domingo, agosto 3, 2025
VISITE NOSSA LOJA
Início Site Página 39

Yakuza 0: Director’s Cut tem elenco de dubladores em inglês revelado

yakuza-0-directors-cut-dubladores-ingles-revelado-capa
Imagem divulgação.

A SEGA e a RYU Ga Gotoku Studios anunciaram o elenco de dubladores em inglês para o aguardado Yakuza 0: Director’s Cut, que chega no dia 5 de junho para a Nintendo Switch 2: dessa forma, pela primeira vez a dublagem em inglês chega para essa história de origem. Confira lista depois do clássico tema:

  • Kazuma Kiryu: Yong Yea / Topher Ngo (Cantando)
  • Goro Majima: Matt Mercer 
  • Akira Nishikiyama: Kaiji Tang / Greg Chun (Cantando)
  • Makoto Makimura: Risa Mei
  • Osamu Kashiwagi: David Hayter
  • Jun Oda: Alejandro Saab
  • Makoto Makimura: Risa Mei
  • Tsukasa Sagawa: Andrew Kishino
  • Tetsu Tachibana: Howard Wang
  • Wen Hai Lee: Bill Millsap
  • Daisaku Kuze: Keston John
  • Hiroki Awano: Eliah Mountjoy
  • Homare Nishitani: Vic Chao
  • Keiji Shibusawa: Jon Ohye
  • Masaru Sera: Nobi Nakanishi
  • Osamu Kashiwagi: David Hayter
  • Billiken: Adam Gold
  • Sohei Dojima: Imari Williams
  • Takashi Nihara: Frank Todaro
  • Futoshi Shimano: Fred Tatasciore
  • Shintaro Kazama: Paul Nakauchi
  • Homare Nishitani: Vic Chao

Percebeu que tem uma pitada de Goro Majima e Kazuma Kiryu ali na lista? Yakuza 0: Director’s Cut você lutará como o diabo nos bairros de entretenimento de Tóquio e Osaka na pele de Kazuma Kiryu e do gerente de cabaré Goro Majima em um épico drama criminal de destinos entrelaçados que criaram lendas.

O Director’s Cut conta com mais de 20 minutos de novas cinemáticas e o novo modo Red Light Raid, em que jogadores podem formar equipes para derrotar hordas de inimigos. Por fim, corra já e garanta já na pré-venda o início de toda a série com a exclusiva dublagem em inglês!

PUBLICIDADE

As Grandes Apresentações que Marcaram o Bangers Open Air 2025 no Terceiro Dia

bangers open air 2025 beyond the black
Beyond the BLack | Crédito @brunobellan @sucodm

O Memorial da América Latina se transformou mais uma vez no epicentro do metal mundial durante o Bangers Open Air 2025. Em sua terceira edição, o festival consolidou-se como um dos principais eventos do calendário headbanger brasileiro, reunindo fãs de diversos subgêneros do metal em um domingo de pura celebração musical. Do metal sinfônico do Beyond the Black ao thrash implacável do Destruction, passando pelo power metal épico do Blind Guardian e pela nova empreitada de Kerry King, o evento demonstrou seu ecletismo e capacidade de surpreender mesmo os metaleiros mais exigentes.

O festival deste ano teve que lidar com alguns cancelamentos de última hora, como os das bandas We Came as Romans e Knocked Loose, mas isso acabou se transformando em uma feliz coincidência para os fãs brasileiros. Veteran⁠os queridos como Blind Guardian e Destruction prontamente preencheram as lacunas, provando mais uma vez o carinho especial que nutrem pelo público brasileiro. Sob o sol inclemente que aos poucos deu lugar a uma noite energética, os headbangers presentes puderam testemunhar momentos históricos, como a primeira apresentação de Beyond the Black em terras brasileiras e a execução integral do lendário “Infernal Overkill” do Destruction, celebrando seus 40 anos de lançamento.

Beyond the Black: A Surpresa Sinfônica que Conquistou o Bangers Logo na Abertura

Foi no sol nervoso das 11:55h da manhã do domingo que eu tive a minha maior surpresa do Bangers Open Air. Acho que eu estava confundindo nomes de bandas, mas eu simplesmente não prestei atenção nessa tal “Beyond the Black” que seria a abertura do dia. Como eu sou fã do lado “sinfônico com vocalistas femininas” do metal, ficou imediatamente aparente, assim que a banda subiu ao palco e iniciou sua performance de “In The Shadows”, que eu iria me apaixonar. Não somente pela figura impecável e voz límpida da vocalista Jennifer Haben, mas também pelo metal sinfônico que saiu dos instrumentos dos alemães de Mannheim.

Eu não estava esperando que veria uma banda de metal sinfônico no Bangers Open Air, mas que bom que eu estava errado! Como outra banda que teve sua estreia em terras brasileiras no festival, o Beyond the Black escolheu transitar por todos os seus cinco álbuns, que vêm fazendo muito sucesso na Alemanha desde 2015. As influências são claras: a gente consegue discernir uma clara influência de power metal na estrutura das músicas da banda, com seus refrões pegajosos e solos de guitarra, mas também pode se notar um quê do folk metal do Eluveitie, ou da pegada mais comercial de um Lacuna Coil ou Within Temptation. 

bangers open air 2025 beyond the black
Beyond the Black | Crédito @brunobellan @sucodm

Devo destacar que o setlist da banda demonstrou bastante variação, passando por músicas mais emotivas, como “Songs of Love and Death”, onde Jennifer é o centro das atenções, mas também momentos mais pesados como em “Hallelujah” ou “Lost in Forever”, onde os guitarristas Chris Hermsdörfer e Tobias Lodes entram para fazer aquele clássico “Beauty and the Beast”, tão comum nas bandas do gênero. Por mim, posso dizer que a primeira coisa que fiz na segunda-feira foi buscar “Beyond the Black” no meu Spotify, e peço a todos que façam o mesmo!

Setlist: Beyond the Black no Bangers Open Air 2025

  1. In the Shadows
  2. Hallelujah
  3. When Angels Fall
  4. Songs of Love and Death
  5. Lost in Forever
  6. Heart of the Hurricane
  7. Is There Anybody Out There?
  8. Reincarnation
  9. Wounded Healer
  10. Shine and Shade

*Possivelmente incompleto e/ou fora de ordem.

Lord of the Lost: Góticamente Industrial Sob o Sol Escaldante da Tarde

O Lord of the Lost foi uma das bandas que veio pro Summer Breeze Brasil 2023, mas eu não consegui vê-los, pois tocavam no mesmo horário do Skid Row. Foi ótimo constatar que os alemães adoraram a experiência de tocar pro público brasileiro e voltaram, mesmo sob o sol da 1 da tarde. Desde então, um álbum novo foi lançado, o “Weapons of Mass Seduction”, mas o sexteto também escolheu apostar numa seleção de cortes do restante da discografia ao invés de focar em seu trabalho mais recente.

