terça-feira, abril 29, 2025
VISITE NOSSA LOJA
Início Site Página 76

Sengoku Dynasty traz o Japão Feudal até você

sengoku-dynasty-traz-o-japao-feudal-ate-voce-capa
Imagem divulgação.

A desenvolvedora Superkami e a editora Toplitz Production estão com uma grande notícia! Sengoku Dynasty estará saindo do Early Acess e você a partir do dia 7 de novembro poderá explorar a simulação do Japão Feudal e provar que você conseguiria sobreviver a essa época.

O lançamento completo da versão 1.0 para PC, Sengoku Dynasty recebeu muitas atualizações para chegar ao ponto de ser lançado. Um multigênero num mundo gigantesco. Faça aquilo que tu quer fazer, porém, falaremos um pouco do novo sistema, o Sistema Daimyõ.

Conheça uma camada estratégica ao jogo, permitindo que os jogadores libertem regiões dominadas por facções hostis. Ao derrotar inimigos e restaurar a infraestrutura, os jogadores garantem acesso a recursos raros, bem como desbloqueiam tecnologias únicas, impulsionando sua dinastia.

Além disso, esse sistema oferece uma imersão mais profunda nas constantes lutas territoriais do Japão feudal, proporcionando aos jogadores controle dinâmico sobre as regiões. Enquanto combate e conquista impulsionam a progressão, os jogadores ainda têm a opção de focar apenas na construção de assentamentos e na história, garantindo que a experiência permaneça ajustada ao seu estilo de jogo preferido.

Sengoku Dynasty se orgulha de oferecer uma visão única da estrutura social, artesanato e economia do Japão, entregando uma rica mistura de sobrevivência, criação e exploração. Tudo isso é alcançável pelos jogadores sozinhos ou com até 3 companheiros no modo cooperativo do jogo. E você está preparado para essa aventura?

Confira os dubladores de Tying the Knot with an Amagami Sister

Tying the Knot with an Amagami Sister
Imagem Divulgação

Dividir o mesmo teto com belas garotas pode ser uma missão difícil! O primeiro episódio de Tying the Knot with an Amagami Sister dublado em português brasileiro já está disponível na Crunchyroll.

A dublagem foi feita pela Artworks Digital Studio e conta com a direção de Marcelo Campos. Confira a seguir o elenco de dublagem:

Tying the Knot with an Amagami Sister

Tying the Knot with an Amagami Sister
Imagem Divulgação

Uryu Kamihate é um estudante colegial tentando entrar na faculdade de medicina da Universidade de Quioto. Depois de ser criado em um orfanato, Uryu é aceito pelo sacerdote chefe do Templo Amagami, onde ele passa a viver de graça — e ele passa a viver sob o mesmo teto que Yae, Yuna e Asahi, três belas irmãs sacerdotisas! Não só isso, a condição que ele precisa cumprir para morar no templo de graça é se casar com uma delas e herdar o templo! Como Uryu superará seus encontros matrimoniais com as três irmãs e os desafios que o Templo Amagami enfrenta? Assim começa a comédia romântica milagrosa sobre viver sob o mesmo teto com três jovens sacerdotisas!

Konami anuncia Yu-Gi-Oh! Early Days Collection

konami-anuncia-yu-gi-oh-early-days-collection
Imagem divulgação.

Volte a nostalgia dos duelos de monstros de Yu-Gi-Oh! com o anúncio da Konami da coletânea Yu-Gi-Oh! Early Days Collection. A partir do dia 27 de fevereiro para Nintendo Switch e Steam, os fãs de jogos da franquia poderão ter acesso a revisitá-los.

