O Allianz Parque, em São Paulo, foi palco de uma celebração épica do heavy metal no dia 7 de dezembro de 2024, reunindo dois gigantes do gênero. A noite começou com o retorno aguardado do Volbeat ao Brasil, marcando seu reencontro com os fãs após seis anos, em um show cheio de energia e riffs cativantes. Já o Iron Maiden, lendário headliner da noite, entregou um espetáculo digno de sua reputação, mesclando clássicos e surpresas emocionantes, como a estreia ao vivo de Alexander The Great em solo brasileiro.
Entre momentos de pura nostalgia e despedidas marcantes, como a última apresentação de Nicko McBrain como baterista da Donzela de Ferro, o evento se consolidou como um marco na história do metal. Um verdadeiro presente para os fãs, que vibraram com cada nota e cada emoção compartilhada no palco.
Volbeat: Retorno Triunfal
Depois de seis anos de ausência, a banda dinamarquesa Volbeat voltou ao Brasil na sexta e sábado, 6 e 7 de dezembro, com performances que eu já estava acostumado a ver em vídeos na internet – impecável. A apresentação, parte da turnê de abertura para o lendário Iron Maiden, marcou o retorno da banda aos palcos após um longo hiato desde 2023 e trouxe um setlist com faixas que abarcaram toda a carreira do grupo.
A noite começou com “The Devil’s Bleeding Crown”, do álbum Seal the Deal & Let’s Boogie, um dos mais representados na apresentação com quatro músicas. Apesar da falta de telões e cenário, a banda compensou com som impecável e uma energia contagiante, especialmente pela presença marcante de Michael Poulsen, que usava uma camisa do álbum Beneath the Remains do Sepultura, mostrando sua conexão com o público brasileiro.
O setlist mesclou hits como “Lola Montez” e “For Evigt”, levando o público à loucura com riffs pesados e refrões melódicos. No entanto, músicas como “Let it Burn”, favoritas de fãs como eu, ficaram de fora. Ainda assim, a performance de “Shotgun Blues” e “Still Counting” trouxe o peso e a emoção que caracterizam o Volbeat.
Com uma apresentação poderosa e que conquistou novos admiradores (espero e foi o que senti), fica a esperança de que a banda retorne mais vezes ao Brasil. Adoraria de ver um show standalone da banda. Quem sabe na turnê do próximo álbum?
O Show da Donzela
A noite começou em alta com Caught Somewhere in Time e Stranger in a Strange Land, representando o álbum Somewhere in Time de 1986, um dos pilares da turnê. A energia ainda transborda de Bruce Dickinson e o trio de guitarristas – Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers – estavam se divertindo, enquanto Steve Harris dominava o palco com seu baixo inconfundível.
O setlist trouxe surpresas como The Prisoner e Heaven Can Wait, além da épica Alexander The Great. Essa última foi um marco na apresentação, arrancando lágrimas e coros emocionados do público. A teatralidade característica da banda foi representada pela aparição de Eddie, que duelou com Bruce Dickinson, criando um dos momentos mais emblemáticos do show.
Iron Maiden – The Prisoner pic.twitter.com/GgiQ1tsfbE
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🍹Iron Maiden – Alexander the Great pic.twitter.com/PbuVkb3Pe7
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Despedida de Nicko McBrain
Porém, o clímax emocional veio com a despedida do lendário baterista Nicko McBrain, que revelou na noite anterior (6) que esse seria seu último show com a banda. A plateia o homenageou com cantos e cartazes, enquanto ele jogava baquetas e peles de bateria para os fãs.
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Ver Nicko se despedir foi um misto de gratidão e saudade, um momento que ficará marcado na história do Maiden e em nossos corações.
Considerações Finais
O Iron Maiden entregou mais do que um show; foi uma celebração da história do heavy metal. Com The Trooper e Wasted Years encerrando a apresentação, ficou claro que, mesmo beirando os 70 anos, a banda ainda é uma força inabalável nos palcos.
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Iron Maiden – Wasted Years pic.twitter.com/qZkarktCNZ
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A despedida de Nicko McBrain e a estreia ao vivo de faixas como Alexander The Great garantiram que essa noite fosse mais do que especial – foi lendária, mais uma vez.
Vídeos por José Renato.