O grupo, sem dúvidas, foi um prato cheio para o pessoal com tendências mais góticas do Bangers. A abertura com “The Curtain Falls” já exibiu o visual dark e extravagante dos meninos, e seu hard rock estilizado com uma vibrante pegada industrial. Quem já é familiar com a cena da “Neue Deutsche Härte”, da qual o expoente mais conhecido é o Rammstein, vai se sentir em casa com o som dançante, entre o heavy metal e a disco music, que não estaria fora de lugar no Madame. Os paralelos com o visual do Motionless in White também não passaram despercebidos.

bangers open air 2025 lord of the lost
Lord of the Lost | Crédito @brunobellan @sucodm

Claramente, existe um público pra esse tipo de som no festival, que foi à loucura com os vocais graves de Chris Harms e com os teclados dançantes de Gerrit Heinemann, especialmente na sequência final, com a execução de “Die Tomorrow”, “Drag Me to Hell” e “Blood & Glitter”. Como foi de costume entre as bandas do Bangers, o Lord of the Lost prometeu tornar do Brasil sua segunda casa. Bom, já estou buscando a discografia para aguardar o retorno!

Setlist: Lord of the Lost no Bangers Open Air 2025

  1. The Curtain Falls
  2. The Future of a Past Life
  3. Loreley
  4. Destruction Manual
  5. For They Know Not What They Do
  6. Raining Stars
  7. Six Feet Underground
  8. Born With a Broken Heart
  9. Live Today
  10. Die Tomorrow
  11. Drag Me to Hell
  12. Were All Created Evil
  13. Blood & Glitter

Vader: O Pioneiro Death Metal Polonês Inicia a Maratona de Extremidades

Bom, depois da gente curtir um pouco da introspecção e atmosfera do Paradise Lost, acabou a brincadeira. A partir das 15h, o Bangers ia ser tomado pelo metal extremo com uma sequência avassaladora de death e thrash. Para iniciar os trabalhos no Sun Stage, ninguém melhor do que uma das bandas pioneiras do death metal na Polônia, o Vader. O grupo, iniciado por Piotr Wiwczarek lá nos anos 80, bem antes do Behemoth, foi um dos primeiros grupos de metal extremo a surgir sob a Cortina de Ferro, como eram conhecidos os países socialistas após a Segunda Guerra Mundial, e conseguir um contrato com uma gravadora internacional.

bangers open air 2025 vader
Vader | Crédito @brunobellan @sucodm

Conhecido como “o Slayer polonês”, o Vader mostrou a que veio ao comandar uma roda gigantesca e abrir com a destruidora “Wings”. A partir daí, o grupo pôs-se a lançar marretada atrás de marretada no público sedento do Bangers, com clássicos como “Black to the Blind”, “Silent Empire” e “Triumph of Death” gerando euforia nos headbangers que apreciam o melhor do “roque pauleira”. A agitação não foi abalada nem um pouco pelo sol ardido das 15h, e o mais surpreendente é a tranquilidade e bom humor dos músicos, que demonstraram amplos sorrisos com o seu público, o que parece esquisito vindo de quatro poloneses que fazem as músicas mais ensurdecedoras possíveis.

bangers open air 2025 vader
Vader | Crédito @brunobellan @sucodm

Mas isto é o metal! Infelizmente, foi um show curto, e o Vader nos deixou com uma vontade de bater mais cabeça ao deixar o palco com a Marcha Imperial (em pleno May The 4th), preparando o espírito para as próximas porradas!

Setlist: Vader no Bangers Open Air 2025

  1. Wings
  2. Black to the Blind
  3. Dark Age
  4. Go to Hell
  5. Carnal
  6. Silent Empire
  7. Triumph of Death
  8. Unbending
  9. This is the War
  10. Helleluyah (God is Dead)

*Possivelmente incompleto e/ou fora de ordem.

Kerry King: Do Slayer para o Inferno e de Volta, Com a Maior Roda do Bangers

O sol já dava uma baixada quando a nova banda do guitarrista Kerry King tomou o Ice Stage no Bangers Open Air. Ainda bem, porque o que rolou durante esse show foi, de longe, a maior roda que eu vi nesses três anos de festival. Do momento em que o grupo iniciou o show, o fundador do Slayer, juntamente com o vocalista Mark Osegueda, conhecido por seu trabalho em outra lenda do thrash metal, o Death Angel, comandaram uma passagem brutal pelo álbum “From Hell I Rise”, passando por todos os melhores cortes do álbum, como “Where I Reign”, “Trophies of the Tyrant” e “Two Fists”, culminando com a chegada em “Disciple”, do Slayer.

Um momento de destaque por volta da metade do show foi a homenagem prestada por Osegueda a um dos grandes nomes do heavy metal que nos deixou recentemente, o primeiro vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno, com um cover incrível de Killers. Após um breve retorno ao disco novo com a pedrada “Shrapnel” é que veio o grande momento. Os trovões se iniciaram, as chamas se ergueram, a roda se abriu e tudo veio abaixo quando a dobradinha de “Raining Blood” e “Black Magic” encheu o Memorial da América Latina do mais puro thrash metal.

É até difícil dar continuidade depois de tamanho momento, mas o Kerry King escolheu finalizar sua apresentação com a música título de seu disco, “From Hell I Rise”, deixando claro que quer seguir sua carreira com esse capítulo novo fora do Slayer, e que espera a aceitação do público. Considerando a roda que aconteceu no Bangers, o novo grupo tem tudo pra bombar!

Setlist: Kerry King no Bangers Open Air 2025

  1. Where I Reign
  2. Rage
  3. Trophies of the Tyrant
  4. Residue
  5. Two Fists
  6. Idle Hands
  7. Disciple (Slayer cover)
  8. Killers (Iron Maiden cover)
  9. Shrapnel
  10. Raining Blood (Slayer cover)
  11. Black Magic (Slayer cover)
  12. From Hell I Rise

Blind Guardian: Os Bardos Alemães que Sempre Voltam para Sua Segunda Casa

Algumas bandas tiveram sua primeira apresentação no Brasil durante o Bangers Open Air 2025. Mas outras, no entanto, estão sempre por aqui. Os alemães do Blind Guardian são uma dessas bandas que se apaixonou pelo nosso país, tanto que o guitarrista Marcus Siepen casou-se com uma brasileira de João Pessoa! Portanto, não foi surpresa nenhuma que, com o cancelamento das bandas We Came as Romans e Knocked Loose, o Blind Guardian foi uma das bandas que prontamente aceitou tocar no lugar dos desfalques.

bangers open air 2025 blind guardian
Blind Guardian | Crédito @brunobellan @sucodm

Como sempre, o Blind Guardian não nos decepcionou, abrindo sua performance com “Imaginations From the Other Side” e encantando o público do Bangers. O vocalista, Hansi Kürsch, até brincou sobre “cair de paraquedas” nesse festival. Por mais que eles não estivessem fechando o festival e nem nos propondo uma festa tal qual a do Summer Breeze Brasil 2023, onde eles apresentaram o álbum “Somewhere Far Beyond” na íntegra, ainda assim o grupo preparou algumas surpresas para os presentes desta vez, começando com algumas músicas do disco mais recente “The God Machine”, que é uma pedrada e bem diferente dos padrões do power metal. Mas onde o público se esgoelou de cantar junto foi com os clássicos, claro. A maior surpresa foi “Mordred’s Song”, um corte que não costuma aparecer nos setlists da banda, mas “Into the Storm”, “Bright Eyes” e “Bard’s Song” explodiram a galera em canto junto com os bardos.

bangers open air 2025 blind guardian
Blind Guardian | Crédito @brunobellan @sucodm

“Bard’s Song”, claro, deu início a uma sequência final incrível, que levou aos clássicos “Mirror Mirror” e “Valhalla”, mais uma vez provando que o Brasil é um lugar muito querido pelo Blind Guardian, e estou certo que eles continuarão nos agraciando com sua presença, ano após ano.