Confira a lista de jogos revelados até o momento:

  • Yu-Gi-Oh! Duel Monsters (1998/GAME BOY)
  • Yu-Gi-Oh! Duel Monsters II: Dark Duel Stories (1999/GAME BOY, GAME BOY COLOR)
  • Yu-Gi-Oh! Dark Duel Stories (2000 no Japão 2002 nos EUA, 2003 na UE/GAME BOY COLOR)
  • Yu-Gi-Oh! Duel Monsters 4: Battle of Great Duelist (2000/GAME BOY COLOR. Inclui suporte a batalhas on-line).
  • Yu-Gi-Oh Duel Monsters 6, Expert 2 (2001/GAME BOY ADVANCE).
  • Yu-Gi-Oh! The Eternal Duelist Soul (2001 JP, 2002 US, 2003 EU/GAME BOY ADVANCE)
  • Yu-Gi-Oh! The Sacred Cards (2002 JP, 2003 US, 2004 EU/GAME BOY ADVANCE)
  • Yu-Gi-Oh! Reshef of Destruction (2003 JP, 2004 EUA e EU/GAME BOY ADVANCE)

A coleção incluirá um recurso de salvar/carregar, um recurso não disponível na época de seus lançamentos originais. Assim como haverá suporte para batalhas online em Yu-Gi-Oh! Duel Monsters 4: Battle of Great Duelist Duelista. Após o lançamento, alguns títulos serão atualizados para suportar batalhas online.

Tudo isso em comemoração aos 25 anos de Yu-Gi-Oh! Lembrando que nem todos os títulos estão aí e, além disso, a Konami também confirmou uma edição física que contará com uma das versões de Espanador de Penas de Hapias da Quarter Century. Confira as lojas especializadas para fazer sua reserva da edição física!

Incluindo melhorias e qualidades de vida para todos os jogos como personalização de botões e muito mais! Então você já tem uma data para explorar o passado do jogo de cartas de monstros que agita o coração de vários jogadores até hoje! É Hora do Duelo em Yu-Gi-Oh! Early Days Collection!

Solo Leveling -Segundo Despertar- | Filme será exibido pela Crunchyroll

Solo Leveling -Segundo Despertar-
Crédito: Solo Leveling Animation Partners

Crunchyroll anunciou que adquiriu os direitos teatrais internacionais selecionados para a exibição de Solo Leveling -Segundo Despertar-. A obra reúne uma recapitulação da primeira temporada do anime Solo Leveling, adaptação do webtoon coreano, com os primeiros dois episódios da segunda temporada.

A web novel coreana foi escrita por Chugong, que foi posteriormente adaptada para um webtoon e manhwa em 2018, com ilustrações de DUBU.

A primeira temporada de Solo Leveling estreou globalmente na Crunchyroll em 6 de janeiro de 2024. Agora, a segunda temporada está chegando em janeiro de 2025, exclusivamente na plataforma.

Solo Leveling -Segundo Despertar- apresenta um recapitulação dos melhores momentos da primeira temporada, juntamente com um sneak peek exclusivo dos primeiros dois episódios da altamente antecipada segunda temporada em uma experiência cinematográfica única para os fãs.

Sinopse: Há mais de uma década, surgiu uma misteriosa passagem chamada “portal”, que conecta este mundo a uma dimensão diferente, o que fez com que pessoas despertassem poderes únicos… e essas pessoas são chamadas de “caçadores”. Os caçadores usam seus poderes sobre-humanos para conquistar masmorras dentro dos portais e assim ganhar a vida. Sung Jinwoo, um caçador de nível baixo, é considerado o caçador mais fraco de toda a humanidade. Certo dia, ele se depara com uma “masmorra dupla”, que tem uma masmorra de nível alto escondida dentro de uma masmorra de nível baixo. Diante de um Jinwoo gravemente ferido, surge uma misteriosa missão! À beira da morte, Jinwoo decide aceitar essa missão, tornando-se assim a única pessoa capaz de subir de nível!

ASSISTA SOLO LEVELING NA CRUNCHYROLL

G-Shock traz tecnologia e ciberespaço como tema de coleções

G-Shock ciberespaço
Imagem: Modelos da coleção Hidden Glow, da G-Shock. Fonte: Divulgação G-Shock

Com a evolução das IAs e outras tantas tecnologias, os temas relacionados ao ciberespaço nunca estiveram tão em alta. Assim, o termo se popularizou com o romance Neuromancer (1984) de William Gibson, no qual ele define como uma realidade virtual globalmente conectada. Essa ideia de ciberespaço se tornou uma representação do espaço digital, antecipando a internet e as redes virtuais como as conhecemos hoje.

