Uma Razão para Viver traz a estreia de Andy Serkis, de franquias como O Senhor dos Anéis e Planeta dos Macacos, na direção. E já adiantamos: começou com tudo!
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Um filme com grande impacto emocional e ao mesmo tempo com alívio cômico na medida certa, Uma Razão para Viver consegue não ser ofensivo para alguém que se encontra em tal situação e ainda arranca lágrimas de quem o assistir.
Pode ter certeza que é a prova que a perfeição pode ser alcançada em qualquer filme, mesmo os baseados em histórias reais, que sempre querem mostrar, de forma cinematográfica, o mais próximo do longa aqui em questão.
Sobreviver
O filme conta a história de Robin Cavendish, interpretado por Andrew Garfield, inglês que foi infectado com polio quando ainda tinha 28 anos.
Ao invés de viver em estado vegetativo na cama, respirando por meio de aparelhos e alimentando a depressão de ficar o resto da vida deitado por meros três meses, ele se recusou, e com a ajuda de sua esposa, saiu do hospital e levou os equipamentos para a casa dele.
Com o tempo, foi feito uma cadeira de rodas com o aparelho respiratório embutido para que Robin possa ir para qualquer lugar e viver a vida, coisa que ele fez e aumentou sua expectativa de vida até os 64 anos, mas que também começasse as consequências do uso de aparelho respiratório e do sangue entrar em seus pulmões.
Nisso, Robin Cavendish têm seus aparelhos desligados, mas um grande símbolo para os infectados com polio, tanto que foi escrito um livro sua vida, que foi adaptado para os cinemas.
Drama cômico
O filme é produzido por seu filho Jonathan Cavendish, e dirigido por Andy Serkis, o eterno Caesar de Planeta dos Macacos.
Conseguiram fazer um filme que poderia ser rotulado como um filme muito triste, de grande sofrimento por causa da situação, tudo parecia ser um drama do início ao fim, muito pelo contrário, o filme possui grande alívio cômico.
Nada é relacionado a humor negro, isso que foi o mais genial, pois o que não falta na sociedade são pessoas tirando sarro de deficientes de forma pejorativa.
O início tem um desenvolvimento mais lento por mostrar um pouco de Robin Cavendish antes do polio, e como conheceu sua esposa, após essa pequena amostra da antiga vida dele, começa a batalha para provar que viver em uma cama até os últimos suspiros não passa de uma prisão, uma missão alcançada.
Experiência nas expressões faciais
O elenco foi muito bem no filme, Andrew Garfield foi perfeito no papel de Robin Cavendish e com certeza Andy Serkis deu algumas dicas para o ator nesse papel, pois como Caesar em Planeta dos Macacos, sua atuação dependeu apenas de expressões faciais. Com exceção dos efeitos especiais, Andrew Garfield provou o seu grande talento nesse filme.
Claire Foy fez o papel de Diana, esposa de Robin. No processo de levar o marido com os aparelhos para sua casa e cuidar dele, foi o pontapé inicial para atriz começar a aparecer mais que Andrew Garfield.
O filme é um drama/romance, mas todo o aperto que a esposa passa, consegue roubar a cena em muitas partes do filme. Como esperado nesse gênero, o casal têm que ser os protagonistas, fato que aconteceu, mesmo com as roubadas de cena de Claire Foy.
Razão para assistir
Uma Razão para Viver têm todos os requisitos para ser indicado em muitas categorias na academia, além de lançar Andy Serkis como diretor, não há grande publicidade para esse filme.
Uma obra de arte dessa que te faz rir e chorar no momento certo, apesar de parecer triste, e ser colocado como um filme drama/romance, ele consegue fugir desse gênero em várias cenas. Teve engasgos de choro.
Nenhum obstáculo é grande o bastante para pessoas ambiciosas, e Robin Cavendish provou isso na vida real quando teve polio ao 28 anos. Diagnosticado com uma expectativa de vida de três meses, contrariou a tudo e a todos, e elevou essa expectativa até seus 64 anos, se tornando um símbolo para todos os deficientes físicos.
Uma Razão para Viver têm tudo para conquistar o público e ser favorito em qualquer indicação da academia. Uma lição de vida que mesmo com qualquer dificuldade, é possível seguir em frente.