God of War: Ragnarok foi lançado há menos de dois meses, mais precisamente no dia 9 de novembro, e apesar do seu pouco tempo no mercado, o jogo agradou e conquistou milhares de fãs ao redor do globo. Com isso, o título teve a oportunidade de repetir o feito do seu antecessor, o God of War de 2018, e foi indicado a melhor jogo do ano no The Game Awards, mas não venceu a premiação. Ainda assim, o jogo da Santa Monica tem uma média de avaliação 96 no Metacritic.
Mesmo não levando o prêmio de jogo do ano, que em 2022 ficou com o espetacular Elden Ring, God of War: Ragnarok ganhou 6 das 11 categorias que disputou no The Game Awards de 2022, e essa quantidade de prêmios entregues foram merecidos. Uma prova disso, é que os jogadores já passaram a especular alguns detalhes sobre o próximo título da franquia do Deus da Guerra.
O portal especializado em jogos eletrônicos, 3djuegos, noticiou que um jogador afirmou ter descoberto uma pista sobre onde pode se passar o próximo título de God of War. O usuário JorRaptor, aponta que explorando os conteúdos pós-jogo do título da Santa Monica ele notou algo que lhe chamou bastante atenção e que ele acredita que pode ser uma dica da desenvolvedora.
Em seu canal no YouTube, JorRaptor explica que se aventurando pelos nove reinos da mitologia nórdica apresentados em God of War: Ragnarok, após encerrar a história principal, ele notou os jogadores podem encontrar o Deus Tyr meditando em alguns lugares. O Deus em questão aparece realizando diversas posições bastante associadas a ioga, também realiza uma postura tradicional japonesa muito utilizada no judô e ainda faz
diversos movimentos que lembram o Tai Chi.
Com essas informações, logo os jogadores passaram a especular que o próximo jogo da franquia se passará em terras asiáticas. Aumentando ainda mais a força dessas especulações, o diretor do jogo, Eric Williams, afirmou em uma entrevista ao IGN, que a Santa Monica está aberta a explorar outras mitologias na sequência da franquia, e que os
jogadores deveriam ficar atentos às seis animações realizadas por Tyr, e que tem um motivo pelo qual eles adicionaram essas animações no final do game.
Infelizmente, para ter certeza dessas especulações, os fãs terão que esperar até que a desenvolvedora libere mais detalhes sobre a sua próxima produção, o que pode demorar vários meses e até anos. Dessa forma, os jogadores podem continuar se aventurando em God of War: Ragnarok e até dar uma chance a outros jogos, como os títulos presentes no 1xBet cassino. A plataforma de jogatina digital líder em seu segmento conta com mais de 10 mil games em seu catálogo, e além dessa variedade de opções, os usuários também têm acesso a diversas promoções, que lhes garantem saldo extra e
rodadas gratuitas.
Jogo mais vendido em seu lançamento
Corroborando o sucesso de God of War: Ragnarok, a Sony divulgou ainda em novembro, poucas semanas após o seu lançamento, que o título é o first-party mais vendido da história do PlayStation. Na época, ao menos 5,1 milhões de cópias do jogo já haviam sido comercializadas somente em sua semana de estreia – para alcançar esse número, foram contabilizadas as cópias físicas e digitais vendidas para PS4 e PS5.
Enquanto isso, o game de 2018 vendeu, entre o seu lançamento até novembro de 2022, cerca de 23 milhões de cópias para PC e PS4. Sendo que, até outubro de 2021, a Sony havia registrado 19,5 milhões de cópias comercializadas. No entanto, após o lançamento do God of War em 2018 para PC, eles alcançaram um novo público e aumentaram seu número de vendas.
FreeFire, um dos jogos de maior sucesso do mundo dos celulares, acaba de receber um novo personagem com poder de teletransporte para as batalhas no BattleRoyale. O Personagem Misterioso, que por enquanto só está no servidor avançado, faz parte de uma gama de personagens de FreeFire que realmente valem a pena ser conferidos. Veja as últimas novidades em torno do jogo da Garena.
