A Xbox Brasil lançou na última segunda-feira, 9 de setembro, o Concurso Cultural de Fan Art, onde fãs e criadores interessados em participar terão o desafio de criar uma ilustração (42cm x 29,7cm) que faça referência direta a um destes cinco jogos de Xbox: Keen, Spaceline Crew, Aritana 2, Dandara e Dandy Ace.
A FanArt poderá abordar personagens, cenas, temas ou outros elementos do universo do jogo escolhido. Para participar é preciso que o artista compartilhe as suas ilustrações no perfil pessoal do Twitter, Facebook ou Instagram marcando a hashtag #XboxBRFanArt, lembrando que o perfil deve ser aberto ao público para que estejam concorrendo a um console Xbox One X e assinaturas anuais do Xbox Game Pass Ultimate.
O tema central serão jogos independentes brasileiros, com apoio dos estúdios: Cat Nigiri (Keen); Coffeenauts (Spaceline Crew); Duaik (Aritana 2); Long Hat House (Dandara); Mad Mimic (Dandy Ace).
A Xbox Brasil escolherá os TOP 10 e colocará para voto popular nas redes sociais de Xbox Brasil. Os três primeiros colocados serão impressos e presenteados como brindes na Brasil Game Show 2019. O vencedor do concurso receberá um Xbox One X, já o segundo e terceiro lugar, respectivamente, levarão para casa um ano de assinatura do Xbox Game Pass Ultimate, serviço de assinatura de jogos da Xbox.
Para participar:
Publique a arte em seu perfil pessoal do Facebook, Twitter ou Instagram com a hashtag #XboxBRFanArt – a publicação não pode ser privada. Caso a plataforma escolhida seja o Instagram, é importante que o participante saiba que não serão aceitos posts publicados por meio da plataforma “Instagram Stories”. Cada participante pode inscrever neste concurso quantas FanArts desejar.
Quando: das 0h de 09/09 às 23h59 de 22/09
O resultado desta promoção será divulgado por meio das redes sociais oficiais de Xbox BR (Facebook e Twitter) a partir do dia 03 de outubro de 2019.
O espetáculo Geek Sinfônico, regido pelo maestro Ronaldo Oliveira, trará uma viagem musical que promete emocionar fãs de cultura pop com arranjos orquestrados de temas de games, filmes e séries de TV que marcaram gerações dos anos 60 aos dias atuais. O concerto acontecerá na noite do dia 21 de Setembro (sábado), em São Paulo.
A Tacatinta, empresa de entretenimento e criação de conteúdo, anuncia – em parceria com o Teatro Bradesco – um concerto com mais de 20 faixas, incluindo temas clássicos de Star Wars, Mario Bros, De Volta Para o Futuro, Jurassic Park, Street Fighter, Donkey Kong, Resident Evil, Batman (trilogia do Christopher Nolan), e muitos outros sucessos que serão interpretados ao vivo pela orquestra – composta por 40 Músicos – e pela NerdStones, banda convidada especializada em temas geeks.
O telão e os cenários temáticos do teatro complementarão a montagem com informações e curiosidades sobre as diversas obras abordadas, transformando o evento em uma experiência audiovisual completa.
GEEK SINFÔNICO
Data: 21/09/2019 (Sábado) Local: Teatro Bradesco Endereço: Rua Palestra Itália, nº 500 – 3° Piso – Perdizes – São Paulo – SP Horário: 21h00 Abertura dos portões: 20:00 Duração Estimada: 1:40min Classificação etária: Livre
Os ingressos já estão à venda e podem ser encontrados na página do evento, no site do Teatro Bradesco.
É com muito orgulho – e até mesmo surpresa – que recebemos a notícia de que fomos indicados e somos finalistas no Prêmio Cubo de Ouro 2019, na categoria “Imprensa Geek”, onde terá a revelação dos vencedores no dia 18 de outubro, em Curitiba/PR, durante o Shinobi Spirit, um dos maiores eventos de cultura pop do sul do Brasil. A entrada é gratuita.
São oito categorias com Voto Popular: Personalidade Geek do Ano; Canal, Programa ou Podcast do Ano; Comércio de Produtos Geeks do Ano; Imprensa Geek do Ano; Melhor Projeto Social Geek, Fandom do Ano; e Geek Creators.
Além destas, outras seis categorias serão avaliadas por um júri técnico especialista: Melhor Game Brasileiro; Melhor Literatura Geek; Melhor Filme Geek; Melhor Jogo de Mesa; Melhor Cosplay; e Melhor Projeto Musical. Abaixo vocês podem conferir todos os indicados!
