Milena Moreira
    Milena Moreira
    Jornalista apaixonada pela cultura asiática e suas produções. Mesmo com um pensamento crítico sobre a indústria cultural, não consigo ficar um dia sem ouvir k-pop. Mas e daí, né? Não há mal nenhum em contradições. Afinal, sou péssima no LOL e ainda sim jogo todos os dias.E aí, topa um suco de k-pop comigo?

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    #StopAsianHate: Idols do K-Pop reagem online a onda de violência contra asiáticos nos EUA

    Os EUA, país natal de diversos idols do K-Pop de origem asiática, experimentam uma onda de ódio contra asiáticos e americanos de origem asiática desde o início da pandemia de COVID-19. Atos de violência no país se tornaram quase que rotineiros, frutos da ideia do coronavírus ser um “Vírus Chinês”.

    Amber Liu, norte-americana de origem taiwanesa, que ficou popularmente conhecida por ser rapper no girlgroup de K-Pop f(x), levantou junto a outros idols, anônimos e famosos globalmente conhecidos, a hashtag #StopAsianHate.

    Estou sem palavras e enojada com as notícias que estou lendo. Me doeu ligar para a minha mãe no exterior para dizer a ela para ter cuidado nos Estados Unidos. Acredito que juntos podemos criar positividade e acabar com o ódio.

    Mark, rapper do grupo de K-Pop GOT7, norte-americano com ascendência taiwanesa, também se pronunciou no twitter.

    A recente onda de atos de violência em direção a comunidade asiática-americana e a todas as pessoas de cor é de partir o coração assistir. Nós todos somos seres humanos que merecem viver sem medo de que a cor de nossa pele desafie nossa segurança na América. Este ódio racista e violência têm que acabar.

    No Instagram, Jackson, também do GOT7, postou uma imagem com a hashtag pedindo por mais amor. Já no Twitter foi mais breve, mas passou a mesma mensagem.

    Eu quero tirar um momento para dizer que meu coração está com a comunidade asiática. Como um asiático, o que vem acontecendo é realmente de partir o coração. Ódio e racismo de qualquer tipo não é aceitável. Como eu sempre digo, eu realmente acredito que ninguém nasce odiando. Aqueles que odeiam devem ter aprendido a odiar. E se alguém pode aprender a odiar, também pode aprender a amar. O mundo precisa de amor agora mais do que nunca. Por favor, use sua voz e eu farei meu melhor para usar a minha. Vamos nos elevar mutuamente e fazer uma mudança juntos. Ame.

    CRIMES DE ÓDIO A COMUNIDADE ASIÁTICA-AMERICANA

    Para registrar os crimes de ódio, o “Stop AAPI Hate” foi criado, e em seu relatório “STOP AAPI HATE NATIONAL REPORT“, relata que entre o mês de Março de 2020 e Fevereiro de 2021, já foram registrados 3,795 casos de crimes contra a comunidade asiática nos EUA. Os tipos de discriminação são: Assédio verbal (68,1%), ato de evitar (20,5%), agressão física (11,1%), violação dos direitos civis (8,5%) e assédio online (6,8%).

    Segundo o mesmo relatório, as mulheres relatam 2.3 vezes mais do que os homens. Jovens entre 0 a 17 anos, relatam 12,6%; Idosos (a partir dos 60 anos) relatam 6,2%. Os chineses são o maior grupo étnico a relatar os crimes de ódio, sendo 42,2% do total, seguido dos coreanos em 14,8%, vietnamitas em 8,5% e filipinos em 7,9%. Os relatórios vêm de todos os 50 Estados do país e do Distrito de Columbia. Além disso, os crimes acontecem principalmente nas empresas, representando 35,4% dos casos, seguido pelas ruas em 25,3% e parques públicos em 9,8%. Online, fica o total de 10,8%.

    Recentemente, o caso mais chocante e que trouxe a atenção aos crimes de ódios contra a comunidade, foi do atirador que matou oito pessoas de origem asiática em três SPA de massagem localizadas na Geórgia, EUA, Estado do qual, segundo o Asian American Advocacy Fund, vivem quase 500.000 pessoas de origem asiática. Das 8 vítimas mortas, 6 eram mulheres, e de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o Ministério das Relações Exteriores do país confirmou que quatro das vítimas tinham origem coreana.

    REAÇÕES FORA DA COMUNIDADE ASIÁTICA-AMERICANA

    Como divulgado no Site Complex, assim como anônimos, famosos de outras etnias também estão solidários a tudo o que está acontecendo. Depois dos ataques as casas de SPA em Geórgia, nomes como Rihanna, LeBron James e até o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, mostraram solidariedade e pediram pelo fim da violência contra os asiáticos e a comunidade asiática-americana.

    A cantora e empresária Rihanna mostrou sua indignação e pediu pelo fim do ódio.

    O que aconteceu ontem em Atlanta foi brutal, trágico e certamente não é um incidente isolado de forma alguma. O ódio a AAPI* foi perpetuado de forma desenfreada e é nojento! Estou com o coração partido pela comunidade asiática e meu coração está com os entes queridos daqueles que perdemos. O ódio deve parar.
    *Asian Americans and Pacific Islanders ‘Asiático-americanos e ilhéus do Pacífico’

    LeBron James, considerado um dos maiores jogadores de basquete da história da NBA e Seleção Americana, mostrou sua indignação e enviou condolências.

    Minhas condolências vão para as famílias de todas as vítimas e toda a comunidade asiática esta noite sobre o que aconteceu em Atlanta, no SPA de aromaterapia. Jovem covarde f***!!! Simplesmente sem sentido e trágico!

    Barack Obama fez uma sequência de três tweets no Twitter sobre o incidente.

    Mesmo enquanto lutamos contra a pandemia, continuamos a negligenciar a epidemia de violência armada de longa duração na América. Embora o motivo do atirador ainda não esteja claro, a identidade das vítimas ressalta um aumento alarmante da violência anti-asiática que deve acabar.

    Os tiroteios de ontem são outro lembrete trágico de que temos muito mais trabalho a fazer para implementar leis de segurança de armas de bom senso e erradicar os padrões generalizados de ódio e violência em nossa sociedade.

    Michelle e eu oramos pelas vítimas, suas famílias, todos que sofrem com essas mortes desnecessárias e devastadoras – e pedimos ações significativas que salvem vidas.

    Milena Moreira
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    Jornalista apaixonada pela cultura asiática e suas produções. Mesmo com um pensamento crítico sobre a indústria cultural, não consigo ficar um dia sem ouvir k-pop. Mas e daí, né? Não há mal nenhum em contradições. Afinal, sou péssima no LOL e ainda sim jogo todos os dias.E aí, topa um suco de k-pop comigo?

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