Se existe um jogo que sempre se mantém atualizado o nome dele é Free Fire. A Garena, muito preocupada em agradar todos os públicos, lança constantemente novos personagens inspirados em celebridades ou possuindo novas habilidades para o jogador vencer o plateau vitórias diárias. Anitta, CristianoRonaldo e até mesmo o DJAlok, que é um dos melhores personagens do jogo, são exemplos do alcance que Free Fire consegue ter através dos celulares.
Personagem Misterioso pode se teletransportar através de um manequim
O jogo da Garena é famoso por ser possível fazer várias personalizações na gameplay, que vão desde criar um nome estilizado com espaço invisível em FF, skins dos personagens, armas modificadas e até mesmo pets no Battle Royale. Durante a semana passada, a desenvolvedora abriu o servidor avançado nele está o novo pet Mandacaru e também um novo personagem do jogo. Por enquanto o “Personagem Misterioso” segue sem nome e usa a skin do Primis que está disponível no servidor avançado do jogo.
Por 1 diamante é possível desbloqueá-lo para jogar enquanto o servidor de testes estiver na ativa. O personagem tem uma habilidade muito diferente Intitulada ”Manequim de transporte”. A habilidade cria uma sombra dentro do campo de batalha que pode ser direcionado à frente do personagem, quando a habilidade é ativada o jogador é teletransportado para o onde o manequim se encontra.
O manequim pode ser destruído impedindo o uso do teletransporte e também desaparece depois de 5 segundos. Lembrando que o manequim tem 150 pontos de vida tem o cooldown reduzido conforme o seu nível de progresso. No nível 1 o personagem leva 110 segundos para recarregar, enquanto no último nível o cooldown cai para 60 segundos.
É possível testar o personagem através do servidor avançado de Free Fire
Para aqueles que querem testar esta habilidade, é possível, para isso é necessário acessar o servidor de testes através do banner que aparece na tela inicial de FreeFire. Como de costume no servidor de testes aparecem de vez em quando algumas atualizações que vão para o servidor principal de FreeFire.
Será preciso baixar uma aplicação correspondente ao servidor de teste e é importante ter salvo o código disponibilizado para entrar no servidor de teste de FreeFire. Uma dica importante, é que é possível ganhar diamantes de forma gratuita, ao conseguir apontar bugs dentro da versão de teste de Free Fire é possível ganhar alguns diamantes.
Novo pet chega ao Free Fire: Conheça Mandacaru
Agora se você quer um pouco mais de benefícios, Mandacaru é o nome do mais novo pet que chegará na próxima atualização do Free Fire, programada para acontecer no início de janeiro. Como o personagem está em fases de testes, tanto o nome como as habilidades podem ainda sofrerem alterações. Até o momento sabe-se que o personagem Mandacaru é de tonalidade verde e representa um carismático cacto.
Já quanto às suas habilidades, ele possui o poder de recuperar a vida do jogador que estiver estático no mapa. A boa notícia vai para os jogadores que são inscritos no servidor avançado de testes do jogo, pois o pet para estes usuários foi disponibilizado para jogar na última sexta-feira. Para habilitar o novo personagem, basta acessar a loja e dispor de um diamante para escolher o novo pet.
Conheça melhor a habilidade do pet Mandacaru
Com 3 níveis diferentes, a habilidade do pet Mandacaru, em cada nível possui um tempo diferente para a recuperação de 10 de energia de seu dono. No nível 1, é preciso que o dono do pet permaneça por 8 segundos sem se mexer. Já no nível 2, o jogador precisa ficar estático por 7 segundos e, por fim, no nível 3 o jogador recupera 10 de energia ao ficar 6 minutos parado.
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“Romance Is A Bonus Book” foi uma surpresa para mim, resolvi assistir depois da recomendação de uma amiga próxima que me deu a seguinte descrição para o k-drama: “É um romance super fofo mais muito maduro” – e venho aqui fazer das palavras dela as minhas. Um drama que mostra as injustiças da fase adulta, que deixa claro como as escolhas que fazemos ao longo da vida formam quem a gente se tornou, mas que ao mesmo tempo não defini o que você pode ser no futuro.
