Super Marios Bros. – O Filme, dirigido por Aaron Horvath e Michael Jelenic, é uma animação norte-americana que diverte sem correr riscos narrativos, e se sustenta no clichê e referências para contar a história de como Mario resgata Luigi, seu irmão, do Reino das Sombras.
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Super Mario Bros. – O filme
Bowser invade o Reino Congelado a fim de roubar a Estrela para usá-la em seu aparente plano de conquista. No fim, ele a usa para impressionar Peach e casar com ela, o que já foi apresentado na série de jogos.
Independente da escolha narrativa, não haveria originalidade nesse quesito.
O filme, então, mostra Mario e Luigi que sonham em serem os melhores encanadores do mundo — algo que nem a própria família deles acredita. Até que ponto essa tentativa de gerar empatia funciona, eu não sei.
Tomados pela curiosidade, ambos os irmãos são sugados por um familiar cano verde e separados: Luigi vai para o reino de Bowser e Mario chega ao Reino dos Cogumelos e conhece a Princesa Peach, que tem um papel significativo na trama.
Trama
Diferentemente dos jogos, Mario conta com a ajuda de Peach, que muitas vezes é uma personagem mais interessante que o protagonista, para encontrar seu irmão, o bigodudo, em contrapartida a ajuda a derrotar Bowser.
A dinâmica dos personagens mostra uma Peach que não precisa do herói, na verdade o contrário é evidente: ela ensina o protagonista como usar o mundo encantado a seu favor e serve como espécie de tutora em vários momentos.
É interessante ter essa visão da personagem em uma mídia de maior acesso. É uma tentativa de mostrar ao público infantil, alvo da produção, a força da personagem e é um dos pontos positivos da narrativa.
Levando em consideração que estamos discutindo um filme infantil, é comum o vilão ser derrotado, mas não há sensação de real perigo. Mesmo em filmes para criança, é preciso mostrar um vilão ameaçador que só pode ser derrotado pela união dos personagens.
Em alguns momentos Bowser canta, em outros é apresentado destruindo tudo, mas não convence. Entretanto, o foco da produção não parece ser em contar uma grande história, tampouco mostrar um antagonista interessante, mas sim divertir pelo visual e referências.
Animação e visual
A animação e visual do longa-metragem foi feito pelo Illumination e Nintendo e é a parte que mais impressiona. A iluminação, movimentação de cabelos e pelos e como os objetos se comportam com a interação dos personagens é um deleite aos olhos.
Algumas cenas mostram referências ao estilo de plataforma dos jogos, mudando a câmera para um 2D com objetos de cena em 3D que mimificam fases dos jogos e mostram o cuidado na adaptação. Uma pena que foi usado tão pouco.
Passado metade do filme, é apresentada uma cena de corrida de kart que também demonstra um carinho extra por parte dos estúdios e encanta os fãs da série de corrida.
Som
Sons cativantes são uma necessidade nos jogos de plataforma e o material de origem não decepciona. O filme utiliza vários sons, como entrar no cano ou coletar um bloco, para trazer imersão ao público.
A trilha sonora fica por conta de Konji Kondo, conhecida pelas suas contribuições com os jogos da série e Bryan Tyler, experiente compositor da indústria cinematográfica.
Seja contribuições originais do jogo ou não, as músicas encaixam perfeitamente com as cenas e contribuem para a diversão visual.
Referências de Super Mario Bros
Talvez um dos aspectos mais esperados do filme são as referências aos jogos e a produção parece ter feito uma lista do que deveria estar presente. Desde referências diretas como “a princesa está em outro castelo” até objetos no plano de fundo, quem quer encontrar cada uma delas entrará em um parque de diversões.
Veredito
Super Mario Bros se propõe a encantar a audiência visualmente e fazer referências à série original, e entrega tudo e mais um pouco. Deslumbre é sensação causada ao acompanhar as sequências de ação e os planos gerais que apresentam o mágico mundo do filme.
Entretanto, a narrativa não se destaca e cai no clichê que estamos acostumados a ver ser replicado em Hollywood.