? Canaltech
? Cinema com Rapadura
? Garotas Geeks
? IGN
? Impulso HQ
? Legião dos Heróis
? Mega Curioso
? NerdBunker
? Suco de Mangá
Fandom do Ano
? BTS – #BTSCuboDeOuro
? DC Comics – #DCCuboDeOuro
? Game of Thrones – #GOTCuboDeOuro
? Harry Potter – #HPCuboDeOuro
? Marvel – #MarvelCuboDeOuro
? Star Trek – #StarTrekCuboDeOuro
? Star Wars – #SWCuboDeOuro
? Stranger Things – #STCuboDeOuro
? The Walking Dead – #TWDCuboDeOuro
Destaque Global Geek do Ano
? Fogo & Sangue
? Fortnite
? Funko
? Game of Thrones – 7ª Temporada
? O Rei Leão
? Pokémon TCG
? Resident Evil 2
? Stranger Things – 3ª Temporada
? Vingadores: Ultimato
Geek Creators
? Arena Nerd
? Bit Studio Amp
? Game Chinchila
? Mundo Cosplayer
? Nerdistraido
? O Bom do Videogame
? RPG Next
? Salvando Nerd
? Serial Cookies
Melhor Projeto Social Geek
? Alpha Beat Cancer – Mukutu
? Fight Like a Girl – Kaol Porfírio
? Gol de Placa – Fabio Oliveira
? Huni Kuin: Yube Baitana (Os caminhos da jiboia) – Bobware/Beya Xinã Bena
? PerifaCon
? Sky Go For Gaming – eBrainz/Fishfire/ESL Brasil
? Só Para Constar – Fira Soft/Grupo TV1/Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
? Super Amigos Arte Cosplay
? {reprograma}
Melhor Filme Geek
? A Jornada do Youtuber – Michel Pais Pereira/Vida Animada
? A Mata Negra – Fábulas Negras Produções
? A Todo Vapor! – Cine Kings Produções
? Apneia – Dogzilla Studio
? Caverna do Dragão – Renault/DPZ&T
? Drawing Life – Openthedoor Studios
? Super Drags – Combo Estúdio/Netflix
? Tito e os Pássaros – Bits Filmes
? Turma da Mônica: Laços – Biônica Filmes
Melhor Game
? Bedtime Fright – REVstudio
? Freeze Tag – Concept Factory
? Mônica e a Guarda dos Coelhos – Mad Mimic
? Origami Flight – Whalesoft
? Out of Space – Behold Studios
? Pixel Ripped 1989 – ARVORE Experiências Imersivas
? Psikodelya – Infinity Green
? Starlit On Wheels – Rockhead Studios
? Zueirama – Memes Games
Melhor Literatura Geek
? A Flecha de Fogo – Jambô Editora
? A Lenda de Bóia – Léo D. Andrade
? Arquivos Secretos: Monstruário #1 – Pieces
? Bairro da Cripta – Editora Pandorga
? Cidade Buraco – Mão de Macaco
? Gibi de Menininha – Zarabatana Books
? Lua Branca – Editora Planeta
? Quando você foi embora – Balão Editorial
? Serpentário – Intrínseca
Melhor Cosplay
? André Luiz Pinheiro – Scorpion/Mortal Kombat 9
? Deodato Meira de Araujo – Jafar/Aladdin
? Fernando Alvarenga Moura – Dovahkiin/Skyrim
? Jaqueline Fernandes Santos – Diablo Prime Evil/Diablo III
? Júlio César Augusto dos Santos – Link/The Legend of Zelda: Breath of the Wild
? Nathália Maria Simionato Casalecchi – Winifred Sanderson/Abracadabra
? Patricia Renata Lazier – Gwendolyn – Odin Sphere
? Renata Silva Souto de Melo – Chapeuzinho Vermelho/SinoAlice
? Romulo Peres dos Santos – Lich King/Warcraft
Melhor Jogo de Mesa
? A Todo Vapor! Micro Jogo – Potato Cat Games/Diceberry Editora
? Império de Jade – Jambô Editora
? Patuscada – Patuscada
? Quix! – TGM Editora
? Sobrevivência na Amazônia – Roberto Tostes
? Triora – Meeple BR Jogos/Arcano Games
? XINGU – MS Jogos
? Zurvivors – Gamehives
Melhor Projeto Musical Geek
? Anime Cover
? Banda Okami
? Banda Terra Celta
? Felícia Rock
? KRC
? Nordex
? Cinema in Concert – Orquestra Filarmônica de Curitiba
? Star Wars in Concert: Film Concerts series – Conexão Cultural
? Yuri Black
O público pode votar quantas vezes quiser, por meio do SITE OFICIAL.
