Toy Story já está beirando na porta dos trinta anos de sua estreia, um filme que deixou um legado enorme para uma geração tornou-se a referência para uma nova obra cuja a qual pode ser considerada um filme anterior ao original, Lightyear conta a história do mais lendário patrulheiro espacial que se tornou um dos brinquedos mais vendidos dentro do universo Pixar; Entretanto o mais novo filme não faz jus ao que foi a franquia e não só tropeça, como despenca para o limbo de uma obra esquecível.
Tudo bem, podem falar que é outro filme, que tem que desvincular da franquia Toy Story e que a mudança de dublador do Buzz (Lightyear) é porque Guilherme Briggs faz a versão brinquedo e Marcos Mion faz o patrulheiro em carne e osso, tirando tudo isso, o que sobra?
Lightyear trabalha muitas referências e poucos momentos emocionantes, fazendo do conjunto da obra uma casca bonita e oca, uma história muito mal trabalhada em desenvolvimento e existe uma extrema dificuldade para se apegar aos personagens, eu disse difícil, não impossível, acredito que o filme quis pegar muito no saudosismo, mas passou muito longe de seu objetivo e ele se torna uma obra extremamente fraca e decepcionante.
Não estava com grande expectativa desse filme e saí da cabine bem decepcionado, acredito que a obra dividirá opiniões, pois de pontos positivos podemos apontar o gato robô que está sendo usado em todo marketing do filme e a parceira de Buzz Lightyear. Sem dúvida ambos os personagens são os pilares que sustentam toda parte cômica, carismática e emocional do filme, e reforço por causa da maior decepção que foi vista aqui, e o dito cujo intitula o filme.
A dublagem de Marcos Mion está excelente, ele foi muito bem e você compra ele como a voz de Buzz ali; sem dúvida cumpriu seu papel com maestria, mas o personagem em si é sem sal, zero carismático, o que poderia trabalhar sues defeitos de ser um personagem completamente orgulhoso, se tornou uma presença completamente incômoda e muito chato, ao decorrer da trama, outros personagens são apresentados mas muito mal trabalhados, mesmo assim eles se sobressaíram muito mais do que Buzz Lightyear; eu posso estar sendo muito rigoroso em minhas palavras, mas todo esse filme, em todos os aspectos, foi uma má ideia.
Lightyear soube maquiar isso com a fofura do gato e o carisma dos secundários, pena ser muito pouco para sustentar o filme em si, porém toda a trama rasa e óbvia demais pode passar desapercebido caso se divirta com o filme, isso ainda é algo que o pessoal da Pixar sabe trabalhar bem, mas jogar uma obra dessa na mão de um diretor que tá acostumado com curtas talvez não tenha sido uma boa ideia, Angus Maclane já não foi tão bem em Procurando Dory, aqui não se mostrou a melhor escolha para dirigir um filme desse patamar com uma carga emocional desse tamanho, faltou arroz e feijão para que o filme pudesse ser pelo menos mediano.
Lightyear terá seus defensores, como dito, o filme não é de todo ruim, mas lhe falta muito para se chamar de bom, fraco e raso definem o conjunto da obra que poderia se limitar a um blockbuster divertido, mas toda beleza visual e comicidade tenta maquiar a trama ruim na mão de uma direção fraca. Se ele pegará os mais fanáticos pelo saudosismo, só o tempo dirá, mas não irá apagar a decepção cinematográfica que foi nosso querido patrulheiro espacial em sua rasa história.