Em um lugar sereno corrompido por raízes avermelhadas o player se torna Maya em um puzzle 3D lançado pela Pathea Games, produtora conhecida por My Time at Portia, em uma narrativa onde é necessário colocar em ordem flashbacks desorientados para compreender o que aconteceu com o mundo. Este é Ever Forward.

O game se divide em três partes. Exploração, onde é possível caminhar livremente por um cenário relaxante que serve de plano de fundo para a escolha das fases. Os puzzles, que que servem como quebra-cabeça para a terceira parte, os flashbacks, e assim entender a história. Uma parte encaixa-se perfeitamente na outra.

A maior parte da história se passa em uma espécie de simulação, em um ambiente muito menos amigável que a praia. E é nesse ambiente onde o game te desafia com puzzles para chegar aos flashbacks. Com movimentos limitados a andar, jogar e pular, o player é desafiado a usar a criatividade para solucionar como percorrer os níveis.

Gradativamente mais difícil o jogo apresenta a cada nova fase uma característica nova no cenário, como elevadores, plataformas ou paredes que impossibilitam a passagem e essas decisões de design atrelando-se ao fato da personagem ser uma criança, gera a sensação de cuidado e medo no jogador.

ever forward

O cuidado com o visual do jogo, tanto na praia quanto nos cenários de puzzles, se destaca. Cores bem definidas representam hora a necessidade de calmaria, hora a representação de dificuldade e perigo.

A beleza visual, no entanto, se perde nos momentos de flashback, o que é decepcionante já que a parte principal é entender o que acontece com o mundo e como chegamos até ali e durante os flashbacks perde-se a beleza geométrica dos puzzles ou a tranquilidade da praia.

ever forward

Outra ressalva ao game é o fato dos puzzles não serem lineares, ou seja, não se tornarem mais difíceis conforme a narrativa caminha para o clímax. O player tem a liberdade de escolher quais puzzles fazer e por vezes é possível se encontrar em uma fase mais fácil ou mais difícil que não corresponde a emoção da cutscene que vem a seguir.

A necessidade criada no player de descobrir o que vem a seguir, com base no ar de mistério que a narrativa gera, é o ponto alto do game que entrega ao final de cada puzzle exatamente o que o player precisa e a curiosidade que nos foi provocada, é suprida. Um bom puzzle game.

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REVIEW
Ever Forward
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Rodrigo Folter
Jornalista gamer ou gamer jornalista, as duas características costumam se entrelaçar. Nasci em São Paulo e morei alguns anos no litoral antes de voltar à capital e me formar em Comunicação Social pela FIAM-FAAM. Crio conteúdo sobre games, cinema e tecnologia desde 2017 e fui co-autor do livro "Cinema Virado ao Avesso: Erotismo, Poesia e Devaneios", além de palestrar em algumas universidades de vez em quando.Nas horas vagas estou jogando viajando, jogando Overwatch, LoL ou brincando com meu gato.
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