Natalia
    Natalia
    Graduada em Publicidade, com especialização em Produção de Conteúdo. Sou escritora, mas não termino nenhuma história. Adoro videogames, mas sou ruim em todos. Devo ter mais horas assistindo anime do que dormindo. Viciada em música, principalmente daquelas bandas que ninguém conhece. A esquisitona do rolê.

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    Darling in the Franxx | Review

    Darling in the Franxx é um anime original, com uma mistura de ação, drama, romance, e aquela dose de sci-fi, principalmente por causa dos mechas.

    Confira também o nosso PRIMEIRO GOLE! 

    Lançado no dia 13 de janeiro, e finalizado no dia 7 de julho, Darling fez parte da Temporada de Inverno 2018, com o total de 24 episódios. A Crunchyroll ficou responsável pela transmissão aqui no Brasil.

    Comparações

    Uma das mentes por trás da obra é o Nishigori Atsushi, o diretor e criador de Darling. Nishigori já está familiarizado com obras nesse estilo, já que já participou de outras como Gurren Lagann e Evangelion.

    Até houve algumas pessoas que ficaram comparando Darling com Lagann. Darling teve ótimos estúdios para a produção, a A-1 Pictures e a Trigger fizeram uma parceria, e deu muito certo.

    darling in the franxx
    Darling in the FranXX (Imagem Divulgação)

    Distopia e Tecnologia Avançada

    Darling in the Franxx conta a história de uma civilização mais avançada que a nossa, mas que sofreu danos devido à exploração de energia magma, que é a energia que eles utilizam no anime. É como se fosse um futuro que flerta com distopia, e com uma tecnologia bem avançada.

    Devido à essa degradação do planeta, Urrossauros (criaturas gigantes) começaram a surgir e atacar a população, que agora vive em latifúndios, que recebem o nome de “plantações”. Cada Urrossauro possui uma categoria, que vai do mais fraco ao mais forte.

    Para defender a população, foram criados Franxx (robôs gigantes), que são pilotados por um garoto e uma garota, que não são adultos ainda. Enquanto esses adolescentes dão seu sangue e arriscam suas vidas, os adultos moram tranquilamente em uma parte desses latifúndios, só que em melhor estado e com mais recursos.

    Cada Franxx tem o nome de uma planta, que possui uma ligação com seus pilotos. E cada piloto recebe um código composto de números como nome, mostrando que eles não são tão importantes a ponto de ter um nome próprio.

    O piloto masculino é chamado de Estame, órgão reprodutor masculino das flores. E a piloto feminina é chamada de Pistilo, órgão reprodutor feminino das flores. E os pilotos, em geral, são chamados de Parasitas, já que seu significado se assemelha muito aos humanos, que dependem de terceiros para sobreviver.

    darling in the franxx
    Darling in the FranXX (Imagem Divulgação)

    Duplas e Governo

    A história foca mais em um grupo de jovens que moram na Plantação 13. Um dos garotos desse grupo dá nomes a todos seus colegas, e eles só se chamam por esses nomes. Cada nome é pensado de acordo com o código que lhe foi dado.

    Hiro é esse garoto. Seu código é o 016, e ele é um garoto que sempre priorizou seus amigos. Hiro não consegue pilotar um Franxx e acaba perdendo sua parceira. E em Darling, se alguém não consegue pilotar, é considerado descartável.

    Dentre esse grupo, temos as duplas Ichigo (015) e Goro (056) que pilotam o Delphinium, Zorome (666) e Miku (390) que pilotam o Argentea, Futoshi (214) e Kokoro (556) que pilotam o Genista e por último o Mitsuru (326) e Ikuno (196) que pilotam o Chlorophytum.

    Logo no começo, Hiro conhece Zero Two (002), uma garota meio humana e meio urrossauro, com chifres, que é repugnada por muitos, já que todos seus parceiros de Franxx morreram por não aguentar pilotar com ela. Sua fama é de devoradora de parceiros. Zero Two e Hiro se tornam parceiros, pilotando a Strelizia juntos.

