Olá sucolinos e sucolinas! Quanto tempo, não? Eu não me lembro quando foi a última vez que escrevi para o SUCO. Trabalho, vestibular, mudança de casa, cidade, rotina e etc. Enfim, 2019 foi um ano agitado, mas 2020 eu prometo estar mais presente. #BELLAN que me perdoe pelas ausências. 

Chega de firulas e vamos ao que interessa: O Primeiro Gole. O momento que nós do Suco escolhemos poucos de muitos animês da temporada e apresentamos nossas primeiras impressões e o que aguardamos dos escolhidos. 

No meio dessa caixa de brinquedos sortidos, eu fiquei com Mirai Nikki… Opa! Desculpem. Ousama Game. Esperem. Não é esse? Ah! Perdão leitores e leitoras. 

Darwin’s Game!

Adaptado do mangá homônimo do duo FLIPFLOPs pelo estúdio NexusGranbelm, Comic Girls – e com direção de Tokumoto YoshinobuComic Girls – a animação tem como ponto central o battle royale entre os participantes do jogo que leva o mesmo nome do animê. Ou seria o contrário? 

Episódio duplo, episódio especial, episódio introdutório ou… Espera! Eu estou confuso. 

40 minutos e uns quebrados. É assim que Darwin’s Game começa. Eu tenho por dúvida que animações que começam com episódios longos demais o fazem por desespero ou tentativa de dizer: Olha! 40 minutos de uma adaptação nova para vocês. Aproveitem!

O bater de asas de um pombo num céu azul, borboletas voando no mesmo céu, algumas cenas de perseguição para criar uma abertura misteriosa, créditos de apresentação, um panda maníaco e efeitos sonoros requintados com pitadas de violência e sangue que todo battle royale busca ter. Explicações? Ligar os pontos. 

Nunca clique em links duvidosos enviados por amigos. 

Após todos esses desfechos, abruptamente somos jogados em uma sala de aula e ali temos a introdução ao nosso protagonista – Kaname Sudo – uma versão deathnoniana que só almeja comprar sua motoca. O sonho de todo jovem. 

Aqui começa o jogo de ligar os pontos. Antes de ir de encontro com a morte, vamos supor que um amigo lhe envie um aplicativo free-to-play sem pretensões nenhuma, apenas um: aí meu consagrado, vai um jogo de graça pra tu aí, baixe, instale e se vira bicho. É, Kaname teve essa sorte. 

Brincadeiras a parte, o longo episódio de 40 minutos traz um quebra-cabeças para os expectadores montarem, contudo, creio eu que ele vai se montando aos poucos, e sozinho. 

Nada é muito claro, nem mesmo para o protagonista Kaname que do momento que instalou o jogo, alucinou com a picada de uma cobra e foi perseguido por um homem-panda, vulgo Banda Ô, criatividade aqui é o que não falta – nos faz ter a sensação de que um tempo acima dos 24 minutos não era necessário. 

É preciso quase metade desse tempo para o personagem cair a ficha de que ele se enfiou numa enrascada ou de que a realidade é essa e pronto e acabou. 

Uma situação importante e penso eu ser interessante é o que mais pra frente – quase no final do episódio – é citado: medida de perda total de pontos, ou seja, tu perdeu, parceiro! 

Se o ponto ligou certo é basicamente isso: Kaname enfrenta Banda, Banda perde, Kaname, vence, Banda vira Minecraft. A medida de perda total de pontos nada mais é do que transformar você num personagem de Minecraft, aliás, você morre. 

darwins game

Pichu evolui para Pikachu que evolui para Raichu… No fim o jogo trata-se de uma evolução? 

No decorrer do episódio vários personagens aparecem, mas três ganham destaque. Shuka, versão hardcore da Misa Amane, Wang, tiozão de dreads e fanático por dedos em conserva, e uma garota que coleta dados em troca de pontos. Vamos isolar Wang e a garota dos dados e focar nela, na Shuka, também conhecida como Rainha Invicta. 

A mocinha aí convida Kaname e promete responder às perguntas dele caso ele demonstre ser cabra de confiança. Ligar os pontos não é bem o forte do Kaname, porque ele não sabia nada sobre a habilidade Sigil, a medida de perda total de pontos, sobre chamar uma ambulância num jogo que não se aplica ao mundo real, exceto quando este só pode ser através do aplicativo. 

Mas e aí? O que é o Sigil? Queridos, se eu entendi a explicação da professora Shuka: é tão natural como respirar. Fácil, não? 

Ambos entram em conflito e é óbvio que o Kaname por surto do acaso e no momento da pressão, eleva o cosmo ao sétimo sentido e dá um bug nos sistemas da garota. 

Fator importante: Se você se rende e declara servidão ao vencedor, alguns pontos seus são entregues e você não vira Minecraft. Creio eu que seus pontos não podem zerar, caso contrário, sobe pra cantar. 

Darwin’s Game ao que tudo indica é a evolução que a humanidade precisa, mas porque através de um aplicativo de celular? E porque um battle royale e não um piquenique? Vamos descobrir tudo isso com os episódios posteriores. Oremos. 

É a primeira impressão que importa. Será?

Vamos ater aos pontos de animação, trilha sonora e enredo, ou talvez o que isso signifique. A animação é daquelas que agradam e sinceramente não tem nada de tão magnífico, agrada, apenas isso. 

Os efeitos sonoros –  lembrando que isso é diferente de trilha sonora – fazem-se bem perceptíveis. Um corte no pescoço, o barulho do sangue jorrando de forma exagerada, um tiro, as correntes e etc. Trilha sonora é bem encaixada e diverte em alguns momentos. 

A ideia central é bacana, nada que eu não tenha lido ou assistido por aí, eu particularmente não tenho boas experiências com animês onde o conceito são jogos de sobrevivência, vide Ousama Game e Mirai Nikki. Chances para Darwin’s Game me fazer engolir o que eu escrevi? Tem. A minha deixa é: Será que 40 minutos e uns quebrados eram essenciais para causar impacto no expectador? Reflitam. Comentem. Curtam e vamos acompanhar e ver no que isso vai dar nessa Temporada de Inverno 2020.

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