Ao longo de 16 episódios acompanhamos diversos personagens, com enredos e arcos bem distintos. A protagonista Kang Dan-I é uma mulher divorciada, que sustenta a filha sozinha e se vê lutando para sobreviver ao mercado extremamente cruel e competitivo de Seul, sua única rede de apoio é um amigo de infância Cha Eun-ho, editor-chefe e um dos membros fundadores da Editora Gyeoroo, que por sinal tem interesse amoroso nela há anos.
Confesso que ver a dificuldade da Dan-i nos primeiros episódios e no que ela precisou fazer para conseguir um emprego me fez pensar sobre como o mercado enxerga as pessoas, sempre insensível e incapaz de dar uma oportunidade para quem tanto lhe pede, quem nunca viu uma vaga de estágio aqui no Brasil, em que era exigido, de alguém em formação, inúmeras experiências na área, conhecimentos e atitudes que muitas das vezes ainda estão sendo desenvolvidas. No drama Dan-I é formada em publicidade mas decide abandonar toda sua formação para conseguir um emprego de nível médio, depois de muitas tentativas falhas de conseguir algo em sua área de formação. Tudo o que ela queria era a oportunidade de tentar e estava disposta a aprender tudo do zero de novo, foi aqui que eu passei a admirar essa personagem.
Fora o arco dos protagonistas quero dar um destaque para a narrativa da Seo Young-ah e do Bong Ji-hong que no decorrer dos episódios se divorciam e por mais que o espectador veja o sofrimento dos dois e em alguns momentos até pense que vão voltar, eles se entendem e ficam assim, divorciados. Eu achei uma bela reflexão sobre como o amor não é tão estável e intocável como muitos pensam, ele está no cotidiano, nos pequenos atos, na rotina, e são principalmente em falhas nesses pequenos momentos que ele vai se esvaindo, aos poucos.
Imagem Divulgação
Não quero dar tantos spoilers, mas esse k-drama é muito bonito e cativante. Ela deixa bem claro como os livros são importantes para a narrativa em seu enredo, diálogos e até no formato, seus episódios são volumes e sempre existe muitas metáforas com a literatura. Gostei de maneira especial de uma que se refere as pessoas como livros que carregamos com a gente, e como nossas experiências de vida pode mudar a perspectiva na hora de ler um mesmo livro, afinal o livro é o mesmo quem mudou foi o leitor, como bem disse um dos personagens.
Outro ponto super interessante nesse drama está na forma como o amor é abordado, é muito comum ver em filmes ou série um amor complicado cheio de altos e baixos extremos, onde o sofrimento do casal principal é sempre certo, no meio da história sabemos que eles vão se separar sofrer e somente no final reatar com uma cena bem dramática. Mas não é o que eu vi em Romance Is a Bonus Book, nele eu vi um amor pacifico, acolhedor e que respeita a vontade e espaço do outro. Uma das cenas que mais me marcou foi quando apesar de gostar da Dan-I o Eun-ho em momento nenhum foi ciumento ou grosseiro enquanto ela saia com outro cara, e mesmo não torcendo para eles darem certo – afinal ele gostava dela – também não atrapalhou em nada, ele não queria ser um babaca. E digo aqui com um certo pesar, isso é raro em narrativa desse gênero, o que fez com que eu me apegasse mais ao personagem e torcesse muito por ele.
Falando em Cha Eun-ho, que personagem mais cativante! Claro que isso pode variar de pessoa para pessoa, mas para mim ele é a definição de um homem, como deveria ser. Como disse acima, ele quebra a expectativa do romance montanha russa, cheio de subidas agoniantes e descidas desesperadoras. Ele é sempre muito paciente, caloroso e respeitoso. Como todo ser humano, tem é claro suas falhas e segredos, refletindo as camadas do personagem. Além da relação com a Dan-i o Eun-ho tem o seu próprio arco, que aborda sua ligação com a misteriosa aposentadoria de uma grande autor. Nesse arco, vemos como o peso de tomar uma decisão é grande e como a dúvida se fizemos ou não o certo pode nos assombrar por muitos anos, mas no fim fazemos aquilo que acreditamos ser certo naquele momento, não há como mudar o que se passou.
