Lost in Random. Tá aí. Este é um título que não estava esperando NADA, e que veio como uma grata surpresa. Distribuído aqui no Brasil pela EA, foi desenvolvido pelos suecos da Zoink Games (Fe, Stick it to The Man!) e traz um conto de fadas gótico e sarrista, em meio a um adventure com toques de RPG.
Apesar do game ser curtíssimo – talvez em “uma sentada” você zere – trago, literalmente, as primeiras impressões que tive ao adentrar no reino de Random. Lost in Random é aquele clássico exemplo de um jogo “indie” com retoques de AAA. Vamos entender um pouco mais dele? Não esquecendo, este é mais um conteúdo criado graças a nossa parceira Nuuvem, que disponibilizou o jogo pra gente.
Um conto de fadas aleatório
O reino de Random é um lugar soturno, de design cabuloso e bem Tim Burton. Ali, seu povo é governado por uma rainha e mais: suas decisões são através da rolagem dos dados. Nada ali é tão altruísta; e sim, você está preso a Sorte (ou Azar), ou melhor, a Aleatoriedade.
Durante a gameplay, damos uma volta por seis regiões, cada uma referente a um lado do dado, e como se não bastasse a criatividade de seu design, sua história também é uma homenagem ao humor britânico, creio eu, com aquele tom de eloquência sarcástica. Essa mistura traz uma sinergia tão bacana e a sensação é nítida de estarmos jogando um conto de fadas animado.
Experiência e Surrealismo
Durante a jornada onde controlamos Even em busca de salvar sua irmã, Odd, conheceremos diversos personagens estranhões, calabouços bizarros em suas formas surrealistas e claro, travaremos combates contra enormes aranhas mecânicas e inimigos desafiadores; por aqui, é bom ter as melhores cartas no baralho para fazer combos poderosos…
Creio que o ponto forte de Lost in Random, seja de fato em sua narrativa, pois na questão da jogabilidade, ele é bem simplista, linear e muito condizente com o gênero ADVENTURE – apesar de ter elementos de RPG. As cidades e regiões, são “abertas”, mas quase sempre em direção ao próximo objetivo: na real, é muito difícil “se perder” em Random – curtiu o trocadilho, não é?
Itens ocultos? Existem! Missões opcionais? Existem também. Sinceramente, aconselho em sua primeira jogatina, seguir diretamente as missões principais, já que muita mecânica você acaba aprendendo durante o caminho e certamente você deverá ter esquecido um item lá atrás. Há backtracking, mas talvez essa questão de ficar vasculhando tire um pouco do foco da imersão que o jogo quer trazer – recomendo farmar numa segunda jogatina.
E rolem os dados…
Com um foco mais em narrativa que em combates, Lost in Random vai agradar quem quer uma boa história, identidade única e carismática. Alguns combates me incomodaram aqui e ali, porém as batalhas contra chefes se tornam desafiadoras e muitas vezes divertidas – principalmente por suas mecânicas.
Não há muita variedade na sua jogabilidade, mas entendo que não deve-se criar algo muito complexo num jogo de 6 ~ 10 horas e voltado a uma faixa etária mais jovem. Por sinal, este item me incomodou, já que não há localização em português-brasileiro (nem áudio, e nem texto), o que pode afastar o público mais infantil.
Disponível para todas as plataformas, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch e PC (Windows), Lost in Random vale o Gole, a jogatina e as rolagens de dados. Random Rules!