Tubarão foi um dos primeiros filmes que brincavam com a natureza monstruosa dos animais e arrecadou milhões, tornando-se um clássico e criando o gênero dos filmes de tubarão. Após seu lançamento, muitos outros tentaram continuar o legado de um filme divertido, assustador e que deixa o expectador tenso e apreensivo, porém, todos falharam.
A franquia até mesmo ganhou uma versão cômica, satírica e extrema chamada Sharknado, que conquistou seu próprio público – porém, quando o assunto é filme de tubarão, parece que o legado começou – e terminou – ainda em 1975 com o sucesso de Steven Spielbeg.
Ou será que não?
THE MEG, ou Megatubarão, é uma obra que tem sua origem semelhante ao clássico dos anos 70, os dois nasceram de livros. Enquanto Tubarão foi inspirado por Jaws de Peter Benchley (1974), Megatubarão é baseado em Meg: A Novel of Deep Terror, de Steve Alten (1997).
Mas se você for fã do livro, mantenha-se longe das telonas, o longa pouco tem a ver com a ficção científica da década de 90, Megatubarão se aproveitou da premissa curiosa para fazer uma junção entre os filmes de tubarão e os clássicos de ação, colocando em cena Jason Statham para deixar isso bem claro.
Vale a pena?
Se você gosta de filmes de monstros gigantes, sim! Mas não leve o filme a sério, ele não pretende – e nem tenta – dar razão ou explicação ao seus desfechos.
O filme é uma série de cenas de ação, uma atrás de outra, que divertem, instigam, te fazem pular da poltrona e geram um clima de tensão que não te faz roer as unhas, mas prende durante todos os 113 minutos de filme, o que é bastante tempo considerado a média dos longas atuais.
Além disso o filme é uma coprodução Chinesa-Americana, e é muito bom ver na tela atores que fogem dos clássicos americanos-branco. O filme é bem feito, com bons efeitos, uma trilha sonora empolgante e atuações que convencem, por mais que sejam estereotipadas em sua maioria (faz parte da forçação de barra que eles fazem para não serem levados a sério).
Entrega o que promete?
Muitas pessoas reclamaram que esperavam algo mais verídico ao ver o trailer, porém, eu – desde o anúncio do filme, já esperava que seria algo escrachado e pouco real como foi a obra. Toda a sinopse é muito fantasiosa, os adventos não têm explicação, e o roteiro é bem de filme B.
Porém, o filme nunca tentou ser algo sério, muito pelo contrário, ele desde o inicio deixa bem claro que está ali criando uma experiência de entretenimento puro entre ação, comédia e tubarões gigantes, e não uma hipótese científica que trabalha com o desconhecido do oceano (abordagem essa do livro), e ele consegue fazer o serviço com a visão do cinema.
Recepção Mundial
Com estreia simultânea nos Estados Unidos e na China, o filme obteve em sua maioria críticas positivas, sendo considerado um grande filme-B, outros – porém – o viram como morno, e não bom o suficiente para divertir.
No Brasil, apesar de filmes do tipo não terem muita abordagem, o longa teve um grande investimento em marketing com campanhas na televisão, rádio e redes sociais – ainda assim – as salas não lotaram, e logo o filme saiu de circulação da maior parte dos cinemas (ainda pode ser encontrado em um local ou outro), uma tremenda pena porque os efeitos 3D na tela grande ficaram sensacionais, e a trilha sonora nos altos falantes me deram grandes sustos.
Análise Final
Se você procura algo mais cabeça e que tenha fundamento, nem saia de casa. Mas se estiver atrás de uma diversão que não exija muito, que seja mais explosões e bichos gigantes pulando do mar, mergulhe (literalmente) nessa! Megatubarão é divertido, familiar e tenso na medida certa para aproveitar um final de semana.
https://www.youtube.com/watch?v=hgwycIPilI0