O titulo desse k-drama faz jus a obra, o romance é de fato só um bônus, a história apesar de se apoiar bastante no amor, conta com muitos outros elementos que não estão na definição mais clássica de romance. Também se aborda crescimento profissional, amadurecimento, superação, recomeço. Claro que o romance deixa tudo mais legal, mas ver como os personagens são bem construídos, e com uma vida até que realista, com boas e más escolhas me fez ficar com essa história no coração.
Queria agradecer publicamente minha amiga por me fazer ver essa história, e espero que quem ainda não viu, veja! Para quem curte esse tipo de k-drama super vale a pena e você pode assistir na Netflix.
Todo ano tem a sua joia. Um anime que move não só uma fanbase, mas uma comunidade de entusiastas, profissionais, animadores, artistas, autores e diretores. A joia da vez para 2022 com certeza tem nome e seu nome é Bocchi The Rock.
Venha ver nesta REVIEW como é que um interesse isolado por animes com temática musical se viu engolido num furacão de hype que tomou conta das redes sociais semanas a fio até o seu indesejado fim nesta véspera de Natal, dia 24 de dezembro.
21TH CENTURY GIRL
Partindo de dentro para fora, do interesse pessoal deste redator até o fenômeno “Bocchi The Sweep”, comecemos pelo que imediatamente havia de mais atraente em Bocchi The Rock: um slice of life sobre um grupo de colegiais participando de uma banda, ou seja, um K-On para esta geração, mais de dez anos depois. Algumas semanas antes de sua estreia, seu teaser já dava fortes indícios de que a parte musical do anime seria fenomenal. São poucos segundos, mas com uma melodia de guitarra forte e criativa.
Mas antes que Bocchi The Rock pudesse atender às suas expectativas musicais, seus primeiros minutos entregaram maravilhosamente o que outros animes às vezes demoram episódios inteiros: uma personagem bastante carismática e relacionável, a guitarrista Hitori Gotou. Ela se inspira numa banda que está sendo entrevistada na televisão para aprender a tocar um instrumento e conseguir se expressar melhor e se conectar melhor com as pessoas. E quando você acha que irá acompanhar os primeiros passos penosos de uma pessoa aprendendo a tocar guitarra do zero, de repente o tempo passa, os anos passam e estamos diante de uma guitarrista profissional, tocando mais do que vários de nós jamais tocaremos e com um canal de covers no YouTube bastante popular.
O problema é que nada foi resolvido, porque talentos musicais à parte, Hitori ainda tem seríssimos problemas em se comunicar e em se relacionar. Andar com uma guitarra por aí na escola não ajuda em nada ao longo dos anos. Ela ainda é uma típica garota do século 21, ansiosa, solitária, que por acaso anda por aí carregando uma guitarra. A coisa toda só passará por alguma mudança com o encontro fatídico com Nijika Ichiji. A garota radiante feito um arco-íris (Niji, sacaram? Não? Okay…) implora para que Gotou substitua de última hora sua guitarrista que deu para trás e desistiu de tocar no show que estava marcado para daqui a alguns minutos. Do encontro com esta baterista, a baixista Ryou Yamada e, futuramente, a guitarrista fujona, Kita Ikuyo, Hitori Gotou começará a engatinhar os primeiros passos para fora de seu casulo de ansiedade social e revelar seus talentos para o mundo com sua primeira banda, a Kessoku Band.
AS DINÂMICAS DE UMA BANDA
Em termos de personagens, Bocchi The Rock segue uma fórmula básica, mas consistente. Nijika é a menina alegre que anima o rolê. Ryou é a senpai calada, do tipo descolada. Kita é a idol do grupo, o completo oposto de Bocchi, que é a exceção que confirma a regra, já que protagonistas ansiosas não são exatamente uma fórmula do gênero moe, sendo uma tendência mais recente, como em Hitori Bocchi no Marumaru Seikatsu. Voltarei à Hitori já já, porque ela é de fato um diferencial, mas por enquanto quero voltar a atenção de quem estiver lendo a um diferencial que acerta em cheio nesse anime: o trato musical.