G-Shockmarca de relógios de resistência absoluta, recorreu aos elementos visuais do ciberespaço para o lançamento de suas linhas Hidden Glow e Multi Flurorescent Accents. Com inspiração nas luzes neon, cores fosforescentes, materiais futuristas e nas aventuras distópicas, as coleções da marca japonesa remetem a um mundo de alta tecnologia, robustez e autenticidade.

Hidden Glow

G-Shock ciberespaço
Imagem: Modelos da coleção Hidden Glow, da G-Shock. Fonte: Divulgação G-Shock

Um visual elegante em preto e branco com uma face fosforescente que brilha em verde no escuro. Numa reviravolta inovadora, cada modelo mostra o seu brilho de uma forma diferente, como se cada um revelasse a sua própria identidade secreta.

O uso da cor verde reflete a interface entre humanos e tecnologia, especialmente em representações de realidades virtuais ou de redes digitais (como no clássico Matrix). Ele evoca a ideia de códigos de computador, além da fusão entre homem e máquina, sugerindo algo artificial e futurista, destacando a diferença entre o natural e o cibernético.

Disponível nas versões DW-6900HD, GA-110HD, GA-2100HD/GA-2000HD e GA-700HD, a coleção Hidden Glow possui estrutura resistente a impactos, resistência à água até 200 metros, além de hora mundial de 48 cidades diferentes e cronômetro de 1/100 segundos. Inclusive, o modelo GA-2100HD possui aro e bracelete fabricados em resina biológica, pensando na redução do impacto ambiental.

G-Shock ciberespaço
Imagem: (Da esquerda para direita) versões DW-6900HD, GA-110HD, GA-2100HD/GA-2000HD e GA-700HD. Fonte: Divulgação G-Shock

Multi fluorescent Accents

G-Shock ciberespaço
Imagem: Coleção Multi fluorescent Accents, da G-Shock. Fonte: Divulgação G-Shock

Influenciado pelas ruas escuras da cidade ou aventuras noturnas, essa coleção da G-Shock possui acabamento em preto fosco e detalhes neon multifluorescente. Disponível nos modelos GA-B2100MF-1A, GA-700MF-1A, GA-100MF-1A e GX-56MF-1, a Multi Fluorescent Accent oferece um relógio para cada objetivo: caminhadas ao ar livre, treinamento físico de alto impacto e os trajetos por uma vida urbana vibrante.

Escolha entre o GA-100 com resistência magnética ou o robusto GA-700 com caixa grande e design de botão frontal. O icônico GA-2100 traz sua moldura octogonal, além de Bluetooth e carregamento solar. Já o GX-56 tem estilo digital e é resistente à lama, também com carregamento solar.

G-Shock ciberespaço
Imagem: G-Shock GX-56MF-1. Fonte: Divulgação G-Shock

Fatal Fury: City of the Wolves | Primeiro Gole

Fatal Fury City of the Wolves
Imagem Divulgação

É seguro dizer que estamos vivendo uma era de ouro dos jogos de luta novamente. Quem viveu toda a história do gênero desde a era de Street Fighter II, como eu, sabe que os jogos de luta nem sempre foram tão populares quanto agora. Street Fighter 6 está aí quebrando recordes e botando milhões em sua turnê competitiva, Mortal Kombat 1 ainda está por aí (com uma recepção menos calorosa, mas ainda vivo), os anime fighters estão representados pelo Guilty Gear Strive e pelo Granblue Fantasy Versus Rising, e até mesmo os tag fighters estão vindo fortes com o iminente lançamento do jogo de luta da Riot, 2XKO.