Setlist: Blind Guardian no Bangers Open Air 2025

  1. Imaginations From the Other Side
  2. Blood of the Elves
  3. Mordred’s Song
  4. Violent Shadows
  5. Into the Storm
  6. Tanelorn (Into the Void)
  7. Bright Eyes
  8. Time Stands Still (At the Iron Hill)
  9. And the Story Ends
  10. The Bard’s Song – In The Forest
  11. Mirror Mirror
  12. Valhalla

Destruction e o Infernal Overkill na íntegra

O Destruction foi a outra banda que “caiu de paraquedas” no Bangers Open Air com o cancelamento das bandas de metalcore. A segunda banda do “Big 4” do thrash metal alemão a tocar neste festival, o Destruction comemora 40 anos do lançamento de seu primeiro álbum, “Infernal Overkill”, lançado em 1985. Desta forma, eles decidiram dar de presente aos fãs brasileiros um show incrível, onde o álbum foi executado na íntegra, pela primeira vez na história.

Apesar de ser fã de thrash metal, eu não sou super familiar com a discografia das bandas do thrash alemão, e acredito que o “Infernal Overkill” é um álbum muito bom, mas difícil de escutar hoje em dia, com uma gravação e produção bem diferente do que a gente é acostumado com thrash metal hoje em dia, comparável a um “Kill’em All”. Presenciar o disco sendo tocado ao vivo por uma banda com 40 anos de experiência nas costas, meu amigo? É outra pegada. Foi uma porrada atrás da outra, sem interrupção, e o público brasileiro estava completamente preparado para destruir tudo no último show do Sun Stage. Preciso destacar especialmente as performances de “Bestial Invasion”, um dos maiores clássicos do grupo, e de “Black Death”, faixa final do álbum, que é raramente executada ao vivo.

O “Infernal Overkill” é um álbum de 40 minutos. Sendo assim, o Destruction ainda ficou mais um pouquinho pra nos oferecer mais algumas faixas de thrash metal intenso. O frontman Marcel Schirmer deu algumas escolhas pro pessoal: queriam “Curse the Gods”? Tocaram. Queriam “Mad Butcher”? Teve também. “Nailed to the Cross” ou “Thrash Till Death”? Bom, parece que a galera quer “Nailed to the Cross”, mas não pode finalizar sem “Thrash Till Death”, né? Então vai as duas! Sem dúvidas, o Destruction demonstrou que mesmo com 40 anos de carreira, ainda estão dispostos a entregar metal extremo de qualidade para os fãs brasileiros!

Setlist: Destruction no Bangers Open Air 2025

  1. Invincible Force
  2. Death Trap
  3. The Ritual
  4. Tormentor
  5. Bestial Invasion
  6. Thrash Attack
  7. Antichrist
  8. Black Death
  9. Curse The Gods
  10. Total Desaster
  11. Nailed to the Cross
  12. Mad Butcher
  13. Destruction
  14. Thrash Till Death
PUBLICIDADE

Bangers Open Air 2025 Unifica Gerações e Estilos sob o Sol Brasileiro no segundo dia

bangers open air 2025 dark angel
Dark Angel, Crédito: @brunobellan / Sucodm

O Bangers Open Air 2025 consolidou-se como um dos mais importantes festivais de heavy metal do Brasil, trazendo uma mistura perfeita de velhas lendas e novas sensações do cenário mundial. Com três palcos repletos de atrações durante todo o dia, o evento que aconteceu sob o céu ensolarado de maio proporcionou experiências inesquecíveis para os metalheads de plantão, desde a potência feminina das Burning Witches até o retorno triunfal do thrash clássico do Dark Angel.

Entre revelações surpreendentes como o contagiante hard rock do H.E.A.T. e a energia explosiva do Dynazty, passando pela nostalgia renovada do Matanza Ritual com Jimmy London de volta aos palcos, o festival entregou momentos memoráveis para todos os gostos. O público não apenas testemunhou performances técnicas impecáveis e setlists cuidadosamente elaborados, mas também vivenciou a aproximação genuína entre artistas e fãs que caracteriza o verdadeiro espírito do metal. Esta edição do Bangers Open Air certamente ficará marcada como uma celebração autêntica da diversidade e da força contínua do gênero.

Burning Witches Inflama o Ice Stage e Prova que Poder e Simpatia Andam Juntos

A Burning Witches foi a banda escolhida para iniciar a quebradeira do Ice Stage no sabadão ensolarado do Bangers Open Air 2025, e acho que não poderia iniciar de forma mais contagiante.

bangers open air 2025 burning witches
Burning Witches, Crédito: @brunobellan / Sucodm

O quinteto de mulheres suiço, apesar de desfalcado por sua guitarrista fundadora, Romana Kalkuhl, por questão de licença maternidade, apresentou-se de forma divertida e explosiva com a holandesa Simone van Straten, que inclusive já tocou guitarra para o nosso Nervosa em turnês. A formação atual conta também com a guitarrista Courtney Cox, já conhecida dos fãs do heavy metal tradicional por sua atuação com o “Iron Maiden feminino”, as Iron Maidens.

Em termos de setlist, as moças já mostraram a que vieram com a poderosa “Unleash the Beast”, com a vocalista Laura Guldemond arrebentando tudo com sua potência vocal. O restante do set percorreu toda a trajetória da banda, desde 2015, com especial destaque para “Hexenhammer”, “The Spell of the Skull” e o incrível final do show, “Burning Witches”, cada qual representando um álbum de sua discografia impecável de 2017 a 2023. É uma banda que, sem dúvida, não deixa nada a desejar em comparação aos grandes nomes do heavy metal tradicional.

renatao burning witches

Curiosamente, enquanto eu curtia o show do Ensiferum perto da rodinha, notei que a Laura Guldemond e a Simone van Straten estavam brincando na roda também! Sendo assim, não pude deixar de tirar uma foto com elas! É muito legal ver que o pessoal das bandas é gente como a gente!