Desde o momento em que você percebe que a animação da abertura toma o cuidado de casar os acordes tocados pela Hitori com as notas tocadas na abertura, até as pequenas curiosidades sobre performances ao vivo, Bocchi The Rock entrega e muito para todo mundo que já entrou em contato com a música. Logo de começo, vemos no primeiro episódio que todo aquele talento desenvolvido pela Hitori se mostrou inútil quando ela foi incapaz de entrar em sintonia com a Nijika e a Ryou. Música é harmonia, é melodia, mas é acima de tudo ritmo, sob pena de comprometer as duas primeiras coisas. Saber a hora de entrar e tocar sua parte, passar a vez para uma outra membra, tudo isso importa tanto quanto ou até mais do que tocar bem (porque sempre dá pra dar um improviso aqui e ali na hora da perdição). Não basta a Hitori tocar bem, mas aprender a estar e contar com outras pessoas, que é justamente o sentido todo de se estar numa banda.
Mas como todas as meninas do anime estão dando seus primeiros passos a sério numa banda, ajuda de gente mais cascuda é bem vinda. Nessa parte entram em cena as adultas da trama, a irmã mais velha de Nijika, Seika Ichiji, dona do “restaurante” onde tocam as bandas, sua amiga PA-san (que infelizmente contracenou pouco, logo a mais bonita) e a pinguça Kikuri Hiroi, que ensina muito para a Hitori, para o bem e para o mal. Tem toda a coisa da Seika ter uma postura rígida por fora e não poupar em nada as meninas e ser ao mesmo tempo um pudim apaixonado pela irmã por dentro, sim. Isso é um ponto fofo do anime e não quero diminuí-lo. Mas a Kikuri é o momento onde a adolescência dá lugar às amarguras da vida adulta e onde as pessoas já bem acima dos seus 20 e tantos anos de idade passa a se identificar mais do que gostaria. Seja na Espiral da Felicidade causada pelo álcool quanto pelas cenas cruéis que mostram o porquê da maior parte das pessoas beberem (e não é por diversão), Kikuri é um alívio cômico ainda mais puxado para o humor negro. Ao mesmo tempo, ela é uma veterana na cena musical e dá um suporte imensurável para que Hitori possa crescer como musicista, principalmente depois de dar uma mostra de sua própria performance num show, que lembra demais o estilo de um Number Girl.
Um pequeno parêntese: sabe o “restaurante”, em aspas? A curiosidade bacana aí é que é simplesmente um saco, juridicamente falando, obter uma licença para operar uma casa de shows no Japão. Então ao invés de casas de shows, temos na maior parte das vezes “restaurantes” que por um acaso recebe bandas para entreter os clientes, no maior espírito deixar de vender sorvete para vender “massa gelada” para evitar impostos, ainda que no final seja tudo a mesma coisa. Fim de parêntese.
Para fechar essa parte, quem tem os ouvidos afiados com certeza ficou de cabeça a mil com o trabalho nos detalhes musicais para fazer da trilha sonora de Bocchi The Rock parte do elemento narrativo do anime. Seja no último episódio com os improvisos da Kita e da Hitori quando a mizinha dela parte durante o show (a corda mais fina da guitarra) e o ritmo da guitarra base sustenta a performance para dar tempo da Hitori improvisar um solo com slide. Ou para puxar um pouco mais para trás, durante a audiência para o primeiro show da Kessoku Band, a direção foi longe a ponto de gravar uma das músicas da banda fora de ritmo para passar de propósito a sensação de que há algo errado com a banda naquele momento, para logo em seguida nossa Bocchi entrar com tudo com um dos solos mais arrebatadores da história dos animes. A mudança de ritmo da banda, da água para o vinho, se faz sentir mesmo nos detalhes na animação, mais vívida do que antes. E é de produção que falaremos agora.
