Juntemos coisas boas. Elfas? Amamos. Trajes de miko? Amamos. História japonesa? Do lado de cá então, amamos mais ainda. Se juntar tudo isso, dá bom? Edomae Elf tá aí pra dizer que sim, dá muito certo! Então, venha ver neste Primeiro Gole como a fórmula do isekai aplicada às avessas traz as melhores ideias.

Uma Deusa Hikikomori

Edomae Elf conta a história de Koito (que nome hein…), uma sacerdotisa do Templo Takamimi. A divindade cultuado no “templo das orelhas longas”, em tradução literal, é a elfa Elda, que veio parar em nosso mundo há mais de quatrocentos anos. Sendo assim, ela conheceu nada mais nada menos do que o próprio fundador do shogunato Tokugawa, Ieyasu Tokugawa. Com o passar dos séculos e a modernização do Japão, chega o momento em que Elda resolve vestir de vez o papel de divindade shintoísta e simplesmente se recusa a sair de dentro do templo, para nada.

Sendo assim, não se sabe ao certo o que faz Elda ficar tão reclusa e com tanto pavor de gente desconhecida, já que ela nem sempre foi assim. Inclusive, prova disso é que ela sabe bastante sobre os hábitos e os costumes de Tsukishima, sua cidade natal no novo mundo, mas as novidades das últimas décadas lhe passam completamente desapercebido. Por exemplo, mesmo Tsukishima sendo a capital nacional do monjayaki, com sua Monja Street, sua referência à comida local não era o monjayaki, mas um prato bem mais antigo.

Edomae Elf Te Dá Asas

Enfim, Koito não tem a vida fácil. Se por um lado ela tem acesso exclusivo à deusa que outrora foi sua inspiração para um dia virar uma bela mulher adulta, por outro lado, cuidar da Elda é exaustivo. Afinal, quando a divindade pela qual você é responsável acaba sendo uma grandessíssima de uma otaku hikikomori, você basicamente acaba sustentando uma Umaru-chan. Então, gachas, colecionáveis, comidinhas, action figures, kits de tinta para estilizar as action figures (!!!), a lista de caprichos da Elda é estarrecedor.

Ah, e Red Bull. Muito Red Bull. Não adianta nem fazer meias palavras, porque está literalmente estampado à cara, episódio a episódio. Não sei o que foi que a marca de energético viu em Edomae Elf para que tanto jabá agressivo fosse posto assim de uma vez, mas pessoalmente não me incomoda. Ao contrário, acho graça até. Vai que alguém acabe criando asas enquanto assiste?

Redescobrindo Tsukishima

Ao longo do anime, veremos a Elda se abrir pouco a pouco para que ela possa se acostumar de volta com a vida fora das quatro paredes. Afinal, ela é querida por todos os moradores. Também, Elda é um pedaço imutável da história da cidade, que traz paz inclusive dos corações daqueles que tem de conviver com todo o tipo de mudança que lhes escapam ao controle. No entanto, eles tem a certeza que ao menos uma coisa jamais mudará: a bela deusa cultuada no templo Takamimi.

Koito quer que Elda aproveite o tempo enquanto ele ainda existe, pois seus devotos não são tão longevos quanto os elfos. Será por causa desse fato triste que Elda resolveu se isolar? Pode ser que saibamos um pouco mais sobre isso ao longo da temporada.

Por fim, Edomae Elf é uma comédia cotidiana, mas também histórica, que diverte e informa bem sobre os hábitos da Era Edo na pequena cidade de Tsukishima. Além disso, com o encerramento mais bem produzido da temporada, jabás agressivos à parte, esse anime é diversão garantida para a temporada de Primavera!