Setlist: Burning Witches no Bangers Open Air 2025

  1. Unleash the Beast
  2. Dance With the Devil
  3. Maiden of Steel
  4. Nine Worlds
  5. Wings of Steel
  6. Hexenhammer
  7. The Spell of the Skull
  8. The Dark Tower
  9. Lucid Nightmare
  10. Burning Witches

H.E.A.T. Conquista o Brasil com Hard Rock ‘Farofa’ e Promete Voltar Logo

Eu tive algumas surpresas nesse Bangers Open Air. Confesso que o line-up de bandas, em comparação com o Summer Breeze Brasil 2024, não tinha tanta coisa que eu conhecia, e muitas das bandas eram repetidas. Uma delas, os suecos do H.E.A.T., vieram na edição de 2023, mas nem na ocasião eu dei muita bola. Que erro, meus amigos! Lá na Suécia parece que os caras têm alguma coisa diferenciada que os torna super bons em tudo que é tipo de rock e metal!

bangers open air 2025 heat
H.E.A.T., Crédito: @brunobellan / Sucodm

Neste caso, o H.E.A.T. vem com uma pegada firme no hard rock farofa, e já me ganharam nas primeiras notas do tecladinho de “Disaster”, música que abriu o show divulgando o novo disco, “Welcome to the Future”. Aí a letra melosa de “Emergency”, e o refrão e riffs mega grudentos do hit “Dangerous Ground” terminaram de me render à energia do grupo. E olha, considerando a resposta do público do Bangers, ganharam a todos, viu? Tanto que o frontman Kenny Leckremo tinha que tomar um fôlego e uma pausa entre cada música pra elogiar e comentar que eles querem que o Brasil seja sua segunda casa.

Leckremo também demonstrou não se acovardar diante do desafio que é igualar o poderio vocal do cara que foi o rosto do H.E.A.T. de 2010 a 2020, Erik Grönwall. Sim, antes de agraciar os vocais do Skid Row, Erik era frontman do H.E.A.T., e todos sabemos o quanto ele manda bem. Mas Leckremo, que era o vocal original da primeira formação, transitou por todos os discos da carreira da banda, destacando-se em pedradas como “Rise”, “Back to the Rhythm” e “One by One”. Eles prometeram voltar ao Brasil rapidamente, então torço para que isso se concretize o mais rápido possível!

Setlist: H.E.A.T. no Bangers Open Air 2025

  1. Disaster
  2. Emergency
  3. Dangerous Ground
  4. Hollywood
  5. Rise
  6. Beg Beg Beg
  7. Back to the Rhythm
  8. Bad Time for Love
  9. 1000 Miles
  10. One by One
  11. Living on the Run

Dynazty e Nils Molin Conquistam o Brasil com sua Fusão Escandinava de Power e Hard Rock

Falando novamente em hard rock escandinavo ter um quê especial, sob o sol das 13 horas, foi a vez do Dynazty incendiar o Sun Stage. Outra banda que faz sua estreia em solo brazuca, o Dynazty apresenta uma mistura muito divertida de hard rock com heavy metal mais tradicional, regada com uma pitada de power metal. Já ficou aparente na abertura do show, com “In the Arms of a Devil”, qual é a aposta central da banda: a figura de Nils Molin, com seu vozeirão potente, que também é um dos vocalistas do Amaranthe.

bangers open air 2025 dynazty
Dynazty ,Crédito: @brunobellan / Sucodm

Curiosamente, o Dynazty escolheu, ao invés de focar em seu disco lançado em fevereiro deste ano, o “Game of Faces”, tocar um apanhadão da segunda metade de sua discografia, de 2016 pra frente. Claro que nós pudemos ouvir “Game of Faces” e “Call of the Night”, do novo álbum, que são incríveis, mas também pudemos passar por outros hits incríveis como “Natural Born Killer” e a linda balada “Yours”.

A sequência final, no entanto, focou no álbum “The Dark Delight”, de 2020, e foi uma pedrada atrás da outra. “Presence of Mind” agitou o público do Sun Stage, e daí pra frente as incríveis “The Human Paradox” e “Heartless Madness” carregaram a boa vontade do público até o final, mesmo durante a apresentação da banda por Molin. Se tudo der certo, isso vai ser suficiente pra trazer o Dynazty de volta pras nossas terras. Ou, até mesmo, quem sabe um Amaranthe?

Setlist: Dynazty no Bangers Open Air 2025

  1. In the Arms of a Devil
  2. Game of Faces
  3. Natural Born Killer
  4. The Grey
  5. Waterfall
  6. Yours
  7. Call of the Night
  8. Presence of Mind
  9. The Human Paradox
  10. Heartless Madness

Jimmy London e Supergrupo Nacional Provam que o Matanza Nunca Morreu

Enquanto iniciava-se a sessão de power metal nos Ice e Hot Stages, eu me preparei. A última vez que eu vi Jimmy London nos palcos foi no fatídico “último show do Matanza” lá em 2018. Desde então, a banda se separou e meio que virou duas? O restante dos integrantes do Matanza chamou o vocalista Vital Cavalcante e continuaram como Matanza Inc., enquanto Jimmy montou um tremendo supergrupo brazuca de metal: Felipe Andreoli do Angra, Antônio Araújo do Korzus e Amílcar Christófaro do Torture Squad. Esse é o Matanza Ritual.

Dado o cacife desse esquadrão, eu imaginei que veria um Matanza um pouco diferente daquele que eu vi quase dez vezes nos diversos shows do interior. Talvez um que tivesse uma pegada de metal extremo, uma coisa mais pesada, menos “countrycore” e mais “country thrash”. No entanto, o que agraciou meus ouvidos quando o Matanza Ritual entrou no palco foi uma sequência destruidora de toda a fase boa do Matanza, do mesmo jeitinho que eu sempre lembrei, com uma música emendada na outra sem parar. “Meio Psicopata”, “Remédios Demais”, “A Arte do Insulto”, todas as pauladas que eu amo firmes e fortes, como se o Matanza nunca tivesse acabado.

Claro que não ficou só nisso, afinal de contas, o Matanza Ritual acabou de lançar um disco novo. Marcando presença, as melhores do disco foram introduzidas por Jimmy: “Assim Vamos Todos Morrer”, “Lei do Mínimo Esforço” e “Nascido num Dia de Azar”. Nenhuma delas substituiu os grandes medalhões como “Pé na Porta, Soco na Cara” ou “Bom é Quando Faz Mal”, no entanto. Imaginem o meu sorriso com o público mandando o Jimmy tomar no c*, ou quando a dança inicial de “Todo Ódio da Vingança de Jack Buffalo Head” abriu uma roda imensa, ou quando Jimmy encerrou com a clássica “Ela Roubou Meu Caminhão”. Que saudade que eu estava. Mas o Matanza está mais vivo do que nunca!

