Uma recontagem de Pequena Sereia? Não. Uma versão chinesa de Ponyo? Também não. Tem haver com Tim Burton? Nananinanão. Entre aparentes semelhanças e diferenças, a animação O peixe grande e Begônia (Bigfish & Begonia) já está disponível Netflix. E nós demos uma conferida para ver do que se trata.
Inspirações
O filme é inspirado no clássico chinês taoísta Zhuangzi (ou Chuang-tzu), que consiste em uma série de anedotas datadas de 476–221 a.c.. Os diretores Liang Xuan e Zhang Chun se dedicam ao projeto desde 2004, que primeiramente foi lançado como um curta online independente.
No entanto, apenas em 2007 sua produção teve início oficial com um investimento mínimo. Em 2009, o script foi finalizado, mas seus fundos logo acabaram. Apesar do aparente interesse de muitos investidores no universo de fantasia, poucos acreditavam que a animação vingaria. Eis que em 2013, Liang postou o projeto na plataforma chinesa Weibo e, aos poucos, ganhou força e despertou o interesse da mídia.
Simbologias
Mesmo com todas as dificuldades, os diretores não abandonaram o sonho em que almejavam criar uma animação capaz de tocar e inspirar os espectadores – principalmente, o público jovem – na busca de amor e fé.
A história de como O peixe grande e Begônia chegou às telinhas é bem simbólica, no que diz respeito a persistir em seus sonhos e construir seu próprio caminho. Não surpreende que o enredo traga em si essa mesma determinação de seus criadores. Entre mitos e contos orientais, conseguimos nos conectar com as lições que existem ali.