedade de inimigos? Não achei tão inspirador não, porém, algumas batalhas contra os chefões são realmente desafiadoras! Mas voltando para os inimigos mais comuns, eles são os Espíritos Corrompidos que agora vagueiam pelo mundo como criaturas hostis. Existem diferentes tipos de Espíritos Corrompidos, cada um com habilidades e fraquezas únicas, o que torna a luta contra eles sempre interessante e desafiadora.

Já do lado dos Chefe, cada um oferece uma luta única e desafiadora que é diferente de qualquer outra luta do jogo, tornando a experiência sempre fresca e emocionante. Além disso, cada um deles está ligado a uma história emocionante, muitas vezes relacionado a morte de alguma entidade ou corrupção, o que torna a sua derrota ainda mais satisfatória.

Visual Resplandecente

Um dos pontos fortes de Kena é o seu visual, que é simplesmente deslumbrante. Os cenários são ricos em detalhes, com texturas e iluminação impressionantes. A arte do jogo é muito inspirada, acredito eu, no folclore japonês, e isso se reflete nas roupas e arquitetura dos personagens, além dos monstros que habitam a vila.

A trilha sonora de Kena também é um destaque, com músicas no padrão que combinam com o clima do jogo – algo mágico, sabe? A dublagem em inglês é competente, com atuações convincentes dos dubladores, embora a falta de uma dublagem em português possa ser um ponto negativo para alguns jogadores – principalmente para o povo mais jovem.

A jogabilidade de Kena é bem simples, ora truncada, com uma mistura de exploração, combate e quebra-cabeças. Kena pode se movimentar com agilidade, usando seus poderes espirituais para atravessar abismos e escalar paredes. Mais que os combates com os inimigos de fase, os quebra-cabeças são os destaques e a força motriz do jogo, onde usamos os poderes de Kena e dos Rots de maneiras interessantes.

Para finalizar – e se emocionar!

No entanto, nem tudo em Kena é perfeito. O jogo é relativamente curto, com uma campanha principal que pode ser concluída em cerca de 8 horas. Embora haja algumas atividades secundárias para prolongar a jogabilidade, elas não são tão interessantes quanto a história principal. Além disso, a história em si pode ser previsível em alguns pontos, especialmente para aqueles familiarizados com o gênero.

Outro problema é a falta de personalização do personagem. Embora Kena possa desbloquear novos poderes, eles são pré-determinados e não há muita escolha na forma como eles são usados. Isso pode ser um problema para jogadores que gostam de personalizar seus personagens de acordo com seu estilo de jogo.

Apesar dessas falhas, Kena: Bridge of Spirits é um jogo impressionante, emocionante e divertido, que vale a pena ser jogado. Ao final da jogatina, me emocionei demais com a história, que pode parecer simples, mas é genuinamente bela. De fato, me identifiquei demais com a personagem e seus anseios, que por sinal, dá margem para uma continuação. Espero que aconteça!

Dica: um dos artistas do jogo é BRASILEIRO, dá um liga no perfil do Rodrigo Pixel!

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