Setlist: Matanza Ritual no Bangers Open Air 2025

  1. Meio Psicopata
  2. Remédios Demais
  3. A Arte do Insulto
  4. Bom é Quando Faz Mal
  5. O Chamado do Bar
  6. Eu Não Gosto de Ninguém
  7. Tudo Errado
  8. Assim Vamos Todos Morrer
  9. Clube dos Canalhas
  10. O Último Bar
  11. Pé na Porta, Soco na Cara
  12. Tempo Ruim
  13. Lei do Mínimo Esforço
  14. Nascido Num Dia de Azar
  15. Todo Ódio da Vingança de Jack Buffalo Head
  16. Ela Roubou Meu Caminhão

Dark Angel Ressurge das Trevas após 34 Anos para Celebrar o Clássico ‘Darkness Descends’ no Brasil

O Dark Angel é um caso curioso. Quem conhece a cena de thrash metal dos anos 80 sabe que nós temos o “Big 4”: Metallica, Megadeth, Anthrax, e Slayer. No entanto, nós temos uma gama vasta de outras bandas que fizeram seu impacto no gênero, inclusive saindo da própria cena da Bay Area: Exodus, Testament e Death Angel, pra nomear alguns. O Dark Angel surgiu na cidade de Downey, mas também deixou sua marca no thrash metal oitentista com o seminal álbum Darkness Descends, trazendo um estilo mais progressivo, com músicas mais longas e técnicas.

bangers open air 2025 dark angel
Dark Angel, Crédito: @brunobellan / Sucodm

No entanto, o grupo se desfez em 1992, após lançar quatro álbuns. Desta forma, era uma daquelas bandas que nós, thrashers, jamais veríamos no Brasil. Bom, algumas reuniões depois, uma nova formação, contando inclusive com a lenda da bateria do thrash oitentista, Gene Hoglan, nos agraciou no Sun Stage do Bangers, comemorando 39 anos da gravação do Darkness Descends.

Lamentando a ausência do guitarrista Eric Meyer, que não pôde comparecer por problemas de viagem, o grupo iniciou sua apresentação com algumas de suas pancadas mais longas e intrincadas, “Time Does not Heal” e “No One Answers”. No entanto, logo focaram em Darkness Descends, abrindo uma roda absurda com “The Burning of Sodom”. Aproveitando a oportunidade, também divulgaram o que será o primeiro álbum do Dark Angel em 34 anos, “Extinction Level Event”, com sua música título. A partir daí, o setlist contou com uma celebração do Darkness Descends, fechando com as caóticas “Death is Certain (Life is Not”, “Darkness Descends” e “Perish in Flames”, com a certeza de que todo fã de thrash metal sairia dali morto, mas incrivelmente feliz. Vida longa ao Dark Angel!

Setlist: Dark Angel no Bangers Open Air 2025

  1. Time Does Not Heal
  2. Never to Rise Again
  3. No One Answers
  4. The Burning of Sodom
  5. Extinction Level Event
  6. Merciless Death
  7. The Death of Innocence
  8. Death is Certain (Life is Not)
  9. Darkness Descends
  10. Perish in Flames
PUBLICIDADE

Primeira edição do RELOAD vai começar Rainbow Six Siege

reload rainbow six siege

A primeira edição do novo torneio internacional de Rainbow Six, o RELOAD, começa nesse sábado dia 10 de maio e inicia o calendário de competições tendo como primeira casa o Rio de Janeiro. Trazendo as 20 melhores equipes do mundo para competir em um novo formato e trazer os melhores momentos de Rainbow Six para seus fãs

O RELOAD será o primeiro campeonato disputado no game Siege X, a recém-lançada evolução de Rainbow Six Siege, e será marcado pelas estreias dos times LOUD e Cloud9 no competitivo da modalidade. Eles se juntam às equipes CAG Osaka, DarkZero, Elevate, FaZe Clan, FearX, Fnatic, FURIA, G2, M80, PSG Talon, SCARZ, Spacestation, Team BDS, Team Falcons, Team Liquid, Team Secret, W7M e Wildcard.

Confira os confrontos do primeiro dia de evento que se inicia as 12hr do Horário de Brasília:

reload rainbow six siege

O formato de disputa do RELOAD será algo jamais visto no cenário de Esports do R6, com um sistema de Balas. A principal novidade é o sistema Reload, que dá nome à competição. Cada time começa o campeonato com seis Balas, equivalentes a pontos. Quanto mais Balas um time tiver, mais alto ele ficará na classificação. A organização que perder todas as suas Balas será desclassificada. Essas Balas devem ser disponibilizadas para Reload a cada nova partida, com base na reserva de Balas do adversário.

Na primeira fase da competição, haverá cinco rodadas de disputa, onde as equipes poderão “recarregar” (reload, em inglês) um número determinado de balas ao enfrentar um adversário.

Além disso, o torneio terá um sistema de cards que vão apimentar ainda mais as disputas.

Survivor: ativado automaticamente quando um time começa a rodada com apenas uma Bullet. Se essa equipe vencer a partida, evita a eliminação e recebe uma Bala extra.

Flawless Victory: recompensa um time com duas Balas extras caso vença um confronto sem perder nenhum round (7-0).

Eliminator: concede uma Bala extra para a equipe que desclassificar outra.

Duel: disponível a partir da rodada 3, permite que cada equipe escolha um representante para um confronto “um contra um”. Se vencer, a equipe ganha um número de Balas equivalente à diferença de rounds ao fim da partida.

Chicken: permite que uma equipe recuse um desafio direto proposto por outro time. Este card pode ser usado nas rodadas 2, 3 e 4.

Extended Mag: permite que uma equipe expanda o seu Reload em até 6 Balas, aumentando os ganhos ou perdas, dependendo do resultado. Este card está disponível nas rodadas 3, 4 e 5.

reload rainbow six siege

O RELOAD será disputado até o dia 18 de maio. As finais ocorrerão em 16, 17 e 18 de maio na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, com arquibancadas abertas ao público. Os últimos ingressos para o evento podem ser adquiridos na página oficial da competição. Os jogos serão transmitidos pelos canais oficiais da Ubisoft no YouTube e na Twitch. Não deixe de conferir e torcer pelas equipes brasileira a conquista o pódio mais uma vez!

PUBLICIDADE

Primeiro dia do Bangers Open Air 2025 reúne lendas do rock e novas apostas

bangers-25-dia-1 doro pesch
Doro Pesch (Crédito: @brunobellan / @sucodm)

Sob o céu nublado de um início de fevereiro atípico, o Bangers Open Air 2025 abriu suas portas em grande estilo, reafirmando seu posto como o maior festival de heavy metal da América Latina. O primeiro dia do evento foi marcado por uma variedade impressionante de estilos e emoções, indo do brilho nostálgico do hard rock oitentista à força emocional de ícones veteranos que continuam a carregar a tocha do gênero com dignidade e paixão.

Em meio a uma multidão eufórica, o festival deu seu pontapé inicial com o enérgico show do Kissin’ Dynamite, que trouxe pela primeira vez ao Brasil seu hard rock contagiante, centrado no álbum “Back With a Bang!” — uma estreia que mesclou vigor juvenil e reverência às raízes do estilo.

Na sequência, os palcos secundários ganharam vida com apresentações contrastantes e surpreendentes, como o Dogma, que mesmo enfrentando problemas técnicos no Hot Stage, mostrou ousadia ao combinar metal com tango, jazz e sensualidade teatral. Já o Ice Stage recebeu o clássico Armored Saint, que surpreendeu até os fãs mais experientes com seu heavy metal direto, energético e liderado pela performance carismática de John Bush.

Mas foi no início da noite que a emoção atingiu seu auge: Pretty Maids finalmente pisou em solo brasileiro após mais de 40 anos de carreira, protagonizando um show catártico onde o vocalista Ronnie Atkins transformou limitações físicas em pura entrega emocional.

