Quem aqui gosta de uma boa história do avô, sentar para ler um conto de fábulas ou mesmo aquela história absurda daquele seu amigo que foi viajar? Acho que todo mundo, não é?
Eis que estava num dia desses, perdido no mundo das interwebs e me deparo com o trabalho da GAROTA DESDOBRÁVEL.
Há! Minhas lembranças ganharam cores mais vivas… desbravei o universo desta videocontadora de histórias, se é que posso chamar assim. Então, vamos conhecer um pouquinho da Bianca Mól.
“De início, achei que não ficaria legal, morria de vergonha de aparecer, de usar minha voz… E hoje não me vejo fazendo outra coisa!”
Conte-nos um pouco sobre você, sobre a Bianca Mól.
Tenho vinte e três anos, me formei em Comunicação no ano passado, sou do Rio de Janeiro e amo contar histórias! Desde pequena sou apaixonada por escrever e desenhar…
Se não desenhava – fosse em uma folha de papel canson, fosse na última folha do caderno -, escrevia. Tive blogs por muito tempo, além de manter diversos diários (sim! Físicos mesmo!) até meus vinte, vinte e um anos.
Por muito tempo gostei de diversas áreas, sendo todas ligadas à arte. Acreditava que deveria escolher uma, e isso era uma tortura! Quando, enfim, comecei a conciliar vários campos que gostava – o desenho, a escrita, o audiovisual -, descobri o que realmente amava.
No mais, me considero super simples. Diversão pra mim é algo facilmente conseguido em casa com uma caixa de lápis aquareláveis, um livro, um filme na Netflix ou um videogame. Acho que é a vida que quero pra mim! 🙂
Lembra-se da primeira história que ouviu e do primeiro livro que ganhou?
Essas perguntas foram super difíceis! Bem, eu não lembro ao certo qual foi a primeira história que ouvi, mas não tenho a menor dúvida das duas que mais marcaram a minha infância: “Bela e a Fera” e “Aladdin”. Minha mãe acha que vi umas 400 vezes o VHS e eu tenho certeza que vi até mais!
Quanto ao primeiro livro… Lembrei de vários “possíveis primeiros”. Mas o que me parece mais antigo foi um “João e Maria”, da Coleção Joinha. Eu morria de medo da história (até hoje acho BEM macabra, pra falar a verdade), mas confesso: Adorava o livro só por causa de uma capa holográfica mega colorida!
Quando e como foi o processo para a criação do canal do YouTube?
Foi em fevereiro deste ano! Sempre gostei de desenhar e de escrever… Mas não desenhava há quatro anos, mais ou menos, por causa do trabalho, da faculdade… Até que, em uma madrugada, do nada bateu uma vontade absurda de sair fazendo rabiscos no papel.
Cerca de duas semanas depois, fiz um vídeo filmando o processo, e publiquei no YouTube. Depois de editado, minha mãe sugeriu que eu narrasse uma das minhas crônicas sobre os vídeos.
De início, achei que não ficaria legal, morria de vergonha de aparecer, de usar minha voz… E hoje não me vejo fazendo outra coisa! 🙂
Já teve contato com as lendas, desenhos e animações nipônicas?
Já sim, claro! Sou apaixonada pela cultura japonesa. Cresci vendo vários animes, li inúmeros mangás que minha irmã comprava e até tentei, quando criança, entrar num curso, para aprender a desenhar mesmo mangá.
Esperava chegar fazendo meninas com roupas de colegial, olhão, cabelos coloridos e espadas gigantes… Bem, na verdade me botaram na primeira aula pra copiar uma cesta de frutas. Eu diria que foi BEM chato pra uma menina de 10 anos, mas hoje tenho 23 e acho a mesma coisa!
Não tenho mais o costume de ver animes, mas sou fascinada pelo trabalho de diversos ilustradores japoneses! Isso sem falar dos filmes do Hayao Miyazaki… “A Viagem de Chihiro” é, para mim, uma referência para a vida toda.
Garota Desdobrável pode virar um livro?
Sem dúvidas! Na Bienal do Livro do ano passado, falei pra mim que, em 2015, voltaria como autora.
A gente pode sonhar, né? Tanta coisa na minha vida mudou, de lá pra cá… Mas esse desejo não: é ainda algo que quero bastante e penso, quem sabe, para o próximo ano!
Para finalizar, há planos e projetos vindo aí? Tem algo que pode nos contar?
Para o futuro as ideias são infinitas! O principal plano – que é mais um sonho – é ter um estúdio próprio, com uma equipe que me ajude no desenvolvimento dos filmes. Isso sem dúvidas agilizaria o processo, permitindo que mais vídeos fossem feitos em um espaço de tempo mais curto, além de, claro, ganhar bastante na qualidade!
“Se colorir um pouquinho a vida de alguém, já saio ganhando!”
Mas, pensando nos próximos meses, quero fazer uma série com uma das minhas personagens, a Nina, que aparece pela primeira vez em “O primeiro mar“. A intenção é que o espectador se identifique mais com os personagens, se envolva mais com as histórias… Espero que funcione! Se colorir um pouquinho a vida de alguém, já saio ganhando! 🙂
Beijos e obrigada!