Para você que acompanha a página do SUCO – principalmente a do Facebook – sabe que estamos sempre postando e divulgando o trabalho de diversos artistas do cenário nacional e também internacional.

Nada mais justo que conhecer um pouco de cada um deles não é verdade? Há um tempo atrás, tivemos com Max Andrade.

“O desenho sempre esteve muito incluído na minha vida”

Olá! Fale um pouco de você e de como começou a se interessar por ilustração

Então, olá, sou a Nathalia (risos) Eu sempre gostei de desenhar e sempre soube que faria alguma coisa relacionada a desenho. Na escola, enquanto as pessoas conversaram e beijavam, eu desenhava.

Minha mãe tinha que me mandar parar de desenhar para eu estudar; engraçado que hoje em dia, estudo para mim é justamente sinônimo de desenhar.

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Lagertha, de Vikings, por Nathalia Gomes (Imagem Divulgação)

Sobre ser ilustradora isso eu descobri recentemente, mais ou menos no meio da minha faculdade. Eu sou formada em Pintura, pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Na faculdade eu não fazia a menor ideia do que eu ia fazer com minha formação, até porque essa faculdade não nos prepara em nada para o mercado.

Aprendi a pintar à óleo mas não via muito futuro para isso, pois sempre fui mais clássica; Nunca gostei da arte moderna e contemporânea. E então, um casal de amigos, ambos ilustradores, me falaram sobre pintura digital, e eu amei!

Aprender a pintar no Photoshop foi por meio de tutoriais e de ajuda desses amigos, aplicando todo meu estudo de mais de 5 anos em pintura tradicional. E isso foi fundamental. Sempre aconselho a estudarem a parte tradicional, desenho à carvão, modelo vivo, antes de iniciar no digital.

Ainda guarda seu primeiro desenho?

Isso é difícil porque eu desenho desde que me lembro por gente. Sem querer ser pretensiosa, mas é fato, minha brincadeira favorita sempre foi desenhar, desde pirralha. O desenho sempre esteve muito incluído na minha vida.

Então tenho milhares de artes antigas, de várias épocas e fases, não saberia dizer qual foi meu primeiro. Talvez nessa nova fase eu possa considerar meu primeiro desenho digital. Que eu não mostro para ninguém (risos)

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Jon Snow, de Game of Thrones, por Nathalia Gomes (Imagem Divulgação)

Quanto ao processo de produção, há um local especial ou uma música que gosta de sempre estar ouvindo? 

Bom, meu workplace é bem simples. Talvez meu xodó seja meu monitor de 24′ ligado no meu notebook meio surrado e minha tablet bamboo, que foi a minha primeira mesa digitalizadora, presente do meu pai (ele jamais imaginou que isso ia chegar tão longe rs), que eu só troco se quebrar.

Música: quando eu lembro de colocar, gosto de ouvir música celta, depende no clima e da obra. Já pintei cantando Faroeste Caboclo e  Disney. (Risos)

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Elsa de Frozen, por Nathalia Gomes (Imagem Divulgação)

Quais suas maiores inspirações?

Tenho uma lista de artistas que me inspiram, desde grandes Mestres da pintura à ilustradores, tais como Rembrandt, Caravaggio, Frank Frazetta e Jaimes Jones. Almejo trabalhar para empresas grandes, até mesmo em Hollywood, para cinema e jogos.

Quando criança, qual era o seu desenho animado favorito?

Difícil dizer um só rs Além dos clássicos Disney, quando criança eu era fã de anime e mangá, cresci com Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíaco e Digimon (sempre gostei mais do que Pokemon rs).

Até minha adolescência assistia muita coisa, hoje em dia leio um mangá ocasionalmente, principalmente os históricos como Vagabond, cujo traço é maravilhoso.

Tem contato com animações japonesas e mangás? Há uma preferência? Qual?

Ah, praticamente respondi na pergunta de cima (risos). Meus desenhistas favoritos são Takehiko Inoue, Rumiko Takahashi e Nobuhiro Watsuki. Rurouni Kenshin marcou minha adolescência.

“Tem muita coisa boa no nosso país, falta apenas um empurrãozinho para esse mercado ficar mais em evidência”

Para finalizar, planos futuros? Projetos à vista? Algo que pode nos contar? Parabéns pelo trabalho! 😀

Estou começando uma turma online na escola N-PIX, estou bastante animada com esse projeto, já lecionei por mais de um ano em aula presencial, e gosto bastante.

Como freelancer, estou participando de diversos projetos na literatura nacional, acho incrível como esse mercado expandiu recentemente, e tem muita coisa boa no nosso país, falta apenas um empurrãozinho para esse mercado ficar mais em evidência.

Um projeto que posso anunciar é um livro que estou fazendo em parceria com meu namorado, co-autor da trilogia O Príncipe Gato (editora Novo Século). Trata-se de uma crônica de fantasia inspirada principalmente na mitologia nórdica, a previsão do lançamento está para o final do ano que vem, eu estou muito animada com esse projeto!

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Ellie de Last of Us, por Nathalia Gomes (Imagem Divulgação)

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