E como se não bastasse, Doro incendiou o Ice Stage com sua energia inesgotável, antes de Glenn Hughes encerrar a noite com um set nostálgico e potente, focado na era Deep Purple – talvez uma despedida silenciosa, mas profundamente respeitosa, ao seu legado. Confira abaixo em cada detalhe!

Texto (Pretty Maids, Doro e Glenn Hughes) e Fotos por Bellan / Texto (Kissin’ Dynamite, Dogma e Armored Saint) e Vídeos por Renatão 


Kissin’ Dynamite estreia no Brasil com hard rock enérgico e hits do novo álbum

Parece que tornou-se uma tradição que o hard rock oitentista abra as portas do maior festival de metal da América Latina! Não foi diferente com o Bangers Open Air 2025, que teve seu pontapé inicial forte com o Kissin’ Dynamite. Originária da Alemanha, a banda já possui uma discografia relativamente extensa, mas comparece em terras brasileiras pela primeira vez com um show focado no seu trabalho mais atual, o disco “Back With a Bang!”, de 2024, que atingiu o topo das paradas alemãs no ano passado.

bangers-25-dia-1 kyssin dynamite
Kyssin’ Dynamite (Crédito: @brunobellan / @sucodm)

Como não poderia deixar de ser, o som atual inspirado no hard rock dos anos 80 levantou a galera, e o carisma do vocalista Hannes Braun, que nos lembrou um Steve do Stranger Things se ele estivesse no Motley Crue, contagiou a todos. A explosiva “Back With a Bang” introduziu a banda ao público brasileiro, e a partir daí eles exploraram um pouco sua discografia, com hits como “DNA”, “No One Dies a Virgin” (uma das minhas favoritas), e “I’ve Got the Fire”. Todas botaram a galera pra pular.

O destaque do show ficou mais pela metade, quando eles voltaram ao novo disco e nos mostraram os singles que o propulsionaram à estratosfera, com performances animadas de “My Monster” e “The Devil is a Woman”. Apelando um pouco ao emocional do pessoal, três letras mais introspectivas fecharam o show com chave de ouro, garantindo uma recepção acalorada do evento e uma esperança de que o Kissin’ Dynamite retorne ao país mais vezes.

Setlist: Kissin’ Dynamite no Bangers Open Air 2025

  1. Back With a Bang
  2. DNA
  3. No One Dies a Virgin
  4. I’ve Got the Fire
  5. My Monster
  6. The Devil is a Woman
  7. Not the End of the Road
  8. You’re Not Alone
  9. Raise Your Glass

Dogma leva mistério e ousadia ao Bangers com metal provocativo e cover de Madonna

Para abrir os trabalhos do Hot Stage, o Bangers Open Air apostou numa novidade bem recente. A gente já teve a oportunidade de ver um show do Dogma (ou, como eu gosto de chamar, a banda das “freiras safadas”), e quem quiser saber um pouco mais sobre a estética e ideia da banda, pode ler a minha impressão sobre o show AQUI. Fico feliz em informar que o show ainda mantém a pegada misteriosa, ainda que tenha sofrido um pouco com problemas técnicos no palco do Bangers.

bangers-25-dia-1 dogma
Dogma (Crédito: @brunobellan / @sucodm)

Na ocasião em que pude ver a banda em Limeira, elas tinham apenas um trabalho, o disco homônimo de 2023, e por isso o álbum foi executado na íntegra. Desta vez, algumas mudanças rolaram: desde então, o single mais novo, chamado “Banned”, foi executado, com uma pegada bem diferente, fazendo uma mistura de metal com tango com jazz com letras safadas. Logo na sequência, um cover heavy metal de “Like a Prayer” da Madonna, o que eu acho que coube PERFEITAMENTE com a proposta da banda.

O restante do show foi recheado dos hits que o primeiro álbum nos proporcionou, mas pude perceber, infelizmente, que o público do Bangers ainda não está familiarizado com o Dogma. Digo, percebi pois estava só eu lá no meio da galera cantando as letras de “My First Peak” e “Father I Have Sinned” em plenos pulmões, e o resto do povo me olhando com cara de estranhamento. Mas não faz mal, pois as próprias meninas do Dogma ainda fizeram sessões de autógrafo e apareceram no final do show do Glenn Hughes, entrando em evidência. Quem sabe a partir daqui a gente não vê a carreira delas decolando em festivais na Europa?

Setlist: Dogma no Bangers Open Air 2025

  1. Forbidden Zone
  2. My First Peak
  3. Made Her Mine
  4. Banned
  5. Like a Prayer (Madonna cover)
  6. Bare to the Bones
  7. Make Us Proud
  8. Pleasure From Pain
  9. Father I Have Sinned
  10. The Dark Messiah

Armored Saint surpreende com show enérgico e carisma de John Bus

A terceira banda a agraciar o Bangers Open Air, o Armored Saint, tem uma história curiosa. Apesar de ser uma banda menos conhecida, eles surgiram em Los Angeles mais ou menos na mesma época do New Wave of British Heavy Metal, aquele de onde vêm o Iron Maiden e o Saxon. O primeiro álbum da banda, March of the Saint, saiu em 1982, e eles atingiram seu sucesso lá na década de 80, mas acabaram fora do estrelato por um período no qual o seu vocalista deixou a banda. Como é o nome dele mesmo? Peraí… (Google um pouquinho)

bangers-25-dia-1 armored saint
Armored Saint (Crédito: @brunobellan / @sucodm)

Puxa vida, é isso mesmo! Esse cara é o John Bush, que substituiu o Joey Belladonna no Anthrax por meia discografia! E olha, vou te falar, eu gosto bastante dos álbuns do Anthrax com ele, e fiquei surpreso por não conhecer a “outra” banda dele antes! O Armored Saint me surpreendeu com seu heavy metal tradicional de responsa, sem firula, e não deixando nada a desejar aos grandes nomes do gênero.

O início do set, com a música “March of the Saint”, sofreu com um som um pouco anêmico, com a guitarra encoberta pelos outros instrumentos. No entanto, com mais algumas músicas, os técnicos de som ajeitaram tudo e pudemos ouvir a guitarra de Phil Sandoval claramente. O setlist transitou por toda a discografia da banda, com momentos de retorno às raízes dos anos 80, onde a banda tocava um “proto-power metal” visível em “Raising Fear” e “The Pillar”, e momentos onde exploraram o retorno à atividade após a saída de Bush do Anthrax, com destaque para as grudentas “Left Hook from Right Field” e “Win Hands Down”. John Bush, ao final do show, esbanjou carisma, colando com a galera no chão para cantar “Can U Deliver”, passando até mesmo por toda a pista do Lounge e colando no fosso da pista comum, pra delírio dos fãs. Espero contar com a presença dessa careca lustrosa no nosso país mais vezes!