No entanto, uma empresa que não vinha representando seu estilo com tanta frequência quanto gostaríamos é a SNK, que já foi líder nessa área na década de 90. De fato, o primeiro jogo de luta que joguei na vida foi um jogo chamado Art of Fighting, que veio com o meu SNES lá em 1994. Até o final dos anos 90, as séries Fatal Fury e King of Fighters fizeram a cabeça de todo mundo que frequentou algum bar com um fliperama no interior paulista. 

Imagine minha surpresa, então, quando anunciaram no início deste ano que seria lançado um novo Fatal Fury! O último jogo da série foi o Garou: Mark of the Wolves, que saiu lá no longínquo ano de 1999! Ao saber que haveria um estande da SNK na Brasil Game Show, jogar o novo Fatal Fury: City of the Wolves se tornou a minha principal prioridade, e tive a oportunidade até de encher o saco de um dos expositores da SNK (valeu, Raphael!) para me ensinar algumas coisas de como funcionam as mecânicas do jogo.

Fatal Fury City of the Wolves
Imagem Divulgação

Impressão Inicial

Primeiramente, vamos falar da impressão inicial. A SNK vinha sofrendo muitas críticas no que diz respeito aos gráficos de seus jogos, desde que decidiram abandonar o estilo 2D desenhado a mão. O último jogo nesse estilo foi o King of Fighters XIII, e depois disso, todos os jogos foram feitos com estilo 2.5D pioneirizado por Street Fighter IV, mas como a SNK não dispõe dos recursos que uma Capcom ou uma Netherrealm têm, as animações foram criticadas pela menor fluidez que as rivais.

No entanto, é evidente que muito cuidado foi tomado pela SNK ao construir esse novo Fatal Fury, que mesmo com o menor orçamento, aposta agora numa renderização 2.5D mais estilizada e parecida com o visual antigo dos King of Fighters dos anos 90. Esse cuidado com as animações é óbvio ao selecionar Rock Howard e notar que cada um de seus movimentos especiais lança ao ar asas de fumaça muito parecidas com as do Garou original, por exemplo.

Ao selecionar um dos personagens disponíveis na demo (Mai Shiranui, Rock Howard, Terry Bogard, e os novatos Preecha e Vox Reaper), temos a opção de escolher entre o “Smart Style”, que basicamente são os controles modernos de Street Fighter 6, e o “Arcade Style”, que são os controles clássicos. Na sequência, temos o retorno de uma mecânica do Garou, o T.O.P. (Tactical Offense Position), agora chamado de S.P.G. (Selective Potential Gear). Esta funciona da seguinte forma: você pode colocar a barra de S.P.G. no início, meio, ou final da sua barra de vida. Quando sua vida está dentro do S.P.G., você ganha recuperação de vida por tempo, acesso a novos ataques chamados de “Rev Blow”, e um especial único gastando as duas barras. Sendo assim, seu personagem está no seu nível mais alto quando dentro do S.P.G.

Fatal Fury City of the Wolves
Imagem Divulgação

Influências em Fatal Fury City of the Wolves

Dentro da luta, podemos ver no canto inferior da tela a barra de “Rev”, que é a mecânica central do jogo. Podemos ver aqui o quanto Street Fighter 6 é uma influência para a SNK. A barra de Rev começa no zero, e conforme você vai utilizando seus ataques EX ou bloqueando ataques, a barra vai se enchendo. Se ela chegar no 100%, você entra em “Overheat”, que é basicamente a versão do Fatal Fury do burnout, impedindo a utilização de movimentos EX, Rev Blows e cancelamentos.

O Rev Blow é, até onde consegui identificar, uma espécie de Drive Impact. É um movimento especial feito com os dois ataques fortes ao mesmo tempo, que tem dois hits de armadura e absorve outros ataques. Além disso, acertar ataques em counter-hit ou como punição provoca efeitos diferentes, permitindo maiores combos, assim como os Punish Counters do Street Fighter 6. 

