Com a nova pandemia do coronavírus, o entretenimento dentro de casa se tornou padrão em todo o mundo, aumentando a demanda por serviços de streaming, e consequentemente aumentando a concorrência entre eles. Assim, a Disney criou sua própria plataforma, a Netflix fez alianças com estúdios de animação, e a Sony não ficou de fora, buscando aumentar seus recursos.
Nikkei: Sony in final negotiations to acquire Crunchyroll for ~$957mhttps://t.co/i6Qcr0ij1Z pic.twitter.com/qTpnCtbYpY
— Nibel (@Nibellion) October 30, 2020
Após alguns meses desde o início das negociações, a Sony entra nas etapas finais para adquirir a plataforma de streaming Crunchyroll. Este acordo pode fazer com que a plataforma de anime se torne uma grande rival de empresas como a Netflix.
Caso a Sony efetue a compra da Crunchyroll, poderá gastar mais de 100 bilhões de ienes (957 milhões de dólares ou 5,5 bilhões de reais, aproximadamente). Recentemente a Sony obteve o direito exclusivo de negociação da plataforma.
Além do interesse da Sony pela Crunchyroll, a empresa é dona da Aniplex, produtora e distribuidora de animes, filmes e música. Juntas, compraram o serviço de streaming Funimation, com 1 milhão de assinantes pagantes, principalmente nos Estados Unidos. A Aniplex é a responsável por Demon Slayer, um dos animes mais famosos atualmente, mas o licencia para outras plataformas.
Entretanto, eles esbarraram em um grande obstáculo ao longo do seu crescimento: com 70 milhões de membros gratuitos e 3 milhões de assinantes pagantes em mais de 200 países e regiões, a Crunchyroll se tornou uma ameaça. Se o acordo for fechado, todos os membros e os mil títulos de anime a mais da plataforma farão parte da gigante Sony.
Atualmente, grande parte da receita da empresa é derivada de jogos, músicas e filmes, chegando a 4,79 bilhões de dólares (27,68 bilhões de reais, aproximadamente), representando 60% do total do grupo.
De acordo com a Associação de Animações Japonesas, o mercado global de anime em 2018 valia cerca de 21 bilhões de dólares (121 bilhões de reais, aproximadamente), 1,5 vezes mais que de cinco anos antes.