007? James Bond? Tom Cruise? Que nada! O cinema de espionagem acaba de ganhar um novo longa que já chega abalando estruturas e chamando muita atenção pelo seu elenco curioso e sua premissa bem diferente do que já vimos dentro do gênero. O suco esteve presente na cabine de ARGYLLE e já venho aqui falar pra vocês.
Em ARGYLLE , acompanhamos a queridíssima escritora Elly Conway (Bryce Dallas Howard) em seu maior momento de estrelato ao escrever um grande sucesso mundial, uma saga de livros de espionagem intituladas de ARGYLLE . No meio do processo de conclusão de seu 5º livro, Elly se ver em uma situação caótica ao lado de Aiden, que se diz um espião de verdade em uma missão de protege-la a qualquer custo de uma organização do mal.
ARGYLLE já começa em meio a um ritmo desenfreado no maior estilo Velozes e Furiosos (vocês vão entender quando assistir) e sustenta toda essa ação desenfreada e extremamente exagerada até seu ultimo segundo, e mesmo que isso já tenha sido um problema para mim em outros longas (John Wick 4 que o diga…), em ARGYLLE isso foi um dos pontos mais positivos que eu pude apreciar. A ação sem controle da forma mais exagerada e inimaginável possível foi um elemento forte para sustentar a grande diversão durante as 2 horas de filme.
Além da ação desenfreada, um grande ponto a se falar também é o seu roteiro. Embora no fim de contas a sua historia seja o famoso mamão com açúcar, aquele famoso roteiro que não inova e não entrega nada de muito, ARGYLLE consegue cumprir a missão de amarrar todas as suas pontas e executar muito bem tudo que é proposto e jogado na mesa.
Ao longo da narrativa temos varias reviras voltas que são bem interessantes e a construção de direção + roteiro consegue lidar muito bem com isso, fazendo com que você consiga ter melhor controle sobre toda essa mudança de ritmo sem sentir muito um choque momentâneo. Então, posso afirmar que por mais que o roteiro seja sem inovações e busque caminhos já conhecido, ainda assim ele consegue fazer o que muitos não conseguem hoje, que é concluir todos os seus atos e deixar o roteiro quase 100% livre de furos.
Além de todas essas qualidades técnicas, temos um elenco que é extremamente inesperado e atraente para os olhos. Com a presença da Bryce Dallas, Sam Rockwell, John Cena, Henry Cavill e até mesmo a diva pop Dua Lipa! Todos sustentam a narrativa de sua forma e mantém o longa dentro de suas medidas. Mesmo que não haja uma grande atuação para ser destacada, todos conseguem desempenhar o que é necessário para apoiar seus personagens e seguir o que há de bom no roteiro, é sem duvidas o elenco de estrelatos que não precisa de grandes atuações para serem grandes destaques, pois o peso do nome de todos ali presente já vale muito.
Por fim, ARGYLLE é mais uma ótima surpresa do mês de janeiro e chega me impressionando e reconquistando o meu coração para esse gênero de filmes de ação com espionagem. Confesso que já andava meio saturado do tema acompanhando as grandes franquias do gênero mas ARGYLLE foi uma grande surpresa e me impressiona muito pela sua simplicidade bem executada que hoje dia está em falta.
Só pra constar, ARGYLLE tem uma cena pós credito que melhora ainda mais a sua narrativa. É quase como uma cereja no bolo e completa uma lacuna que você não sente que precisa, mas agradece muito por ter sido preenchida.