Mas falando em cancelamentos, como conseguimos fazer longos combos em Fatal Fury? Bem, nós temos acesso aos clássicos botões cancelados em especiais, mas se você cancelar seus botões em ataques EX, você pode cancelar um ataque EX em outro ataque EX até quando você tiver barra de Rev. Segurando o botão R1, você também pode gastar sua barra de Rev para bloquear (Rev Guard), e esse bloqueio joga o oponente para mais longe. Mas, utilizando o Rev Guard, os personagens podem usar um ataque, cancelar sua animação com Rev Guard, e continuar o combo com outros ataques, abrindo infinitas possibilidades de combo.

Fatal Fury City of the Wolves
Imagem Divulgação

Concluindo

Com os poucos 20 minutos de jogabilidade por dia que tive, pude aprender um combo básico. Iniciando com o chute fraco agachado, podemos linkar uma sequência de socos leves cancelados em EX Ryuuenbu, que cancela em EX Chidori, lançando o oponente pro ar. Dali, um dash pra frente coloca Mai em alcance perfeito para usar o seu anti-air dragon punch. No entanto, com mais cancelamentos avançados, você pode fazer Dragon Punch forte, cancelar com Rev Guard em Dragon Punch EX, Rev Guard de novo em seu Hidden Gear Super, causando próximo de 70% de dano. Todas essas possibilidades de cancelamento e de controle de barra são um prato cheio para que jogadores avançados criem seus combos otimizados e estratégias com maestria.

Com essa experiência, posso dizer que, pra mim, Fatal Fury: City of the Wolves é o maior vencedor dessa Brasil Game Show, mostrando uma demo muito bem feita, com gráficos excelentes e mecânicas avançadas que só me deixaram com muita vontade de jogar!

COMPRE AGORA NA STEAM

Spice and Wolf (2024) | Review

spice and wolf
Imagem Divulgação

Dezesseis anos depois de sua primeira estreia em 2008, Spice and Wolf voltou para um remake digno da altura de seu material original. A light novel de Isuna Hasekura, que estreou em 2005, lançou seu 24º e último volume em janeiro de 2023.

Com uma história que, mesmo incompleta, nos deu um anime inesquecível em 2008, a mesma equipe de produção e os mesmos dubladores de dezesseis anos atrás voltaram para um novo e revigorado Spice and Wolf.

De cara nova

Praticamente não se viu burburinhos sobre os novos visuais do novo Spice and Wolf. O estilo dos anos 2000, agora nostálgico, jamais passou por menosprezos. Ainda mais se tratando de Holo, uma das protagonistas mais carismáticas possíveis.

Do modesto estilo imagine, o remake passou para as mãos do estúdio Passione, responsável por bons animes como Mieruko-chan, Ishuzoku Reviews, Hinako Note e Citrus. Além disso, a direção permaneceu nas mãos de Takeo Takahashi, que também trabalhou no primeiro anime de 2008.

Enquanto a cara do anime é nova, sua história segue não só idêntica, como ainda mais fiel ao original. Assim, esta versão é mais longa, com 25 episódios, enquanto a primeira versão se ateve a 13 episódios.

Com aproximadamente quatro arcos, a recomendação aqui é que a melhor hora para assistir Spice and Wolf é agora que acabou. Afinal, os cliffhangers constantes a cada episódio deixaram o anime um tanto difícil de assistir semanalmente. Na hora que o episódio engata, acaba. Resumindo, é ótimo para maratonar.

Mercadores, banqueiros e raposas da Idade Média

Spice and Wolf conta a história de Lawrence e sua companheira de viagem, Holo, a Loba Sábia. O cenário do anime está aparentemente saturado pelo tanto de animes, mangás e light novels, sejam isekai ou fantasias, que se passam em vilarejos medievais. Porém, ao invés do grupo de heróis, o rei demônio e a guilda de aventureiros, temos as carroças, os mercados e os dinheiros.

Lawrence é um vendedor itinerante. Indo de lá para cá, comprando e vendendo itens de acordo com a tendência da vez e a demanda de cada lugar, na mesma lógica do “comprar barato para vender caro”.

