Algumas semanas atrás testei o jogo The Library of Babel e fiquei encantado com a estética apresentada e o elemento explorativo. Agora, tendo jogado a versão completa uma ecoa na minha cabeça: ainda estou encantado?

A resposta honesta é sim e não — confira a review completa do Suco de Mangá sobre The Library of Babel, jogo da Tanuki Game Studio, agora.

Enredo

Em um futuro sombrio e distante você, enquanto Ludovik, viaja até a Mesopotâmia para investigar uma série de assassinatos. Entretanto, um atentado interrompe sua reunião com a Matriarca, um ser que controla o local, e o que era um caso de investigação se torna um misterioso thriller.

the library of babel
Imagem Divulgação

Você e Lei, responsável pela segurança local, partem em busca dos motivos do atentado e o universo do jogo se espande. Ao conversar com os NPCs (non-playable characters) é possível aprender sobre a vida no local.

Conhecer os habitantes locais, e a cidade, são formas simples e eficazes de te inserir no contexto do jogo, desbloquear missões secundárias e absorver o enredo de forma orgânica.

Estética é destaque em The Library of Babel

Enquanto passeia pelas ruas e tenta avançar no jogo, uma coisa chama a atenção: a estética. Os desenvolvedores de The Library of Babel mesclam a arte mesopotâmica com elementos futuristas, com um quê de cyberpunk pelos neons e fumaça.

the library of babel
Imagem Divulgação

Durante as cutscenes é notável a influência dos quadrinhos na estética e animações simples, mas igualmente eficazes em encantar. É notável o carinho derramado no visual do jogo e é possível passar alguns segundos admirando a Lua, a cidade ou a mata da região.

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Jogabilidade

Se o visual do jogo se destaca, não é possível dizer o mesmo da jogabilidade. O aspecto de plataforma é punitivo ao ponto de ter um troféu chamado “I reassemble, ergo sum”, coletado ao morrer 25 vezes.

Além disso, os checkpoints se tornam um incômodo. O mapa indica quantos existem por cada nível, permitindo calcular o tamanho da fase, mas alguns exigem que você jogue longos trechos e pode incomodar.

Outro elemento importante para a trama e jogabilidade é o stealth, exigindo cautela e paciência do jogador para se esconder dos guardas ou evitar atrair atenções indesejadas. É é um ponto positivo da jogabilidade e fica gradativamente mais difícil ao avançar na história.

Som

Assim como a estética chama a atenção, a trilha sonora e sons de ambiente te transportam à Mesopotâmia e a imersão é forte. As músicas que compõe o jogo podem ser escutadas no site oficial e recomendo fortemente.

O visual e sonorização do jogo são os pontos altos da experiência e estão intimamente conectados com a narrativa. Entretanto, o jogo é curto, o que impede o aprofundamento dos personagens e temas da história.

Veredito sobre The Library of Babel

Portanto, se você busca um jogo de plataforma desafiador ou divertido, este game não é para você: The Library of Babel faz um arroz com feijão na jogabilidade e não possui uma narrativa memóravel. Entretanto, o visual encanta e apresenta um estilo de arte que não é muito representado atualmente.