O 31º Troféu HQMIX divulga os escolhidos para receberem a estatueta do personagem “Nhô Quim” de “Angelo Agostini”, publicado em 30 de janeiro de 1869, na revista semanal “Vida Fluminense”, marcando os 150 anos da primeira publicação de quadrinhos brasileiros.
O evento acontecerá na Comedoria do Sesc Pompeia, no dia 15 de setembro (domingo), às 17h30, com apresentação de Serginho Groisman, performance do Grupo Prana Teatro e discotecagem de MZK.
Os melhores de 2018 foram escolhidos por indicações de jurados especializados e um júri nacional de mais de 2.000 profissionais da área. No destaque, o mangá Akira #2, publicado pela Editora JBC foi contemplado ao prêmio de “Publicação de Clássico”.
Adaptação para os Quadrinhos
– A Revolução dos Bichos
Arte-finalista Nacional
– Wagner Willian (O Martírio de Joana Dark Side)
Colorista Nacional
– Mariane Gusmão (Desafiadores do Destino)
Desenhista Nacional
– Marcelo Lélis (Anuí)
Destaque Internacional
– Cumbe, de Marcelo D’Salete
Edição Especial Estrangeira
– Mort Cinder
Edição Especial Nacional
– Graphic MSP VOL.18 – Jeremias
Editora do Ano
– Pipoca & Nanquim
Evento
– CCXP Comic con Experience
Exposição
– Quadrinhos – MIS
Livro Teórico
– Tradução de histórias em quadrinhos
Novo Talento – Desenhista
– Melissa Garabeli (Saudade)
Novo Talento – Roteirista
– Jéssica Groke (Me leve quando sair)
Produção para outras Linguagens
– Documentário do Humor – 45. Salão Internacional de Piracicaba
Publicação de Aventura/Terror/Fantasia
– Samurai Shiro
Publicação de Clássico
– Akira 2
Publicação de Humor
– Agente Sommos
Publicação de Tira
– Will Tirando nº 2
Publicação em Minissérie
– Greg – O contador de histórias
Publicação Independente de Autor
– Histórias Tristes e Piadas Ruins (Laura Athayde)
Publicação Independente de Grupo
– Orixás – Renascimento
Public. Independente Edição Única
– Os Últimos Dias do Xerife (Thiago Ossostortos)
Publicação Infantil
– Os diários de Amora
Publicação Juvenil
– Graphic MSP 18 Jeremias
Publicação Mix
– Gibi de Menininha
Roteirista Nacional
– Laudo Ferreira (O Santo Sangue)
Web Quadrinhos
– Bendita Cura
Web Tira
– Will Tirando
Projeto Editorial
– A Arte de Charlie Chan Hock Chye (Pipoca & Nanquim)
Projeto Gráfico
– Box Noites de Trevas – Metal x Sepultura (Panini)
Grande Contribuição do Ano
Empate:
– “Gibizão” da Turma da Mônica [Guinness World Records para A maior revista em quadrinhos publicada] (Panini e MSP)
– Coleção Grande Encontro Turma da Monica & Liga da Justiça (Panini, MSP e DC)
Homenagens
– Aline Lemos por Artistas Brasileiras
– Edra por Ao Mestre Com Carinho – Ziraldo 85 no traço de 85 talentosos Cartunistas (Melhoramentos)
Mestre dos Quadrinhos
– Carlos Edgard Herrero
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
– Cicero Henrique da Cruz Sampaio por Webcomics dos Átomos aos bits –
Mestrado
– Valter do Carmo Moreira por Batman e o Surrealismo: uma investigação das estratégias poéticas surrealista dentro do Asilo Arkham
Doutorado
– Eveline Coelho Cardoso por A escola no túnel do tempo: imaginários sociodiscursivos e efeitos de sentido em charges contemporâneas sobre a educação e ontem e de hoje
31º Troféu HQ Mix
Dia 15 de setembro de 2019, domingo às 17h30
Comedoria
Gratuito.Livre
Retirada de Ingressos 1h antes na Bilheteria
*A capacidade do espaço é de 800 pessoas. Assentos limitados. A compra do ingresso não garante a reserva de assentos. Abertura da casa com 90 minutos de antecedência ao início do show.
