Dunkirk é mais um filme do consagrado diretor Christopher Nolan, da trilogia Batman, Interestelar e A Origem, agora numa temática de guerra e mais “pé no chão” do que costuma fazer.

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O longa se passa durante a Segura Guerra Mundial e mais especificamente na evacuação de Dunquerque (ou Dunkirk, na França), onde mais de 400 mil soldados aliados ficaram a mercê das tropas alemãs nas praias, esperando resgate.

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A angústia e ansiedade dos soldados em voltar para casa – e não poderem sair da praia (Imagem Divulgação)

Três Perspectivas

Longe da sanguinolência ou vísceras de filmes como O Resgate do Soldado Ryan, Dunkirk trabalha mais o psicológico dos soldados em três perspectivas diferentes: Terra, Mar e Água.

A guerra não é o foco do filme, salvo pelas lindas batalhas aéreas, protagonizadas por Tom Hardy – o melhor personagem do longa – e algumas explosões que desencadeiam cenas dramáticas, o grande destaque é a angústia dos soldados em querer voltar pra casa.

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As tomadas aéreas com o mar ao fundo são belíssimas (Imagem Divulgação)

O Som da Angústia

Enquanto temos Hardy nos ares, na Terra temos os jovens Tommy (Fionn Whitehead) e Gibson (Aneurin Barnard), a dupla que protagoniza as cenas mais desesperadoras – e dando aquela sensação de que nunca dá certo, já que se avançam dois passos, regressam três.

Como a Marinha não daria conta de resgatar todos aqueles soldados em Terra, sobrou para os civis usarem suas próprias embarcações – e de fato, foi o quê mais heroico no filme. A perspectiva do Mar é a que mais se desenvolve, tomando os personagens Dawson (Mark Rylance) e Peter (Tom Glynn-Carney) como centrais.

As três perspectivas, mesmo que em tempos diferentes – cruzando apenas no fim do filme – são tomadas pela trilha angustiante de Hans Zimmer. Fica a dica: para uma maior imersão ao filme, usufrua de um bom equipamento de som.

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A fotografia em Dunkirk impressiona (Imagem Divulgação)

Guerra é Guerra

Se tecnicamente traz belas cenas e uma fotografia impactante, o destaque fica para os enquadramentos das tomadas aéreas – e o combate. São de tirar o fôlego.

Com um roteiro que faz um belo cruzamento durante o filme, as motivações das personagens podem não empolgar quem não gosta deste gênero de filme. Dunkirk é a prova de que a guerra é uma desgraça. A mensagem foi dada.

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