Hoje o SUCO está com uma entrevista super especial! Conversamos com o DJ Shateau sobre sua carreira, collabs com artistas brasileiros, inspirações e muito mais, que você confere mais abaixo.
Lee Mingu (리 밍구), mais conhecido como SHATEAU, é filho de pais coreanos, nascido no dia 18 de Junho de 1988 em Assunção, Paraguai. Morou até os 20 anos em sua terra natal, mas já passou pelo Brasil, Coréia do Sul, Japão, China, trabalhando como músico, produtor musical e DJ. Atualmente decidiu morar por tempo indeterminado no Brasil e segue trabalhando como produtor e DJ, inaugurando o seu mais novo estúdio de produção musical no bairro do Bom Retiro em São Paulo.
Para este ano de 2023, planeja produzir e lançar collabs com artistas brasileiros e pegar a estrada para se apresentar ao vivo pelo país. Seu trabalho mais recente é a faixa “Can I” em parceria com o influencer LEO HA (assista abaixo), lançada em dezembro no Brasil. Sem mais delongas, vamos com a entrevista!
É um prazer para o Suco de Mangá entrevistá-lo! Vamos fazer váaaarias perguntas para conhecer você e sua trajetória! Bora?
Comece se apresentando para aqueles que não sabem muito sobre você! Quem é SHATEAU?
Olá, tudo bem? Sou coreano, produtor musical e DJ ao mesmo tempo. Em 2022 eu me mudei para o Brasil para continuar minha carreira e conhecer mais pessoas de outros países, muito prazer!
Como foi o início da sua trajetória como artista?
Desde criança sempre gostei de ouvir música e tocar violão, depois dos 18 anos comecei a tocar como hobby e hoje estou na carreira musical há mais de 14 anos.
Qual foi sua maior dificuldade em seguir esse sonho?
Para produzir música, para começar você precisa de muitos equipamentos como microfone, caixa de som, interface de áudio e muitas coisas, por isso não é fácil produzir música do zero. No início demorei cerca de 4 anos para comprar tudo o que precisava para produzir música e começar a vendê-las.
Em qual momento você sentiu que sua carreira começou a deslanchar?
Quando comecei a trabalhar como ghost producer, tinha que produzir uma música por semana, eu recebia muita demanda de trabalho. Naquela época eu acho que já sentia que minha carreira estava indo bem.
Como foi sua experiência como ghost producer?
Até agora continuo trabalhando como ghost producer, gosto de trabalhar assim porque é muito diferente de produzir música para mim mesmo, às vezes tem que pensar nos ouvintes, tem que fazer música que os ouvintes gostem, mas como ghost producer é para fazer música já dentro de um conceito/formato que eles pedem de você. Então existem vantagens e desvantagens também.
Inclusive, você trabalhou como produtor em diferentes países da Ásia (Coreia do Sul, Japão e China). Como foi a experiência?
Não tem muita diferença, o trabalho que faço não é nada diferente, só o país e as pessoas são diferentes, mas gosto de trabalhar em vários países. Isso faz com que você possa vivenciar a cultura, a comida e as pessoas daquele país, é uma experiência incrível.
De todos os segmentos que você já produziu (indie, eletrônico, hip-hop…), qual você mais gostou de produzir? Por quê?
Gosto de produzir músicas mais lentas como R&B e Hip Hop, porque é mais fácil para mim fazer esse tipo de música e é o gênero que mais ouço nos meus dias livres.
O que te inspira na hora de produzir música?
Agora é muito difícil ter uma inspiração para produzir uma música que eu venho trabalhando há muito tempo. Às vezes você tem que fazer uma música que te pedem já dentro de um “molde”, mas quando não tenho ideias para fazer música, na maioria das vezes vejo muitos filmes e assisto desenhos para me inspirar.
Vimos que você teve/tem parcerias com influencers e artistas como SPAX, Bruninho Vapo e LEO HA, que são bem populares entre k-poppers e o público em geral que consome a cultura asiática aqui no Brasil. Conta para a gente: como foi trabalhar com cada um deles?
Para começar, me encontrei com os três no próprio Brasil, conheci SPAX, Leo Ha e Vapo em São Paulo, na época da pandemia, em 2020.
Spax era amigo de um amigo meu, Vapo morava no mesmo prédio que eu e o Leo, nós trabalhávamos juntos.
Spax sendo um ex idol é muito humilde, talentoso e muito profissional. Quando voltamos para a Coreia juntos acabamos lançando mais de cinco músicas e até agora fizemos mais de dez faixas colaborativas.
Vapo teve muita sorte, mas parece ser um artista em ascensão, tem muito talento e sabe ser profissional, ser um verdadeiro artista. Quando ele quer fazer alguma coisa termina fazendo muito bem, seus trabalhos são literalmente Hip Hop em sua maioria.
Leo Ha, agora no Brasil nos encontramos quase todos os dias, é um artista e irmão muito bom, estamos trabalhando em várias faixas que finalmente serão lançadas esse ano.
Sobre a faixa Can I, em especial, que foi o lançamento mais recente: como foi produzir a música? Conta pra gente, em detalhes, todo o processo desde a ideia até a produção e divulgação.
Às vezes produzir música não é muito complicado. Em 2019 terminei de compor e gravar essa faixa, era para lançar em meu próprio nome, mas depois de ouvir a música, o Leo me disse que queria cantar e gravar essa faixa. Fizemos uma demo com a voz do Leo e achei melhor que a minha versão, mas no final, depois de terminar a gravação, a pandemia piorou e tive que voltar para a Coreia de novo. No ano passado voltei para o Brasil e a primeira coisa que fiz foi lançar “Can I”.
Ficamos sabendo que você tem intenção de fazer colaborações com artistas brasileiros! Adoramos a ideia! E aí, você tem algum artista em mente?
Estou preparando collabs com artistas brasileiros, mas no momento ainda estou procurando porque ainda não conheço muitos artistas brasileiros, mas um dia boas collabs vão sair, eu prometo (risos).
O que podemos esperar de você daqui para frente? Algum spoiler?
No momento estou planejando uma festa para o lançamento do +82Label (meu próprio selo audiovisual). Em maio está agendado o videoclipe da minha música nova e em breve vão sair várias collabs com artistas coreanos, japoneses e brasileiros também.