Um dos longas mais esperados de 2019 estreou nas telinhas, e tendo seu antecessor sido um estrondoso sucesso, não podíamos deixar de falar de It – Capítulo 2, o final de um dos filmes de terror mais icônicos da década.
Para quem está desatualizado It é um longo baseado no best-seller de mesmo nome do mestre do terror Stephen King.
Não é a primeira vez que o livro foi adaptado, em 1990 foi estreada uma série televisiva – dividida em duas partes – que já contava os horrores do palhaço Pennywise. Apesar da série (e posteriormente telefilme) não ser lá essas coisas, Tim Curry seria imortalizado como o palhaço assassino Pennywise, e seria motivo de pesadelos de crianças por gerações.
Os Novos Filmes
Os novos filmes, dirigidos por Andy Muschietti, também seguiram a premissa de ser em duas partes. A primeira retratando a infância dos protagonistas na batalha contra A Coisa, enquanto o segundo – que estreou semana passada – é sobre a volta dos mesmos como adultos, ao perceberem que sua batalha anterior não foi efetiva.
Antes de tudo é necessário dizer que It – o livro – não foi concedido com King em seu melhor estado. Bastante debilitado na época, o autor já admitiu que quando escreveu It, assim como outros livros, estava constantemente alterado por entorpecentes, o que foi responsável por muitas “viagens” do livro, desde tartarugas alienígenas até orgias infantis.
Não me leve a mal, eu não sou contra as maluquices de King, mas quando passamos a obra de um suporte tipo livro, para as telonas, muita coisa fica fora do que é concebível – não só pela temática pesada – mas porque não há espaço para tanta fantasia.
Adaptação tão boa quanto a obra original
Nesse sentido, Andy fez um excelente trabalho contornando os devaneios de King e criando uma obra muito mais linear e sólida, com um final – inclusive – que eu considero superior ao seu antecessor de 90 e ao próprio livro. Porém, depois da incrível primeira parte de 2017, não posso negar que sai dos cinemas um pouco decepcionada na semana passada.
Não que It Capítulo 2 seja ruim, não é, mas se o primeiro filme é nota 10 (5 suquinhos), eu daria para esse segundo entre 7,5 a 8. O filme caiu na mesma armadilha de tantos outros, e fez uma sequência inferior ao esperado. O primeiro ato é muito bem construído, e nos prepara para um segundo ato fraco, com muita embromação e flashbacks desnecessários.
Para mim o filme se perde após a cena de Beverly, que inclusive, está muito mais fraca como adulta. Enquanto no filme anterior ela era uma das personagens mais cativantes e envolventes, nesse segundo ela está apagada, e passa despercebida no longa. Após a cena que ilustrou os trailers, ela só volta a aparecer muito mais tarde nas cenas finais.
Bill, interpretado pelo talentoso James McAvoy, é a estrela junto com Richie e Eddie (Bill Hader e James Hansone), os três conduzem o filme todo, mas não são o suficiente pois – apesar de cenas incríveis e momentos memoráveis – o filme se trata de um conjunto de protagonistas, e só metade deles não é o bastante.
Problemas de Ritmo
Apesar de longo, não achei o filme cansativo, mas ele é tedioso em certas partes, e há muitas cenas que considero desnecessárias, apenas com intuito de sustos gratuitos, que não são tão assustadores assim.
Não há como comparar o filme ao livro, já que – como citado anteriormente – o diretor teve que fazer diversas adaptações, mas eu gostei muito mais do final do longa, e confesso que até me emocionei nos momentos finais da leitura da carta.
It Capítulo 2 decepciona, não entrega o que promete e – apesar de não ser um filme ruim – deixou a desejar perante as altas expectativas da excelência do primeiro filme. Ainda assim, vale a pena ir ver nas telonas, não é a toa que ele está liderando as bilheterias brasileiras e é a segunda melhor estreia de um filme de terror no mundo (perdendo somente para seu antecessor).
Aconteceu no último domingo, 8 de setembro, mais uma edição do Rio Claro Geek Festival e estivemos por lá para fotografar os cosplays de Rio Claro que prestigiaram o evento e deram ainda mais cor para a Cidade Azul.
