Marcando o sexto lançamento e o primeiro em três anos da JYOCHO, banda sediada em Kyoto, no Japão, o novo projeto Let’s Promise to be Happy, lançado em 16 de fevereiro, conta com oito faixas gravadas no StudioSHIKARI e Studio 246 KYOTO.

O quarteto – Daijiro (guitarra/refrão), Netako Nekota (vocal/teclado), sindee (baixo) e Yuuki Hayashi (flauta) – estreou um trailer do álbum (clique aqui para ouvir), produzido pelo designer gráfico e manipulador de fotos ISAMYU, que também é creditado por projetar a arte da capa do novo álbum. O SUCO teve o prazer de entrevistar o membro fundador Daijiro Nakagawa, e você confere mais abaixo!

jyocho


Este é o primeiro lançamento da JYOCHO em três anos. Como foi o processo de desenvolvimento do álbum?

Na JYOCHO, eu basicamente crio todas as partes como demos usando DTM. Depois eu compartilho essas peças com o resto da banda pra desenvolver nossas faixas. Foi muito divertido bolar várias ideias enquanto gravamos o álbum!

Segundo você (Daijiro Nakagawa), este é o trabalho mais intuitivo da banda. Como surgiu o conceito de Let’s Promise to Be Happy?

Enquanto meus trabalhos anteriores foram compostos baseados em uma perspectiva macro, este álbum foi mais direto e pessoal. Ele é centrado no interior. Além disso, a música também é mais direta em termos de som e letra.

Let’s Promise to Be Happy
Let’s Promise to Be Happy – JYOCHO / Arte de capa por ISAMYU

Para nossos leitores que estão tendo seu primeiro contato com a banda, por qual álbum você recomenda que eles comecem?

Acho que os ouvintes deveriam ter sua experiência com a JYOCHO em ordem cronológica, para acompanhar o crescimento da banda, então eu diria para começarem com o primeiro mini álbum, A Prayer in Vain. Ou, já que nosso último álbum, Let’s Promise to Be Happy, é o nosso trabalho mais confiante, eu ficaria feliz se todos ouvissem.

Houve alguma fonte de inspiração específica que contribuiu para a criação desse projeto?

Fui inspirado pela questão filosófica de cuidar de si mesmo. Imagino que o ponto de partida seja a parte microscópica da nossa própria difusão, e, a partir daí, é como nos misturamos com o mundo à nossa volta e como entendemos e fazemos as pazes conosco e com o mundo.

Como foi seu primeiro contato com a música? Ainda se lembra do seu primeiro violão? 

Meu pai e meu irmão são violonistas, e foi onde tudo começou. Meu primeiro violão foi um TAKAMINE!

Há algum artista ou obra que desempenhou um papel importante na sua influência musical? 

Minhas principais influências vieram de solos de guitarra e folk, rock progressivo, indie e emo. O artista mais influente no Japão era Tipographica. Também gosto de American Football, é claro! Acho que os solos de guitarra foram o que mais me influenciaram! Tenho grande respeito particularmente por Kotaro Oshio e Pierre Bensusan.

Fora a música, quais são suas atividades favoritas?

Gosto de beber café e observar plantas quando não estou tocando. Também gosto de ler sobre o estado da economia.

Sabemos o quanto a pandemia dificultou a interação social por conta das restrições, especialmente para artistas. Como foi o processo de adaptação a essa nova fase?

Nossos shows ao vivo foram cancelados, e muitos outros eventos foram afetados. Nosso show no exterior foi adiado. No entanto, estamos retomando nossas performances ao vivo e criando novos trabalhos sempre que possível nessa pandemia do COVID-19. Eu ficaria feliz se pudesse animar todos que estão na mesma situação. Vamos seguir com nossas atividades e não seremos derrotados!

Você já teve contato com a música brasileira? Conhece guitarristas brasileiros como Kiko Loureiro ou Mateus Asato?

Claro que conheço Kiko Loureiro e Mateus Asato! O Mateus Asato é demais, eu falei sobre ele na Guitar Magazine a um tempinho atrás!

Quais os planos pro futuro? Existe a possibilidade de mais lançamentos ou de um tour da JYOCHO?

Ainda não posso dizer, mas decidimos sobre muitas novidades!

Uma palavra para definir a JYOCHO? Que mensagem vocês querem transmitir através da música?

Acho que algo como a própria palavra japonesa jyocho, que pode significar memória, eu, viver, lei e universo. O nome da banda, JYOCHO, vem da palavra japonesa para emoção, que eu considero uma palavra envolvente e emocional. Mas palavra jyocho também tem outros significados. Como uma pessoa japonesa, eu queria expressar essa qualidade poética e o som dinâmico para as pessoas no Japão e ao redor do mundo.

Agradecemos muito pela entrevista! Por favor, mande uma mensagem ao nossos leitores e fãs brasileiros. 

Caros brasileiros: Sei que agora estão passando por um momento difícil por conta da situação do COVID-19. Estamos refletindo e vivendo nossas vidas ao máximo nesse momento delicado para que ainda possamos crescer diariamente. Esperamos rever todos vocês algum dia, e até lá, vamos cuidar da saúde uns dos outros! Todos os membros da JYOCHO estão ansiosos para encontrar todos vocês algum dia!

Jyocho
Jyocho / Foto: Shoko Ishizaki

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