Numa visita à cidade de Pasloe, Lawrence e sua carroça cheia de peles conhecem a lenda do festival das colheitas de trigo, onde uma loba prometeu boas safras a um morador local. Uma lenda que no começou rendendo venerações à loba Holo, mas que com o passar dos tempos caiu ao relento, rebaixada a um mero festival anual, até eventualmente uma crendice.

Saindo de Pasloe, Lawrence é surpreendido pela visão de uma garota nua dormindo entre as peles; uma garota com rabo e orelhas de lobo. Ali Lawrence e Holo se conhecem. Um homem de negócios, mundano e uma loba sobrenatural, mas de uma astúcia lupina tipicamente humana, que casa bem com o cinismo típico de um homem de negócios.

Desse encontro inusitado nasce uma química bastante envolvente. Que agrada não só aos fãs compulsórios de casais, mas também àqueles poucos que se sentem bem em ver um laço humano se firmando de pouquinho em pouquinho.

As minúcias históricas

O subtítulo anterior foi uma menção ao livro do historiador francês Jacques Le Goff, “Mercaodores e Banqueiros da Idade Média”. O assunto foi uma paixão deste redator durante a faculdade e o escopo de Spice and Wolf cai como uma luva no escopo do livro do historiador.

Este não é um anime histórico. Antes, a obra escolhe algo ainda mais fascinante: usa a ficção como palco de práticas comerciais e crenças perfeitamente plausíveis nas cidades medievais.

Numa época em que as nações ainda não existiam e o mundo era dividido em vários reinados, o dinheiro era algo bem mais vasto e desordenado do que nos dias de hoje, quando as moedas são bem delineadas entre casas de câmbio espalhadas mundo afora.

Isso não quer dizer que as pessoas não usavam dinheiro. Apenas que o escambo, ou a troca de produtos por outros produtos, fosse algo mais comum do que hoje em dia. Essa é uma das realidades do dia a dia de Lawrence, que conta seu patrimônio não só pelo dinheiro que tem, mas pelo dinheiro que pode fazer com o que já tem.

Esse parágrafo pareceu chato? Pois o assunto é. E espanta como Spice and Wolf consegue fazer tanto sucesso com uma trama tão desinteressante: economia. A economia não é emocionante, não tira o ar dos pulmões, não te deixa em extase como quando um shipp está prestes a beijar.

Porém, talvez seja justamente o entrosamento tão único entre Holo e Lawrence e uma escolha de ritmo inteligente entre os momentos mercantis e o desenvolvimento da relação dos dois que faz com que Spice and Wolf tire leite de pedra.

Teoria dos Quatro Humores

Se é nos detalhes onde Spice and Wolf brilha como um anime histórico, esse fato fica ainda mais pujante num momento bastante banal e que passa facilmente desapercebido. Quando Holo pega uma gripe e Lawrence corre para os livros a fim de descobrir o melhor jeito de tratá-la.

Ali, o anime nos apresenta a sua versão da Teoria dos Quatro Humores, lindamente explicada por Erwin Panofsky em seu “Significado nas Artes Visuais”. Teoria essa que começa nos gregos e vira a principal noção dos medievais sobre psicologia e saúde humana.

Entre sanguíneos, melancólicos, fleumáticos e coléricos, os medievais acreditavam que as doenças vinham do desequilíbrios destes humores que habitam cada um de nós. Por isso Lawrence é tão meticuloso em escolher os ingredientes certos e a comida certa para alimenter o corpo quente de febre da Holo.

Conclusão

Claro, os detalhes históricos e seu interesse são bem nichados. Pouco importa como funciona o crédito no que parece ser um simulacro dos tempos provincianos da Itália Renascentista. Em Spice and Wolf, Holo é life. O charme, seus maneirismos, sua fala e seu comportamento imprevisível seguram os olhos de quem quer que assista. Assim era verdade em 2008, assim é verdade em 2024 e assim será verdade na segunda temporada, que já está confirmada!

