Como é gostoso de ver um filme stop motion em plena era pós moderna! Todos que conhecem as produções cinematográficas de um filme desse, sabe muito bem o trabalho que é feito neles, uma balança entre perfeccionismo e paciência.

Ilha dos Cachorros traz para as telas de cinema um filme stop motion no padrão teatral asiático e até uma certa reflexão sobre a ideologia presente dentro do filme, mas tudo isso acabou sendo um tiro pela culatra.

Ilha dos Cachorros
Ilha dos Cachorros (Pôster Divulgação)

Destaque ao elenco de vozes!

O filme já ganha um destaque imenso em seu elenco de vozes, mais uma vez um talento atrás do outro, de Scarlett Johansson e Bill Murray a Edward Norton e Bryan Cranston, além da participação de Yoko Ono.

Não sei como será dublado para o português, mas o áudio original salva bastante o filme, ainda mais com alívios cômicos cirúrgicos que manteve a atenção para a trama, porque a ideia de colocar em formato teatro japonês foi interessante mas desgastante, em muitas cenas bateu sonolência e fez com que o filme ficasse dando voltas na própria construção da trama, transformando boas cenas em barrigas desnecessários.

O stop motion é o tipo do trabalho que te traz satisfação quando terminado, muitos making of de filmes como Fuga das Galinhas e Coraline já estão na internet para as pessoas terem o conhecimento do quão difícil e trabalhoso é esse tipo de filme, e o resultado continua impressionando igual, colocado no gênero de animação, esse tipo filme pode ainda atrair público e, quem sabe, fazer outros estúdios apostarem mais nesse gênero.

Ilha dos Cachorros
Ilha dos Cachorros (Imagem Divulgação)

Roteiro Simples

O roteiro é bem raso e de certa forma bem desinteressante, contudo está na mão de Wes Anderson que dispensa apresentações, sua filmografia prova de seu talento e genialidade, mesmo sendo um filme bem mediano, o diretor conseguiu muito bem trabalhar os elementos de humor e tensão, além de uns plots no meio da trama que te deixa apegado ao filme do início ao fim, tendo uma experiência excelente ao assisti-lo, mas que nada impressiona, apenas diverte, e talvez isso seja o mais importante.

O desenrolar da história é muito bem amarrada com muitos flashbacks, o medo de parecer redundante e chato acabou sendo o ponto mais forte, pelo fato do padrão teatro japonês, só faltou o fechar das cortinas e os atores agradecerem no final.

Ilha dos Cachorros
Ilha dos Cachorros (Imagem Divulgação)

Ilha dos Cachorros é divertido!

Ilha dos Cachorros além de divertido, impressiona pelo stop motion, coisa que é muito rara em tempos atuais, com certeza Wes Anderson acerta em mais um filme desse gênero e provavelmente conseguirá um bom público.

É o tipo do filme que é direcionado para todas as idades, como dito antes, que isso traga mais filmes stop motion para a nova geração, mesmo com o trabalho árduo que é feito, é um gênero que agrada a muitos.

REVIEW
Ilha dos Cachorros
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
ilha-dos-cachorros-reviewAtari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade. Ele mora na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Mas o pequeno Atari não aceita se separar do cachorro Spots. Ele convoca os amigos, rouba um jato em miniatura em parte em busca de seu fiel amigo. A aventura épica vai transformar completamente a vida da cidade.