    Há uma organização que praticamente é um governo que rege os latifúndios. Essa organização é chamada de APE, e é composta por 7 membros, sempre encapuzados e com máscaras. Podem assemelhar o APE com uma organização religiosa ou até um governo mesmo, que impõe regras e força as pessoas a não questionarem suas leis.

    Além desses, há outros personagens que aparecem de vez em quando e há outros grupos de Parasitas também.

    darling in the franxx

    Simbologias

    O anime tem muitas simbologias e não fica somente nos nomes. O que mais polemizou no anime foi a posição em que eles precisam ficar para pilotar. Até essa posição possui uma simbologia, já que muitas coisas no anime são regidas de acordo com gênero, cromossomos, e o sexo em si.

    Franxx só podem ser pilotados por um homem e uma mulher, já que possuem fatores biológicos que se completam. As roupas utilizadas para pilotar também possuem simbologias, principalmente os uniformes femininos, que se assemelham as roupas de casamento antigas do Japão.

    O anime é cheio de dramas, e tenta aprofundar bem os personagens e as relações entre si. Tanto que há alguns episódios que não há ação, para focar exatamente na construção de personalidade e dos relacionamentos.

    Deslizes e Acontecimentos Desnecessários

    A segunda metade é onde acontece os maiores deslizes da série, até chegar em um ponto onde acontecem coisas desnecessárias ou estranhas. E o final parece muito com final de novela da Globo. Mas tem muita coisa que podemos pegar de bom em Darling, muitas filosofias e simbologias que fizeram o anime valer a pena.

    A animação, em sua maioria, foi bem feita e se manteve estável. Algumas cenas ficaram muito bonitas, com fluidez e uma ótima direção. A trilha sonora estava incrível, e combinava perfeitamente com a atmosfera. A faixa “Vanquish” da Asami Tachibana é uma das músicas mais marcantes, e perfeita para as cenas dramáticas de batalha.

    Darling in the FranXX (Imagem Divulgação)

    Questões Técnicas

    Falando em música, a abertura “Kiss Of Death” da parceria entre Mika Nakashima, que cantou a música, e Hyde, que produziu a música, foi a melhor abertura da Temporada de Inverno, e se tornou muito marcante. As cenas são bem simbólicas, principalmente as da segunda versão, que rodou a partir da segunda metade do anime.

    Após o lançamento do anime, Darling recebeu sua versão em mangá. Começou a ser publicado no dia 14 de janeiro, pela Shounen Jump+, e até o momento tem 22 capítulos. Yabuki Kentarou, que trabalhou em To LOVE-Ru, é quem está fazendo a arte do mangá.

    O anime finalizou, mas o mangá ainda está em lançamento. Muitas pessoas dizem que o mangá completa muita coisa do anime, e preenche lacunas deixadas na animação, então pode ser uma boa adição para os fãs da série. O mangá está com nota 8,03 no MyAnimeList.

    Com nota de 7,9 no MyAnimeList, Darling in the Franxx provou que foi um sucesso. Por ser um anime original, conseguir chegar ao ponto que chegou é uma grande conquista.

    Apesar de tudo, divertido! 

    Darling era uma das minhas grandes apostas para a temporada, e foi muito divertido de assistir. Mesmo com os deslizes durante a série, acredito que tenha valido muito a pena acompanhar a história. Acredito que não terá segunda temporada, e não acho que precise, já que a obra finalizou bem.

    Amantes de mechas e animes com dramas podem se identificar com Darling e tirar bom proveito da obra. Eu recomendo bastante, ainda mais para fãs de Gurren Lagann e Evangelion.

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    Graduada em Publicidade, com especialização em Produção de Conteúdo. Sou escritora, mas não termino nenhuma história. Adoro videogames, mas sou ruim em todos. Devo ter mais horas assistindo anime do que dormindo. Viciada em música, principalmente daquelas bandas que ninguém conhece. A esquisitona do rolê.

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