ADAPTAÇÃO OVERPOWER
Vamos falar da produção de Bocchi The Rock, que foi o maior diferencial tanto da experiência de ter assistido o anime quanto de acompanhar o desenvolvimento da Bocchi. Comecemos por isto: a obra original já é um esculacho de competência. Aki Hamaji levou a sério seu hobby de ouvir bandas a ponto de aprender por si próprio a tocar instrumentos e estudar os locais onde as casas de shows ficam para poder criar um mangá sobre bandas que fosse o mais fidedigno possível. E não faltaram homenagens nesse meio tempo. Muitas homenagens mesmo! Tanto é que, assim como K-On pega o sobrenome de suas personagens emprestado da não tão conhecida banda P-Model, Bocchi The Rock simplesmente pega os sobrenomes de suas personagens emprestado dos membros do Asian Kung Fu Generation. Mas dá pra ver pelo vídeo marcado nesse parágrafo, que (tem continuação parte 2) que Aki Hamaji GOSTA de música.
Em miúdos, a obra original já teria potencial o suficiente para ser um ótimo anime se sua adaptação seguisse o mangá à risca. Mas isto não foi uma opção para o time de monstros que decidiu fazer a adaptação mais overpower dos últimos anos. O nível de esforço e dedicação para florescer genuínos encantos em forma de animação é quase um milagre que só se vê de anos em anos, quando não de década em década, pois o exemplo mais imediato de animações espetaculares em cima de momentos prosaicos é Nichijou, de 2011. E que o final desta década não deixe esquecer o que vimos e sentimos com Bocchi The Rock em 2022, pois sua produção saía da zona de conforto a todo o momento e cada episódio era experimento atrás de experimento. Num momento você está assistindo um anime, de repente você está vendo um balão de verdade sendo estourado na mesma tela onde havia um frame de animação um instante atrás. Ou quando não uma animação em stop-motion (sim, stop-motion!) decide ilustrar o pânico de uma introvertida em ser obrigada a atender as atividades de educação física e sofrer a pressão do grupo. E por que não jogar a Bocchi num render 3D podre e jogá-la numa pilha de trecos, ou filmar na selva (vulgo, quintal) uma pelucinha da Bocchi em formato de polvo para explicar o modo de vida desta bichinha exótica?
O mais espetacular dessas excentricidades, que fruíram a muito custo, risco e suor é que elas narram como ninguém a jornada de Bocchi no emaranhado difuso e caótico de suas emoções ao longo desses 12 episódios, como se o trabalho exemplar de Yoshino Aoyama ao dublar nossa guitarrista ansiosa favorita não fosse o bastante, criando gritos agonizantes normalmente impossíveis para cordas vocais comuns.
UM PRESENTE DE NATAL E UMA TRISTE DESPEDIDA
Pode parecer presunçoso chamar Bocchi The Rock de O Anime do Ano, principalmente para os fãs de shounen de lutinha. Respeito a indignação. Inclusive, não negarei, estou amando o anime de Chainsaw Man. Sei muito bem que o futuro é pikachu. Sei disso tudo. Mas, como dito no começo, a experiência da comunidade otaku e de animação no geral com a estreia dos episódios de Bocchi The Rock foi algo simplesmente extraordinário, no sentido literal da palavra. Não tivemos coisa parecida durante o ano e não estou falando de algo tão whatever como “Ah, estas são as waifus da temporada”. Não. Estou falando do impacto de uma obra que num primeiro momento falou a ansiosos e introvertidos do mundo inteiro, falou a músicos num momento do mundo onde ser um rockstar já não faz tanto sentido do jeito como entendíamos um rockstar 20 ou 30 anos atrás (a palavra em si caiu muito em desuso) e que no momento de dizer adeus para até uma segunda temporada, absolutamente ninguém estava preparado para dizer tchau, tamanho o apego generalizado.
Por tudo isso e mais um pouco, teve gente atualizando top 10 melhores animes da vida, teve editor atualizando top 5 do ano, teve gente floodando a timeline do twitter com fanarts do anime (sim, culpado, perdoem-me), então motivos temos de sobra para dar os Cinco Suquinhos mais rápidos e sem pensar duas vezes que já se deu nesta coluna. E do lado de cá, sustento: Bocchi The Rock É sim, sem dúvidas, O Anime do Ano de 2022.
