De todos os animes que saem na temporada eu sempre procuro separar quatro ou cinco para assistir, geralmente um de cada gênero, desde romance e ação até comédia ou suspense.

O caso de Aho Girl foi justamente esse: eu queria algo mais descontraído e leve para acompanhar e acabei acertando em cheio. Com um humor bastante bobo e descompromissado, os episódios de pouco mais de dez minutos conseguem te arrancar boas risadas, recheados de situações impossíveis e loucuras improváveis.

O anime é baseado no mangá de mesmo nome, lançado em novembro de 2012 pela revista Weekly Shonen Magazine, contando já com seu oitavo volume publicado. Hiroyuki, autor da obra, também já trabalhou em títulos como Mangaka to Assistent-san e D?jin Work, mangas um pouco diferentes da premissa principal de Aho Girl. O anime, por sua vez, é produzido pelo estúdio Diomedia e tem o mesmo diretor supervisor de Fuuka e Campione.

A história

Aho Girl relata as desventuras de Yoshiko Hanabatake, uma colegial completamente idiota e sem noção, e de seu amigo Akuru Akutsu, seu oposto. De proposta simples e objetiva, o anime entrega cenas rápidas, separadas em blocos curtos, como em pequenos contos.

Yoshiko, neste contexto, mostra-se uma garota indiferente às responsabilidades, indo mal nas disciplinas escolares — e na vida. Seu amigo, entretanto, tenta ajuda-la a deixar de ser uma completa idiota e a história se desenrola a partir daí, tendo novos personagens sendo acrescentados a cada episódio.

As confusões estão sempre garantidas quando Yoshiko tenta — sem sucesso — conquistar Akutsu. A ideia dela (e da própria mãe, vejam só!) é que ela consiga casar-se com Akutsu, que tem um futuro promissor, para tornar-se dona de casa. E convenhamos… Yoshiko não teria a mínima chance no mercado de trabalho, afinal, consegue tirar zero em todas as disciplinas e rir disso despreocupadamente. Talvez essa seja a melhor opção para ela.

Bananas! Muitas bananas!

O ponto forte do anime se dá com as situações inusitadas que Yoshiko nos proporciona: desde planos mirabolantes para seduzir Akutsu até aventuras inteiras em busca de uma banana, ela consegue elaborar todo e qualquer tipo de ideia louca para se distrair. Somando isso a sua paixão inexplicável e descontrolada por bananas, temos uma equação infalível de gargalhadas. Outro ponto positivo são os episódios curtos e diretos, que entregam boas piadas em contextos absurdos e cômicos.

Toda a história flui muito bem e sempre deixa um gostinho de quero mais no final. Em contrapartida, para quem procura um estilo de comédia mais adulto, digamos que Aho Girl não seja a melhor opção.

De traços simples e nenhuma necessidade de animação mais elaborada, talvez algumas pessoas não encontrem o que procuram nas piadas bestas com bananas. Por outro lado, é certeza que pelo menos três ou quatro memes a cada capítulo você consegue. Eu mesmo não me canso de pausar a cena e printar as falas loucas dos personagens pra usar mais tarde nos bate papos da vida.

Vale a pena?

Como eu disse antes, se você está procurando uma comédia descompromissada, leve e bastante simples, Aho Girl é uma ótima pedida. Vale cada minuto do seu tempo, servindo como uma válvula de escape daquelas histórias cheias de ações e mistérios, com um plot denso e que exige demais da sua atenção. O formato curto e cômico se assemelha a obras como Tonari no Seki-kun, outro anime do gênero que vale bastante a pena.

Se quiser se distrair e dar algumas risadas certamente Aho Girl vai te ajudar. Acredite no poder das bananas!