Folclore, mitologia e “causos” são comuns em muitos países. No Brasil, nós temos uma forte cultura folclórica baseada em mitos indígenas, africanos e europeus. A Mitologia greco-romana é conhecida no mundo todo, a nórdica foi difundida por séries como Vikings e Histórias em Quadrinhos como Thor.

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O Japão, um país cheio de mistérios, rico em contos orais (passadas de pai pra filho) e famoso por causa de suas criaturas mágicas, monstros e assombrações. Nessa matéria nós vamos contar sobre a história de um dos itens assombrados mais famosos do Japão: A boneca Okiku.

Muitos conhecem a história da boneca assombrada Anabelle, que já rendeu dois longas de terror, mas poucos sabem que existe uma versão oriental para a boneca: Okiku. Localizada no templo de Mannenji, na cidade de Iwamizawa, Hokkaido, Japão está uma caixa de madeira com uma boneca de cerca de 40cm, em trajes tradicionais japoneses e longos cabelos escuros. A lenda conta que, todos os anos, os responsáveis pelo templo têm que cortar os cabelos do brinquedo que continuam crescendo por mais de 75 anos!

A lenda fala que a boneca é assombrada pela sua antiga dona, Okiku, uma criança de três anos de idade que faleceu devido a uma febre alta em 1919. O brinquedo teria sido presente do seu irmão mais velho, Ekichi Suzuki, que havia comprado a boneca em Sapporo apenas um ano antes da fatalidade.

Durante o funeral japonês, é comum que os corpos sejam queimados junto a seus pertences – porém – a boneca acabou não sendo queimada junto a dona, os familiares ao descobrirem resolveram coloca-la junto ao altar da família para sempre se lembrarem de Okiku quando fossem rezar.

Originalmente diz-se que a boneca tinha cabelos curtos, logo abaixo da orelha, e com o passar do tempo os parentes perceberam que o cabelo da boneca estava crescendo, será que a menina morta havia possuído o antigo brinquedo?

Em 1938 a família de Okiku resolveu se mudar, e com medo de uma maldição, doaram a boneca para um templo, e desde então ela está exposta para que todos possam visita-la.

Verdade ou mentira? Buscando na Internet por mais informações sobre o caso, percebe-se que a mesma história foi contada várias e várias vezes com dados diferentes. Muitas vezes a menina se chamava Kikuko, e não Okiku, e por outras vezes as datas divergiam entre os anos de 1932 e 1933. Porém, pesquisadores japoneses já foram atrás de respostas, e o que foi revelado é que tudo não passa de uma lenda criada a partir de artigos do jornalista Yutaka Mabuchi, publicados no ano de 1962.

Apesar da explicação, ninguém sabe dizer porque o templo mantém a tal boneca (que é real), será que pode haver algo de verdadeiro nesse conto assombrado?