Uma vez mais o Anhembi, uma vez mais o Anime Friends! Agora em sua edição de final de ano, o Ressaca Friends 2022 fechou o calendário de eventos de anime e gastou nossas energias para deixar o estômago já no esquema para a ceia de Natal, que vem logo ali. Esta edição do Ressaca rendeu a beça e mais detalhes disso você confere na nossa cobertura!
MESMO ESPAÇO, NOVO LAYOUT
Retornando ao seu local de estreia pós pandemia, o Ressaca repaginou seu espaço ao melhor estilo tentativa e erro, dessa vez um pouco mais enxuto do que na edição anterior. No final das contas, a disposição do evento parecia melhor aproveitada. Se comparado com julho, aquela sensação de imensidão desperdiçada em espaços vazios já não havia mais. Os estandes de sempre ali estavam, o palco k-pop posicionado em uma ponta e o palco principal noutra, pois do contrario não haveriam condições, enfim, tudo direitinho.
Quem pagou o pato dessa vez foram os maid cafés, que apesar de estarem bem localizados perto do acesso labiríntico que dava ao Auditório Ultra (ainda chegaremos lá), as apresentações cheias de energia das bandas logo ao lado, no palco principal, com certeza devem ter puxado um pouco mais de trabalho para as maid poderem passar sua magia moe.
Mais uma vez os maid cafés atenderam, com muitos sorrisos e magia, mestres e mestras que se encantaram com um pedaço de fantasia no Ressaca Friends | Foto: @sucodm / @fotobelga
Quanto ao acesso labiríntico, esse era o cenário da caminhada ate o Auditório Ultra, onde tivemos os desfiles e apresentações de cosplayers, os painéis de abertura do sábado e domingo, respectivamente, sobre os melhores animes de 2022 e os 25 anos de Naruto, com o pessoal do Suco e as meninas do Papo Nerd Com Elas e, por ultimo mas não menos importante, foi nesse auditório onde tivemos as presenças ilustres de Kihachiro Uemura, o Flashman Verde e Tetsuya Watanabe, produtor de animes e um baita profissional de peso da indústria.
Mas ir ate o auditório também foi uma atração a parte. O espaço, dedicado e lotado de homenagens a Elis Regina, era conectado ao evento principal por um longo corredor ao ar livre, um diferencial ausente na ultima edição do Anime Friends e que com certeza rendeu fotos espetaculares com os cosplayers presentes.
Uma bela homenagem do Papo Nerd Com Elas e da Verinha a um dos gigantes dos animes | Foto: @sucodm / @fotobelga
PAUSA! Você! Você aí mesmo, descrente no poder do amor, siga o conselho dos amiguinhos aqui e vá ler Umineko! Beleza? Então agora sim, pode continuar.
Foto: @sucodm / @fotobelga
O MELHOR AINDA POR VIR
Esta descrição geral e sucinta do evento pretende, antes de mais nada, servir como um convite para você. Alias, esta matéria como um todo serve para te avisar que este evento rendeu horrores e que o melhor ainda esta por vir!
A habitual galeria de cosplayers, fotografada pelo nosso querido Belga, veio forte (confira a de SÁBADOE DOMINGO)! E com ela, um espaço especial dedicado aos artistas que fotografamos com seus trabalhos na Artists Alley, que só melhora a cada edição!
Centimillimental, uma das atrações internacionais que mexeram com os corações dos fãs de Given | Foto: @sucodm / @fotobelga
E as atrações deste Ressaca Friends foram espetaculares! Tetsuya Watanabe, dando todos os detalhes e mais um pouco do processo de criação de um anime antes mesmo do trabalho nos estúdios, os shows de Ricardo Cruz, Centimillimental e bless4, as presenças de dubladores como Guilherme Briggs, Wendel e Ursula Bezerra e a equipe que está dando vida em português a Chainsaw Man, enfim, quase tudo isso aí pudemos pegar bem de perto com entrevistas e bate-papo que tão logo em breve vocês poderão ler com mais detalhes aqui no Suco! Fiquem no aguardo!
