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    A lenda da serpente branca traz representatividade asiática e queer para mitologia

    Na mitologia chinesa, uma das lendas mais conhecidas é a da paixão entre um caçador de cobras e uma jovem serpente que se transforma em mulher. Adaptado para peças de teatro, filmes e séries, o mito ganha uma nova e moderna versão no lançamento Young Adult da Plataforma21. Em A lenda da serpente branca, a autora Sher Lee faz uma releitura LGBTQIAPN+ da história ao transformá-la em uma romantasia para os jovens de hoje. Quem protagoniza este livro são os personagens Xian e Zhen, dois rapazes dispostos a desafiar os próprios destinos para ficarem juntos.

    A lenda da serpente branca

    A lenda da serpente branca
    Divulgação | VR Editora – Plataforma21

    No reino de Wuyue – estado independente da China que existiu durante a era dos Dez Reinos e Cinco Dinastias (907–960 d.C.) –, o príncipe Xian vive assombrado pela culpa e determinação de salvar sua mãe, que ficou com a saúde debilitada depois de ser envenenada por uma mordida de serpente branca quando ele ainda era criança.

    Agora, aos 17 anos, após saber por um oráculo que a suposta cura da doença está em Changle, capital do território de Min, o adolescente parte em uma jornada para capturar outro espécime do raro animal e desenvolver um antídoto definitivo.

    Na cidade, o protagonista conhece Zhen, e a atração entre eles surge de imediato. Mas o garoto esconde um segredo sobre a própria identidade: ele é, na verdade, um espírito de serpente. Para se manter vivo em um corpo humano, carrega uma pérola espiritual – o mesmo artefato cuja magia pode livrar a mãe de Xian do veneno que a acomete.

    Conforme a relação improvável se aprofunda, o casal enfrenta dilemas. Zhen precisa decidir se sacrificará a si mesmo para ajudar a mãe de Xian. O príncipe deve entender se usará o objeto para proteger sua família ou se priorizará a existência do amado.

    Sobre o livro

    Narrada pelo ponto de vista dos dois personagens, com capítulos alternados, a trama aborda os limites do que significa ser humano ou sobrenatural. Assim, apresenta um cenário que mistura seres fantásticos e temas universais. Por exemplo, paixão, amizade, preconceito, relacionamentos e deveres familiares, sacrifício e redenção.

    Entre ficção e realidade, o enredo ainda localiza o leitor no contexto histórico da China antiga, com referências detalhadas à geografia e cultura da época. Conflitos políticos, sucessão imperial, culto aos ancestrais, crenças populares e até mesmo as vestimentas são alguns dos elementos trazidos por Sher Lee, em uma ambientação rica das tradições chinesas.

    Com capa ilustrada pela artista chinesa Kuri Huang, e pintura trilateral imitando a textura de uma serpente, esta edição vai encantar aqueles que buscam narrativas cheias de romance, fantasia, representatividade Queer, autodescoberta e reflexões. Principalmente, sobre a importância das conexões construídas ao longo do caminho e o poder do amor, nas suas mais diversas formas.

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