Setlist: Armored Saint no Bangers Open Air 2025

  1. March of the Saint
  2. End of the Attention Span
  3. Raising Fear
  4. Long Before I Die
  5. The Pillar
  6. Last Train Home
  7. Left Hook from Right Field
  8. Standing on the Shoulders of Giants
  9. Win Hands Down
  10. Can U Deliver
  11. Reign of Fire

A estreia aguardada: Pretty Maids emociona público brasileiro em show histórico

Após mais de quatro décadas de espera, os dinamarqueses do Pretty Maids finalmente concretizaram o sonho dos fãs brasileiros com uma apresentação emocionante e carregada de significado no Bangers Open Air 2025. O vocalista Ronnie Atkins, que desde 2019 trava uma batalha contra um câncer de pulmão em estágio avançado (quatro), demonstrou admirável força e carisma, transformando limitações vocais em pura emoção durante clássicos como “Future World”, “Rodeo”, “Red, Hot and Heavy”, “I.N.V.U.” e a balada “Little Drops of Heaven”.

bangers-25-dia-1 pretty maids
Pretty Maids (Crédito: @brunobellan / @sucodm)

O momento mais emocionante da noite veio com a interpretação de “Please Don’t Leave Me”, cover originalmente composto por Phil Lynott e John Sykes (guitarrista do Whitesnake falecido em dezembro de 2024), que assumiu dimensões quase autobiográficas na voz rouca mas determinada de Atkins.

O repertório equilibrado, extraído de diferentes fases da carreira, foi recebido com entusiasmo pelo público que cantou cada verso como quem celebra não apenas uma banda, mas um reencontro longamente adiado. Para os fãs brasileiros – que conheceram a banda por caminhos diversos, seja pelo único vinil lançado oficialmente no país ou pelas participações de Atkins no projeto Avantasia (meu caso) – o show transcendeu a simples apresentação musical para tornar-se uma celebração da resiliência e do poder transformador do rock, deixando o desejo genuíno por um retorno em breve.

Setlist: Pretty Maids no Bangers Open Air 2025

  1. Mother of all lies
  2. Kingmaker
  3. Rodeo
  4. Back to back
  5. Red hot and heavy
  6. Pandemonium
  7. I.N.V.U
  8. Little drops of heaven
  9. Please dont leave me
  10. Future World
  11. Love games

Doro conquista o Bangers Open Air com energia contagiante e hinos eternos do metal

A rainha alemã do metal transformou o palco Ice Stage em seu reino particular na abertura do Bangers Open Air 2025, com uma apresentação que combinou energia inesgotável e nostalgia em doses perfeitas. Em sua quinta passagem pelo Brasil – apenas dois anos após abrir o Monsters of Rock no Allianz Parque e mais de 20 anos depois que a vi no Live ‘n Louder – Doro Pesch demonstrou por que segue sendo uma das personalidades mais queridas do heavy metal mundial, irradiando um carisma genuíno e uma alegria contagiante aos 60 anos de idade.

O show começou em alta voltagem oitentista com um bombardeio de clássicos do Warlock que estabeleceram instantaneamente a conexão com os fãs: “I Rule the Ruins”, “Earthshaker Rock”, “Burning the Witches” e “Hellbound” fizeram o público sair do estado de bem-intencionado para completamente rendido, com cabeças balançando e “guitarras imaginárias” surgindo por toda parte. Acompanhada por uma banda impecável formada por Bas Maas (guitarra e ex-After Forever que também vi no Live ‘n Louder), Nick Douglas (baixo), Danny Piselli (bateria) e o brasileiro Bill Hudson (guitarra), Doro não economizou na interação com o público, conversando em português durante toda a apresentação e demonstrando genuíno carinho pelos fãs brasileiros.

bangers-25-dia-1 bill hudson
Bill Hudson(Crédito: @brunobellan / @sucodm)

Um dos momentos mais emocionantes da noite veio com a interpretação da balada “Für Immer”, quando a cantora, enrolada na bandeira brasileira, conduziu os coros da plateia enquanto Hudson assumia os teclados para que Maas pudesse brilhar no solo de guitarra – uma pausa sensível no meio da intensa performance. Mesmo com o repertório repleto de clássicos dos anos 80, Doro mostrou que segue criativa ao apresentar duas faixas de seu álbum mais recente, “Conqueress – Forever Strong and Proud” (2023): “Time for Justice” e “Fire in the Sky”, esta última coescrita com Bill Hudson.

O público veio abaixo com “Breaking the Law” do Judas Priest, em uma versão que fez com UDO, que serviu como trampolim para o gran finale com “All We Are”, quando o Ice Stage explodiu em coros uníssonos de “All We Are / All We Are / We Are / We Are All / All We Need”.

Setlist: Doro no Bangers Open Airr 2025

  1. I rule the ruins
  2. Earthshaker rock
  3. Burning the Witches
  4. Hellbound
  5. Fight for rock
  6. Time for justice
  7. Raise your fist in the air
  8. Metal racer
  9. Fur Immer
  10. Fire in the sky
  11. Breaking the law
  12. All we are

A voz do rock em crepúsculo: Glenn Hughes encerra capítulo Purple no Bangers Open Air

No encerramento do primeiro dia do Bangers Open Air 2025, Glenn Hughes, aos 73 anos, ofereceu ao público paulistano um espetáculo que parecia marcar não apenas o fim de uma turnê, mas possivelmente o encerramento de um significativo capítulo em sua lendária carreira. Com o foco exclusivo no material gravado durante sua passagem pelo Deep Purple (1973-1976), “The Voice of Rock” demonstrou que sua potência vocal permanece extraordinária – um instrumento que desafia o tempo e a lógica biológica – porém a apresentação como um todo carregava uma aura de despedida e de certa contenção emocional que contrastava com suas eletrizantes passagens anteriores pelo Brasil.

bangers-25-dia-1 glenn hughes
Glenn Hughes (Crédito: @brunobellan / @sucodm)

Acompanhado por músicos tecnicamente impecáveis – Søren Andersen (EXCELENTE guitarrista), Bob Fridzema (teclados) e o impressionante e fumante Ash Sheehan (bateria) – Hughes navegou através dos clássicos dos álbuns “Burn”, “Stormbringer” e “Come Taste the Band” com homenagens ao show no California Jam, de 1974.

O próprio visual adotado pelo músico parecia simbolizar esta transição: abandonando as tradicionais roupas coloridas e psicodélicas por um figurino mais sóbrio em preto e cinza (tirando algumas cores em suas unhas), com os cabelos na altura dos ombros – uma imagem que contrastava diretamente com o telão exibindo sua juventude em cores vibrantes. Se esta foi realmente a última vez que o Brasil testemunhou Hughes interpretando exclusivamente o material do Deep Purple, ao menos foi uma despedida digna – como convém a uma lenda que sabe reconhecer o momento certo de virar a página.

Setlist: Glenn Hughes no Bangers Open Air 2025

  1. Stormbringer
  2. Might just take your life
  3. Sail Away
  4. You fool no one / Solo de guitarra / Blues / High ball shooter / You fool no one / Solo de bateria /
  5. You fool no one
  6. Mistreated
  7. Gettin Tighter
  8. You keep on moving
  9. Burn
PUBLICIDADE

Audi do Brasil homenageia Ayrton Senna com depoimento inédito de jornalista japonês

audi Masaharu Miyake senna
Imagem Divulgação

No mês que marca 31 anos do falecimento de Ayrton Senna, a Audi do Brasil lança uma emocionante homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1 com a participação especial de Masaharu Miyake, o jornalista japonês da Fuji TV que comoveu o mundo ao anunciar, com lágrimas nos olhos, a morte do piloto brasileiro em 1º de maio de 1994.

