Nos últimos dez anos, a cultura pop ficou imersa e ansiosa com tudo que acontecia no Mundo Cinematográfico da Marvel. Com uma pretensão ambiciosa, a nova aposta da Disney dará inicio ao novo formato que permitirá a calma necessária para aprofundar seus personagens e desenvolver ainda mais suas tramas.
Wandavision trouxe uma nova fórmula de roteiro para os fãs da Marvel. Com o roteiro de Jac Schaeffer e dirigida por Matt Shakman, os primeiros episódios da série não agradaram muitos fãs da franquia. A jornada de Wanda após os acontecimentos de Guerra Infinita e Ultimato são mostrados a partir de uma realidade de sitcom, muito diferente da que conhecemos nos filmes, deixando os espectadores com dúvidas quanto ao rumo em que a história levaria.
Quando falamos de Marvel, os fãs já deveriam ter aprendido que nenhum movimento é feito sem cálculo. Já no terceiro episódio, onde temos uma ‘passagem de tempo’, a ambientação acontece em outro período e as referências visuais mudam, dando início ao que a série realmente quer nos mostrar: a realidade criada por Wanda.
A série é produzida com maestria em todos os seus detalhes e referências, porém, o que se destaca em todos os momentos da série, é a atuação de todos os personagens. Paul Bettany interpreta Visão de uma forma diferente do que vimos nos cinemas. Com cenas caricatas, cômicas e com expressões típicas das sitcons, até os fortes momentos dramáticos, Paul mostra todo seu potencial e traduz muito bem a humanidade do personagem. Kathryn Hahn, antiga conhecida da TV, que vive a vizinha de Wanda, mantém o alto padrão de atuação, fazendo com que nos apeguemos a sua personagem.
Protagonizando a série, Elizabeth Olsen domina todos os minutos de tela com sua interpretação impecável. A atriz consegue passar do drama a comédia sem dificuldade e nos passa cada sentimento da personagem com total verdade e fidelidade aos acontecimentos. Conforme os episódios se aprofundam na trama, os sentimentos de Wanda se tornam palpáveis para o público e transforma todos os episódios em um show de interpretação.
WandaVision foi astuta em muitos aspectos. As jogadas de marketing em trazer Evan Peters como Pietro, contar a origem de Wanda com o mistério necessário para teorias sobre Mefisto e introduzir realidades paralelas ao ponto de todos associarem a história com Doutor Estranho, foram os principais pontos para que seus fãs criassem um Hype nos episódios semanais e esperassem grandes revelações. Porém, a série conta a história de Wanda e aprofundou com muito respeito no luto de uma mulher que perdeu seus pais, seu irmão e o amor de sua vida, mostrando com cuidado como isso afetou sua mente.
O episódio final conta com cenas de ação bem coreografadas e dá início a história da Feiticeira Escarlate em sua total forma, mostrando mais uma visão que podemos ter sobre a personagem principal.
O fato é que WandaVision não se propõe a ter relações com as outras produções da Marvel. Por mais que os telespectadores estivessem esperando ansiosos para qualquer pista que levasse a entender como será a Fase 4 da MCU tivemos, no lugar, a introdução do Visão Branco e o paralelo mais profundo da Mônica, que podemos considerar como o único sinal de ligação com os próximos filmes da Marvel com a aparição rápida dos Skrulls, deixando mais próxima sua reaproximação com Carol Danvers.
Qual o futuro de Wanda?
Após destruir seu Hex e mais uma vez perder o Visão, além dos seus filhos, Wanda assume a forma da Feiticeira Escarlate e aparece em suas duas formas simultaneamente durante os pós créditos, além de aparecer estudando o DarkHold. Durante a cena, Wanda consegue ouvir os gêmeos pedindo socorro, nos deixando esperançosos para a introdução permanente dos personagens em um futuro próximo.
E ai, gostaram do final de WandaVision? O que esperam da fase 4 da MCU? Assista agora na DISNEY+.