A espiritualidade japonesa é sem dúvida bem popular entre os fãs do esotérico e até mesmo da cultura pop japonesa. Ela é tão apreciada quanto estereotipada, é verdade. E a culpa é de quem? Não dá pra termos culpados. O budismo e o xintoísmo aparecem demais e são explicados de menos, então não é de admirar que existam imprecisões sobre a natureza dessas formas de espiritualidade. Aliás, não se surpreendam: até mesmo entre os japoneses esses conhecimentos tão ricos são cada vez mais ignorados e postos pra escanteio.
Essa última frase não vem de mim, mas de Reiko Okano ao fechar seu painel no Café Literário. A mangaká e esposa de Makoto Tezuka fez uma exposição belíssima de suas obras para além do anunciado Onmyoji, falando também sobre mangás que aprofundam o caminho monástico dos budistas, a forma e a elegância do feminino e o mundo dos lutadores de sumô.
Começando com Fancy Dance, o mangá conta a vida de um jovem que aproveitou bem sua juventude na moda dos anos 80, até o momento que decide largar a vida mundana e ser um monge.
Fancy Dance conta curiosidades das vestimentas, sutras e hábitos dentro do monastério, com uma semelhança aos quadrinhos antigos da Marvel que detalhavam, por exemplo, as partes da armadura do Homem de Ferro. A minúcia é valiosa, pois cada item da vestimenta tem o seu significado e sua razão de ser no hábito monástico.
E como não poderia deixar de ser, o mangá não é apenas descritivo. Ele também explora a recepção e a reação desse protagonista às tribulações e os desafios que vem testar sua disciplina. Às vezes com bom humor, com os castigos à indisciplina, às vezes até com crises existenciais, que deixam o protagonista se perguntando o que o torna diferente no meio de todas aquelas cabeças raspadas.
Em seguida, Reiko Okano apresentou à plateia o mangá Ryogoku Oshare Rikishi. O título é complicado, eu sei, então vamos explica-lo, pois vale muito a pena. Rikishi é simplesmente o nome dado a um lutador profissional de sumô. Oshare quer dizer moda, pois como Reiko Okano mostra bem, o sumô é um esporte popular no Japão e antiga à própria noção atual de esporte, remontando a rituais de purificação do ambiente. Essa popularidade leva homens às competições de força, jornalistas às coberturas esportivas e mulheres, pasmem, à admiração e aproximação dos melhores atletas. Sim, no mangá a autora introduz uma “Maria Chuteira” do sumô, ou uma “Maria Rikishi”, ou “Maria Tanguinha” ou sei lá, o nome que vocês acharem melhor.
Reiko Okano apresenta à plateia o enorme mangá Ryogoku Oshare Rikishi, com um papel, segundo ela, “macio como apalpar um gordinho”
E Ryogoku? Essa é a parte mais interessante: Ryogoku é um distrito de Tokyo, considerado a meca do sumô. Ele é lar do estádio Kokugikan, que recebe três dos seis torneios anuais de sumô que existem. E o site Time Out não brinca ao vender seu peixe: na página sobre Ryogoku, você vê o templo que recebeu os primeiros torneios de sumô antes do estádio, um museu dedicado a Hokusai (o próprio autor das Ondas de Kannagawa e criador do termo mangá) e restaurantes que fazem as refeições dos rikishi, o chanko nabe. Afinal, não é só ficar gordo, comer umas porcarias e pronto. O prato que compõe a dieta principal dos lutadores de sumô é um sopão com uma mistura interessante de vegetais, cogumelos, carne e almôndegas de peixe. A diferença corporal é nítida dos lutadores que seguem essa dieta dos lutadores mais ocidentais que simplesmente resolveram engordar de qualquer jeito. Nessa luta icônica com Byamba, tetracampeão mundial de sumô, a diferença corporal dá prova óbvia do que digo.
Então, com essa exposição, é possível traduzir Ryogoku Oshare Rikishi como “Os populares lutadores de sumô de Ryogoku”. Reiko Okano começou a fazer o mangá por uma curiosidade cômica: como seria desenhar um mangá onde lutadores imensos ocupariam com facilidade um painel inteiro sozinhos e que mal usam roupas? Mas mesmo que no começo a intenção tenha sido meio brincalhona, o mangá amadureceu num nível que se tornou um versão seinen e mais pé-no-chão de Hinomaru Sumo.
A terceira obra que Reiko Okano apresentou foi Inanna. O título é uma inspiração óbvia da deusa homônima da mesopotâmia. Fãs da série Fate, principalmente os jogadores de Fate Grand Order, podem lembrar com mais facilidade que Inanna é um dos nomes de Ishtar, deusa do amor, da fertilidade e da guerra. Ishtar essa que estará no anime de Fate com previsão de estreia para outubro.