Assim termino este review, com nota máxima. Porque seja na interpretação, seja nos visuais, seja nas músicas de gigantes como ClariS e Aimer, Spice and Wolf é um anime obrigatório na lista de quem quiser ver os melhores lançamentos de 2024!

ASSISTA AGORA NA CRUNCHYROLL

EVERGLOW agita São Paulo com show eletrizante na turnê Pulse & Heart

everglow sao paulo
Foto: @sucodm

O ano está acabando, mas os shows de k-pop no Brasil não, e para começar outubro da melhor forma possível, nós tivemos a apresentação do Girl Group sul-coreano Everglow no último domingo, dia 13 de outubro, parte da turnê dos Estados Unidos e América Latina.

Quem é Everglow?

Everglow é um Girl Group que debutou em 2019 pela Yuehua Entertainment, e formado por seis membros: E:U, Sihyeon, Mia, Onda, Aisha e Yiren. O grupo se utiliza do estilo “girl crush” que é um conceito baseado em uma estética que transmite mulheres confiantes e carismáticas, muito influenciado pelo movimento girl power ocidental.

O grupo chamou atenção pela qualidade das músicas logo que começaram a carreira, e ganharam o apelido de “monster rookies” (novatas monstruosas, em tradução livre), sendo nomeadas para diversas premiações e ganhando algumas como Best Music Video Award pela Asia Artist Awards com “First” em 2021, e Post-Generation Award pela Hanteo Music Awards em 2023.

2024 EVERGLOW US&LATAM TOUR <PULSE & HEART>

No dia 25 de julho o grupo anunciou sua turnê internacional Pulse & Heart que passaria por cidades dos Estados Unidos e América Latina, começando por Santiago em 12 de setembro, e terminando em São Paulo no dia 13 de outubro.

O show no Brasil foi organizado em conjunto com a Highway Star e ocorreu na casa de Shows Terra SP, na noite de domingo, encerrando um dos fins de semana mais caóticos que a cidade enfrentou depois de muito tempo.

Após uma tempestade que atingiu a capital do estado na sexta-feira, muitos locais ficaram sem luz, e a casa de shows foi um dos locais afetados com alguns problemas técnicos, entretanto, os geradores do local conseguiram dar conta, e depois de poucos minutos de atraso o tão esperado show começou.

Com a casa lotada, o público recebeu o grupo que estava com um desfalque, já que a membro Aisha teve que se ausentar por motivos de saúde. Entretanto, o grupo – mesmo com um integrante a menos – não deixou que isso os abalasse, e entregou uma das mais poderosas performances ao vivo que eu já presenciei, principalmente quando falamos de movimentos de dança.

Apresentação e presença de palco

O grupo iniciou com três músicas, uma seguida da outra, sendo elas DUN DUN, LA DI DA, e Pirate. Eu suspeito que elas tiveram que misturar a música ao vivo com o playback devido as coreografias intensas, mas isso não é uma crítica negativa de maneira nenhuma, como alguém que conhecia pouco do grupo, eu fiquei MUITO impressionada com a qualidade da apresentação, e não demorou para que eu mesma fizesse parte do coro que gritava.

O grupo então parou um momento para se apresentar para plateia, e os fãs estavam tão empolgados que elas tiveram que pedir para que houvesse um momento de silencio, se não seria impossível que nós conseguíssemos ouvir a tradução.

Todas elas tiveram a delicadeza de tentarem se comunicar em português, o que é sempre algo muito especial, tendo em vista que nossas línguas são tão diferentes (e muito difíceis quando a outra pessoa não tem conhecimento), e isso fez com que a plateia ficasse descrente e fosse a loucura. Dava para ver que elas estavam bastante dedicadas a entrarem em contato com os fãs brasileiros.

Para não passar em branco a presença do membro Aisha, as meninas trouxeram um recorte de papelão com a aparência da mesma, o que gerou mais um grande número de gritos por parte dos fãs. Aliás, falando de relação com fãs, elas citaram como ficaram emocionadas que, ao chegarem num país, elas viram uma fã chorando muito, e o quanto isso mexeu com elas.