A ação faz parte do projeto “O Legado do S”, iniciativa criada pela montadora para celebrar simultaneamente os 30 anos de presença da Audi no Brasil e o legado eterno de Senna, responsável por trazer a marca para o país em 1994. No novo filme, produzido em parceria com a agência iD\TBWA, Miyake relembra o fatídico dia em Ímola e reflete sobre o impacto duradouro que o ídolo brasileiro deixou no automobilismo mundial.

“Celebrar Ayrton Senna é celebrar os valores que também fazem parte da Audi: coragem, precisão, superação. Ter Masaharu Miyake conosco neste tributo é uma maneira emocionante de mostrar que o legado de Senna continua pulsando não só no Brasil, mas em todo o mundo”, afirma Gerold Pillekamp, Head de Marketing e Comunicação da Audi do Brasil.

Lançado em 2024, o projeto “O Legado do S” já havia mapeado três curvas similares ao icônico “S do Senna” do Autódromo de Interlagos em diferentes regiões do país. Localizadas em Urubici (SC), Ribeirão Pires (SP) e Baependi (MG), as curvas foram oficializadas com placas especiais e representam simbolicamente os três títulos mundiais conquistados pelo piloto e as três décadas da Audi no Brasil.

Esses locais têm se tornado pontos de visitação para admiradores do automobilismo, fortalecendo a conexão entre a memória de Senna, a marca alemã e seus milhões de fãs. Com o novo conteúdo audiovisual, a Audi reforça seu compromisso em manter viva a história daquele que é considerado o maior ídolo do esporte brasileiro.

O vídeo com o depoimento de Masaharu Miyake já está disponível e você pode assistir abaixo:

PUBLICIDADE

Nissan Formula E lança jogo de arcade retrô para celebrar E-Prix de Tóquio

nissan formula e jogo
Imagem Divulgação

A equipe Nissan de Fórmula E acaba de lançar seu primeiro videogame, um jogo de arcade com estética retrô inspirado na cultura gamer japonesa dos anos 90.

O NISMO Electric Racer Tokyo foi criado para marcar a chegada histórica do Campeonato Mundial de Fórmula E da FIA ao Japão, com rodada dupla programada para os dias 17 e 18 de maio nas ruas de Tóquio.

Desenvolvido em estilo visual de 8 bits, o jogo permite que os fãs controlem um carro de Fórmula E da Nissan estilizado através de um circuito urbano que incorpora elementos icônicos da paisagem japonesa, como o Monte Fuji e as flores de cerejeira. Os jogadores podem atingir velocidades virtuais de até 322 km/h, simulando a adrenalina das corridas de Fórmula E.

O projeto conta com a assinatura visual do ilustrador japonês Kentaro Yoshida, conhecido por seu estilo característico com tons pastéis, linhas ousadas e personagens peculiares. Esta é a primeira incursão de Yoshida no universo dos games, e seu talento também estará presente nas pistas reais. O artista criou uma pintura especial para os carros da equipe, reinventando o design com tema Sakura, que será revelado nas redes sociais da NISMO e durante um evento no dia 14 de maio na sede global da Nissan em Yokohama.

“Estamos muito animados para retornar ao nosso E-Prix em Tóquio. Esta corrida não é apenas um momento importante para nós como equipe, mas também uma oportunidade de celebrar nossa herança japonesa”, comentou Tommaso Volpe, diretor-geral e chefe de equipe da Nissan Fórmula E. “Com o NISMO Electric Racer Tokyo, criamos algo que captura a energia que trazemos para a pista, ao mesmo tempo em que celebramos a lendária cultura gamer do Japão.”

O jogo está disponível gratuitamente para PC e celular no site www.NismoElectricRacer.com e foi lançado junto com um anúncio em vídeo inspirado nos anos 1990, misturando jogabilidade com imagens reais de corridas. Os pilotos oficiais da equipe, Oliver Rowland e Norman Nato, já registraram suas pontuações, desafiando os fãs a superá-los na tabela de classificação online.

A Nissan espera que esta iniciativa fortaleça a conexão com os fãs japoneses antes da rodada dupla em Tóquio, onde a equipe busca bons resultados para avançar na classificação do campeonato.

PUBLICIDADE

BATTLE BEAST lança “Last Goodbye”, primeiro single do próximo álbum

battle beast novo clipe last goodbye
Imagem Divulgação

A consagrada banda finlandesa BATTLE BEAST acaba de lançar seu mais novo single, “Last Goodbye”, primeira amostra do que será seu sétimo álbum de estúdio, previsto para lançamento ainda este ano.

Com uma carreira consolidada e quatro discos consecutivos que alcançaram o topo das paradas em seu país natal, o grupo mantém sua força no cenário do metal melódico internacional.

O single já está disponível nas plataformas digitais e conta com um videoclipe oficial no YouTube. Assista abaixo:

 

Inspiração para a nova música

O baixista Eero Sipilä revelou que a inspiração para a nova música surgiu de uma experiência pessoal durante uma internação hospitalar em 2020. “Conheci uma senhora mais velha lutando contra o câncer desde 1985. Isso me fez pensar: até onde uma pessoa aguenta antes de desistir? Mas ela nunca desistiu”, compartilhou o músico. “Last Goodbye é uma homenagem a esse espírito de luta humano—à vontade de se reerguer toda vez que a vida te derruba.”

A nova música chega após o lançamento do primeiro álbum ao vivo da banda, “Circus Of Doom – Live in Helsinki 2023”, disponibilizado em abril pela Nuclear Blast Records. Com 117 minutos de duração e 15 faixas, o registro foi capturado na Helsinki Ice Hall em janeiro de 2023.

BATTLE BEAST se prepara para a turnê europeia

Atualmente em sua formação mais forte, composta por Noora Louhimo (vocais), Eero Sipilä (baixo), Joona Björkroth (guitarras), Juuso Soinio (guitarras), Janne Björkroth (teclados) e Pyry Vikki (bateria), o BATTLE BEAST se prepara para uma nova turnê europeia.

A série de shows começa em 17 de outubro com a maior apresentação da carreira da banda na Alemanha, na Inselpark Arena em Hamburgo, e seguirá até meados de dezembro. O line-up contará com DOMINUM como convidado especial e MAJESTICA, força ascendente do power metal sueco, como banda de abertura.

battle beast turne 2025

Desde sua formação em 2008, o BATTLE BEAST construiu uma sólida trajetória com seis álbuns lançados e mais de 400 milhões de streams, consolidando-se como uma das principais bandas do gênero na atualidade. Para maiores informações, acesse o SITE OFICIAL.

Leia também: Noora Louhimo do Battle Beast fala sobre Pentakill e sua estreia no Brasil

PUBLICIDADE