Trazendo o melhor da cultura dos mash-ups, Shiaku e Angelus da Animeshon trouxeram agitação até o último minuto do evento | Foto: @sucodm / @fotobelga
Tropeços de organização á parte, que custaram lamentavelmente a apresentação da Animeshon no sábado (que compensou e muito essa ausência no seu show de domingo), os dois dias de evento no espaço Anhembi passaram como um relâmpago, fazendo valer a risca o ditado de que tudo o que é bom dura pouco. O ambiente desse final de semana, cheio de gente se divertindo e cosplayers belíssimos não falhou em arrancar sorrisos de satisfação dos visitantes do Ressaca Friends 2022. Agora é esperarmos todos por 2023, ano de altíssima expectativa para os vinte anos do Anime Friends!
THE LAST ROCKSTARS, um grupo recém-formado composto por quatro das maiores estrelas do J-Rock – YOSHIKI, HYDE, SUGIZO e MIYAVI lançaram seu primeiro single apropriadamente intitulado “The Last Rockstars (Paris Mix)”, na sexta-feira, 23 de dezembro. O single será distribuído globalmente pelo Ingrooves Music Group para serviços de streaming de música. (Ingrooves faz parte do Virgin Music Group, a recém-formada divisão global de música independente do Universal Music Group.)
“The Last Rockstars (Paris Mix)” marca o início de lançamentos do grupo que deve se expandir ainda mais em 2023. Um Teaser do videoclipe também foi disponibilizado no canal oficial do supergrupo no YOUTUBE.
“The Last Rockstars (Paris Mix)” – VÍDEO TEASER
O anúncio ocorre logo após uma revelação mundial ao vivo em 11 de novembro em Tóquio, onde as quatro lendas internacionais do rock anunciaram uma série de shows “Live Debut” agendados para o início de 2023 em Tóquio, Nova York e Los Angeles. Mais recentemente, o grupo adicionou um segundo show no Hammerstein Ballroom de Nova York e está programado para tocar no Hollywood Palladium de Los Angeles em fevereiro de 2023. Os ingressos para todos os shows já estão à venda.
A ideia de formar o THE LAST ROCKSTARS surgiu organicamente de acordo com todos os membros. Sob o objetivo comum de “Criar o mundo do Rock”, o grupo tem trabalhado ativamente na criação de novas músicas, com lançamentos em massa que devem acontecer em 2023.
Comentário de YOSHIKI: “Como eu estava viajando pelo mundo, terminei de gravar em Paris remotamente com os EUA e o Japão. É por isso que chamamos de “Paris Mix”. Quando compus essa música, imaginei nós quatro juntos. Vamos dançar essa música.”
A quarta e a quinta edição combinada de 2023 da revista Weekly Shonen Jump da Shueisha revelou, na segunda-feira passada, que o mangá Hunter X Hunter de Yoshihiro Togashi está entrando em hiato a partir da próxima edição da revista, depois de levar em consideração a saúde de Togashi.
O departamento editorial da revista disse que consultou o autor e decidiu que a obra não deveria seguir o formato semanal de serialização. O departamento publicou ainda que sabendo de mais detalhes sobre o retorno do mangá, irá publicar sobre o assunto na revista.
Hunter x Hunter vinha em hiato desde novembro de 2018, também por conta de problemas de saúde de Togashhi, retornando somente em outubro de 2022 na 47ª edição da revista e ainda foi possível publicar o volume compilado número 37 do mangá em novembro deste ano.
O título não é o único sucesso de Togashi, que inclui a obra Yu Yu Hakusho. Hunter x Hunter é publicado na Weekly Shonen Jump desde 1998, tendo duas adaptações para anime, uma de 1999 e outra de 2011. A obra conta a história de Gon, um menino cheio de energia que descobre que seu pai, que o abandonou quando era pequeno, está vivo e é um dos maiores Hunters, caçadores de tesouros e de criaturas estranhas, e decide se tornar um Hunter para encontrar o seu pai, uma ambição bastante diferente da maioria. Porém, precisa enfrentar um exame extremamente perigoso para ter a licença para se tornar um Hunter.
O anime pode ser encontrado na Crunchyroll, apesar do último episódio ter ido ao ar em 2014 e o mangá encontra-se em publicação pela editora JBC.