O que esperar do Brasil

O Brasil sempre é citado como um país que os grupos querem visitar pelos grupos sul-coreanos, devido a nossa energia e força em todas as apresentações. Depois de mais duas músicas, ZOMBIE e Colourz, o grupo comentou sobre suas expectativas e sobre como elas estavam felizes de finalmente estarem aqui.

O Everglow falou mais sobre a sensação de visitar um país do outro lado do mundo, e como os fãs brasileiros cantavam juntos mesmo sendo em um idioma tão diferente. Elas também destacaram o que cada uma queria mostrar para os fãs durante a apresentação, e que estavam ansiosas para provar o famoso churrasco brasileiro.

Após isso as meninas apresentaram as músicas Oh Ma Ma God e Nighty Night, começando logo em seguida com o cover de Born This Way, da Lady Gaga.

Eu tenho notado que muitos shows no Brasil os grupos fazem questão de reforçar o apoio as comunidades LGBTQI+, não sei se o mesmo se aplica em outros países, mas aqui eles sempre abraçam as bandeiras que são jogadas e é ótimo ver que não há o medo de apoiar um grupo que ama e idolatra os Boys Groups e Girls Groups. Born This Way sendo uma música tão poderosa e representativa para esses mesmos grupos foi uma escolha certeira, que balançou a casa de show.

Covers, jogos e músicas de debut

A partir desse momento houve uma pequena pausa com conversa para a preparação da próxima apresentação, que foi realizada pelos membros Onda e Yiren, onde ambas dançaram a música viral Nasty da Tinashe. Em seguida houve um cover de Stronger (What Doesn’t Kill You) da Kelly Clarkson pelos membros Mia, E:U e Sihyeon.

O grupo voltou a interagir com a plateia, dessa vez com o jogo de adivinhar a música, onde elas reproduziram um segundo de uma música e tentavam adivinhar com a ajuda da plateia, o que foi uma loucura total, e demorou um tempão até finalmente acertar (risos).

Para relembrar os tempos de debut o grupo apresentou as músicas Bon Bon Chocolat, ambas da época que elas debutaram, em 2019, e que são muito populares. Após isso, as meninas comentaram como era uma época diferente, e como o conceito delas amadureceu desde então.

A partir desse momento houve uma mistura de músicas próprias com covers, começando com NO GOOD REASON, passando pelo cover de Klaxon do grupo (G)I-DLE, mais um cover de Supernova do grupo Aespa, e então a apresentação da música First.

Despedida e Comentários Finais

Preparando para encerrar o show, as meninas apresentaram as músicas SLAY e Adios, antes de se retirarem para a troca de figurino. Quando voltaram, todas com as camisetas da turnê, houve a apresentação de BACK 2 LUV, que foi o momento de os fãs erguerem seus cartazes e as bexigas verde e rosa que tinham preparado para a surpresa do grupo.

Por fim, por sugestão da plateia, a última música do show foi UNTOUCHABLE que encerrou a apresentação com chave de ouro.

Como uma pessoa que conhecia muito pouco de Everglow, e não é fã de muitos Girl Groups, eu fiquei com uma impressão incrível do grupo e achei todo o show sensacional. Todas as meninas são muito carismáticas, e dava para ver que elas deram 100% em todas as apresentações, entregando um resultado incrível. A vontade de interação com a plateia, mesmo com a barreira da linguagem, deixou meu coração quentinho, e eu fiquei muito feliz de ter tido a oportunidade de vê-las aqui no Brasil.

O que eu espero para o futuro é que elas voltem, mas que as organizações optem por casas de show maiores, eu realmente acredito que os grupos conseguem lotar esses locais, e apesar do Terra SP ter uma boa estrutura, eu sinto que poderia ter sido um show mais confortável e proveitoso em um local com mais espaço (e sem pilares no meio da plateia).