Inanna é a única obra da autora em exposição na Bienal, no estande do Consulado do Japão. O que podemos perceber é uma semelhança com um livro de rascunhos, com traços leves e lotados de formas femininas em inúmeras poses. É como se Reiko Okano tivesse espelhado em si mesmas as formas e as poses para os desenhos de suas dançarinas, já que a mesma disse ter praticado dança do ventre para imergir naquilo que ela queria criar. Aliás, essa informação fez encaixar todas as peças visíveis, já que a elegância da mangaká em muito se parece com a elegância de uma dançarina do ventre, como sua postura e o jeito como ela prende seus longuíssimos cabelos. É algo que você testemunha em pouquíssimas.
Por último foi falado do magnum opus de Reiko Okano, Onmyoji. Se em Fancy Dance o zen-budismo é o tema principal, em Onmyoji, uma faceta tão rica quanto e ainda mais original da espiritualidade japonesa é apresentada: o onmyoudou. Seu personagem principal é Abe no Seimei, sacerdote e conselheiro imperial que viveu entre os séculos 10 e 11. Sua existência é certa, mas sua vida é motivo de contos e lendas desde o século 12, com o compilado Konjaku Monogatarishu.
Trata-se, sem sombra de dúvida, de uma obra bastante espiritualizada. O onmyoudou, sendo uma forma de geomancia baseada nos cinco elementos, é uma espiritualidade muito ligada à organização espacial. Reiko Okano falou sobre templos, suas localizações e a construção das cidades imperiais, baseadas na organização do pentagrama, ou o “Seiman”.
Além da dimensão espacial, a música é um item muito importante para a autora. Ela prestou homenagem a um recém mestre do fue, uma pequena flauta japonesa, apresentando um áudio para a plateia. A mesma coisa para o koto, aquela harpa de mesa. Reiko Okano também se aventurou no aprendizado desses instrumentos; e segundo ela, a pessoa que tocava o koto era tida como sagrada, pois o tocar das cordas harmonizava os céus e a terra, o divino com o humano.
Aliás, para finalizar, a própria ideia de harmonia é uma constante na obra da mangaká. Essa ideia, se mal-entendida, pode causar confusões, como quando ela explica o porquê do ringue de sumô não ser feito para as mulheres. Segundo ela, o ringue representa o feminino, que é a própria morada do sagrado (daí ela falar bastante no divino-feminino).
Daí o sumô, como competição de força e ritual de purificação, harmonizar o feminino com o masculino que fertiliza/purifica o ringue (o momento antes da luta onde os rikishi jogam sal pela arena). Essa explicação levanta a reflexão: Reiko Okano está “passando pano”? Ou somos nós quem estamos sendo confrontados com uma cosmologia diferente da nossa?
Seja como for, esse painel no Café Literário foi talvez o programa mais rico que cobrimos nesta Bienal e o desejo de ver essas obras publicadas em português é enorme. E, por parte da Reiko Okano, sua alegria de estar num evento tão cheio de energia foi bem visível. Ela expressou votos de coragem e confiança para as pessoas que queiram criar mangás e votos de felicidade para todos nós que compartilhamos o mesmo planeta Terra.
Foi revelado neste último final de semana pelo site oficial de Boku NoHero Academia (My Hero Academia), um novo visual para a quarta temporada do anime que estreia dia 12 de outubro deste ano. Confira mais abaixo!
A nova temporada produzida pelo estúdio Bones, trará o arco “Estágio do Herói” que teve início na 14ª edição do mangá. O elenco de dublagem incluem novos dubladores como Shinichiro Miki como Sir Nighteye, Rie Murakawa como Bubble Girl, Kazuyuki Okitsu como Fat Gum e Seiran Kobayashi como Eri.
A banda Blue Encount produziu o tema de abertura do anime, chamado “Polaris” e Sayuri canta o encerramento, chamado “K?kai no Uta”.
Confira o trailer legendado da quarta temporada!
https://www.youtube.com/watch?v=bpSvJS0Vpv0
Recentemente, o filme My Hero Academia: Dois Heróis ganhou as telas de cinemas brasileiros. O longa estreou no Japão no ano passado e se tornou a segunda maior bilheteria para um anime no país, arrecadando mais de US$ 5,7 milhões.