Luiza Vieira
    Luiza Vieira
    Escorpiana, uma mistura de naftalina, Jrock, Post Punk e anime velho.

    EXPERIMENTE TAMBÉM

    Detroit Metal City | Vintage Et Underrated

    Bem-vindos ao Vintage et Underrated, a coluna que une o antigo que não sai de moda e o underground que todo mundo adora, ou deveria. Pra hoje, vamos com um mangá adolescente que completa 19 aninhos esse ano e provavelmente é o REI DO CANCELAMENTO dos mangás: Detroit Metal City.

    Sobre Detroit Metal City

    A obra mais famosas de Kiminori Wakasugi (Everyone is Psychic, Kappei) chegou em 2005 pela editora Hakusensha. Além disso, quem publicou a obra foi a popular revista Young Animal. Já em 2008 ganhou anime pelo Estúdio 4Cº e um live action PERFEITO por Genki Kawamura. Este é o mesmo produtor do filme do Doraemon de 2018 com Kenichi Matsuyama (o Shin do filme de Nana) num papel principal MUITO bom.

    Assim, entre o mangá e o anime as principais diferenças são algumas coisas que ficam mais pesadas em um e mais leves no outro. Porém, dependendo do ponto de vista, isso é relativo. Detroit Metal City ainda conta com uma trilha sonora musicalmente muito boa e com letras que parodiam de certa forma alguns hinos do Death Metal.

    A história per se é uma enorme paródia do universo do Death Metal, ainda que muita gente não tenha entendido muito bem isso. Portanto, esse fato se reflete de forma engraçada não só entre os integrantes da banda (alguns deles BEEEM complicados), mas também com outros roqueiros que aparecem vez ou outra.

    Pop, Metal e Dupla Personalidade

    O enredo de forma geral conta só o dia a dia de um garoto normal que saiu do interior do Japão para cursar música em Tóquio e eventualmente se tornar um ídolo pop. Onde ele se perdeu nesse meio de caminho, o mangá conta melhor.

    Porém, o que importa é o garoto tímido e cheio e tabus que acaba sendo transformado no “demônio” Johannes Krauzer II (se isso não teve inspiração no Demon Kakka do Seikima II eu mudo meu nome) frontman da infame banda de Visual Death Metal Detroit Metal City.

    Qual é a graça? Além do Krauzer ser completamente maluco e se perder no personagem, ele começa a se tornar uma segunda personalidade de Negishi (o garoto por trás da roupa e da guitarra) que faz questão de esconder de todos o seu trabalho e alter ego por morrer de vergonha daquela vida, ainda que as vezes ele deixe o demônio assumir quando está com problemas ou com muito ódio.

    Personagens

    Uma coisa que não deixa muito claro na história é sobre a habilidade na guitarra do jovem. Sabe-se que ele toca, mas não fica claro que se ele se torna um ás da guitarra só quando tá virado no Krauzer ou se a habilidade é dele mesmo e ele só não usa pois não é o tipo de música que ele gosta.

    Além disso, Negishi ainda possui amigos e conhecidos amáveis e gentis de fora. Às vezes eles são afetados não só pela dupla personalidade, mas também pela empresária maluca da banda que inventa de aparecer querendo se meter na vida pessoal do garoto.

    Os outros dois integrantes da banda são Camus, o baterista otaku viciado em hentai. Ele não para de tocar por ABSOLUTAMENTE NADA (tem hora que ele toca pegando fogo, trocando baqueta por cobra venenosa… Negócios de doido). E Jagi que tá mais pra hardrocker farofinha (uma mistura ali de Kiss com Skid Row, mas muito gente boa) que podiam ser melhor explorados.

    E falando de melhor explorado, temos ainda a agente ninfomaníaca e junkie, chamada apenas de “A Presidente”. Por sua vez, ela faz questão absoluta de tornar a vida do protagonista um verdadeiro INFERNO (ela é quase a Rê Bordosa do Angeli só que sem depressão e aparentemente com grana).

    A parte mais engraçada nem é tanto a transição ou as maluquices do Krauzer, mas sim como o personagem principal lida com as questões do dia a dia (como a moça que ele gosta, ou quando ele precisa lidar com o irmão mais novo dele que virou fã da banda) e até mesmo com os fãs as vezes.

    Ponto fofo: no anime, tem um determinado episódio que na fila de um show aparece uma menininha cantando pintadinha de Krauzer. MUITO FOFO.

    Polêmicas cancelativas

    Pois bem, Detroit Metal City abusa MUITO das piadas com est***pro. O assunto é tratado na obra meio que como um ato hediondo digno de um demônio, porém… os fãs não parecem achar muito ruim, pelo contrário.

    Claro que muitas vezes não há nada acontecendo, é mais a cabeça dos fãs que criam situações com acidentes (tipo quando ele cai em cima de alguém e fica preso para sair de cima). Em outros, o próprio Krauzer faz coisas meio malucas (tipo simular fazer sexo com… a Torre de Tóquio).

    Há coisas complicadas também, principalmente quando o protagonista se perde no personagem e acaba até fazendo bullying com amigos que ele gosta muito ou sendo agressivo com os outros. Faz parte do transtorno que o anime mostra que ele desenvolve, mas não deixa de ser um pouco complexo.

    Ou seja, definitivamente não se trata de um anime para crianças.

    Pontos Positivos

    • As músicas são realmente bem legais;
    • A história te mata de rir;
    • O filme é LIN-DO, impossível não se apaixonar pelo Krauzer.

    Pontos Negativos

    • Humor ácido meio exagerado;
    • Alguns personagens são meio subaproveitados;
    • Podia ter continuação, o final dá brecha pra isso.
    Detroit Metal City
    Imagem Divulgação

    Sinopse: Após deixar sua cidade natal para viver o sonho de se tornar uma estrela pop na capital, o guitarrista Soichi Negishi  acaba se vendo envolvido no mundo underground do Death Metal, onde ele cria um poderoso alter ego que faz mais sucesso do que ele gostaria.

    Luiza Vieira
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    Escorpiana, uma mistura de naftalina, Jrock, Post Punk e anime velho.

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