Miyavi, muito conhecido pelo jeito que toca guitarra, mas também pelo seu talento como cantor, compositor e mais recentemente como ator. O nosso multifacetado artista aparece pela primeira vez em 1999 numa banda rock visual kei chamada Dué le quartz, atuando como guitarrista. E pouco depois, com a dissolução dessa banda em 2002, ele iniciou sua carreira solo.
De lá pra cá, Miyavi já lançou de tudo, rock, pop, usou elementos de R&B, funk, hip-hop, eletrônico e tantos outros. Tudo sempre muito alegre, marcado por seu estilo rápido de tocar guitarra e por seu carisma.
Filho da PS Company (gravadora que foi extremamente importante para várias bandas do começo dos anos 2000, como Kagrra, the GazettE e Alice Nine), esteve várias vezes entre os mais vendidos de acordo com o ranking da Oricon, marcando presença com singles como “ARE YOU READY TO ROCK?” de 2006, “AHEAD OF THE LIGHT” de 2013, “WHAT’S MY NAME?” de 2011, e álbuns como “FIRE BIRD” de 2016, e seu lançamento mais recente (quanto a data em que esse texto está sendo escrito) “NO SLEEP TILL TOKYO” de 2019.
Uma introdução
Em várias oportunidades Miyavi já mencionou curtir bandas de rock visual kei como LUNA SEA e X Japan, além de receber influências de músicas dos gêneros blues e hard rock. Daqui já podemos imaginar como os trabalhos dele são: uma salada de frutas! Miyavi não é desses que se prende a um estilo específico para seguir uma linha constante em seus lançamentos, o que faz seu trabalho consistente é exatamente a inconstância e a novidade. O estilo slap de tocar guitarra que ele usa, somado a sua velocidade e sua personalidade energética traz para os seus trabalhos uma facilidade muito grande de variar e introduzir diferentes elementos que o influenciam para seus trabalhos.
Podemos ver em um de seus primeiros trabalhos, no single “POP IS DEAD”, um cantar veloz, que pode ter vindo de um pop rock e uma sujeirinha de fundo, no instrumental, que provavelmente veio do hard rock (além de uma crítica à indústria de música popular, que já vem logo no título). Dá pra dizer que continuou mais ou menos nessa pegada durante um bom tempo, mesmo que depois de se tornar um artista major em 2004 (o que significa que ele conseguiu um contrato com uma gravadora grande, no caso o Universal Music Group) ficou notável um uso maior da guitarra acústica, mas as influências ainda pareciam ser mais fortes nesses estilos mais “sujinhos” somente adicionando ao que já tinha antes elementos de funk e blues, sempre prezando pela velocidade deixando a marca serelepe de sua personalidade em todos os trabalhos.
What’s my name?
“Olá, meu nome é MYV e aí, eu tenho um MIC / De Tóquio, pra agitar todos vocês com a coisa de seis cordas“
Até aqui podíamos facilmente classificar Miyavi como um artista visual kei, por seus visuais excêntricos, penteados diferentões e pelo jeito de usar maquiagem, porém, mais ou menos a partir de 2010, podemos ver um distanciamento do artista dessa ferramenta.
No lançamento de “What’s my name?” podemos ver um visual bem mais simples, se comparado aos outros, e nos laçamentos posteriores cada vez menos visuais elaborados. Mas isso não influenciou no som, Miyavi continuou transitando entre seus ritmos prediletos, mesmo que focando um pouco mais em ritmos mais dançantes, suas influências continuaram todas lá.
Filantropia
Em 2017 Miyavi foi nomeado embaixador da Boa Vontade pela UNHCR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, em português), de acordo com o site da Agência de Refugiados das Nações Unidas Miyavi começou a atuar com eles em 2015, viajando pelo Líbano e tocando sua música “The Others” com os refugiados de lá.
Um Clipe com imagens dessa ação foi lançado em 2016, dirigido e produzido por Angelina Jolie (que também é embaixadora da agência). Depois disso ele chegou a voltar ao Líbano e também viajou pra outros lugares como a Tailândia e Myanmar.
Repetindo o que diz o site da Agência, “Miyavi usou seu talento, voz, e plataforma pra ajudar a apoiar várias campanhas da UNHCR” ajudando assim a aumentar a conscientização sobre a causa dos refugiados pra um público muito maior.
No momento em que essa apresentação é escrita o clipe de “the others”, música que dá nome ao álbum lançado em 2015, passa de 2,5 milhões de visualizações.
Sentimos falta do Miyavi de antigamente?
Sabemos que quase todo artista que tem uma carreira longa tem que lidar as criticas do seu público mais antigo, em especial quando há “mudanças” na forma como rumam alguns lançamentos.
O que podemos observar na carreira de Miyavi é que nunca houve uma linha reta que ele seguisse com relação aos seus lançamentos, o que ele sempre demonstrou gostar de fazer é trabalhar com novidades e implantar essas novidades nas suas influências pessoais, em especial, mantendo seu estilo pessoal de tocar guitarra (como dissemos, um slap, ou seja, ele toca guitarra sem usar palheta e soma isso a uma grande velocidade no seu dedilhado).
Isto é, no final, o fato de ele ter mudado só mostra como ele nunca mudou! Convido-lhes a ouvir pelo menos os álbuns da discografia do nosso samurai da guitarra, e constatar com a gente que o que define o estilo musical do Miyavi é, simplesmente, a própria mudança.
NO SLEEP TILL TOKYO
Depois de 3 anos sem lançar nenhum álbum, Miyavi lançou “NO SLEEP TILL TOKYO” em 3 versões, todas contendo 10 músicas cada, no dia 24 de julho de 2019.
Um álbum bastante dançante, com bastante energia, efeitos de áudio e o que não pode faltar em qualquer lançamento do MEEV: muito slap!
Conta com a participação de DAOKO, cantora e rapper que ficou popular em 2012 após postar uma música numa plataforma de videos.
Miyavi no Brasil em 2020!
Miyavi retornará para um show único no Brasil, mais precisamente na cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro.
A casa de show escolhida é uma velha conhecida para quem acompanha os shows da produtora Highway Star, o Tropical Butantã.
Miyavi vem ao Brasil para promover a turnê “No Sleep Till Tokyo”, último trabalho do artista lançado neste ano. Já comprou seu ingresso? Adquira logo abaixo: