Está procurando um filme leve, divertido e com bastante confusão? Então, esteja preparado para assistir a comédia “Em Guerra com o Vovô“! O filme estrelado por Robert De Niro, que faz o papel do vovô Ed, e Oakes Fegley, que faz o papel de Peter, convida os espectadores a refletir sobre o significado da família e as diferentes etapas de nossas vidas. Tudo isso entre boas risadas, de um jeitinho leve, capaz de aquecer nossos corações.
Logo de início, o filme já começa mostrando a mudança de vida que Ed e Peter estão passando. Ed é convencido pela sua filha, Sally, a ir morar com a família para que suas necessidades sejam melhor atendidas já que sua idade está avançada; Enquanto isso, Peter muda de escola, e perde o posto de mais velho para o mais novo, tornando-se alvo fácil de valentões. Logo depois, perde também o próprio quarto para o seu avô Ed. E é aí que a confusão começa: Peter declara guerra a seu avô por bilhete (que guerra se inicia através de um bilhete?), para conquistar o seu território de volta. E embora o vovô, inicialmente, ignore por ser um bilhete, é no primeiro ataque ao seu novo quarto – e às suas lembranças de vida – que a guerra têm seu início oficial!
Conflitos que terminam com um “Eu te amo” são bastante incomuns em guerras, mas é o que vamos ver em quase todas as cenas entre os dois. Mesmo com um atacando o outro, os dois demonstram muito amor e têm momentos juntos capazes de arrancar sorrisos cheios de ternura da gente. Quando em guerra, os dois só têm duas regras, e a principal, que é sobre não afetar os patrimônios e os membros da família, é rompida em quase todas as cenas; Sally, a mãe; Arthur, o pai; Mia, apaixonada por Russell, e Jenni, apaixonada pelo natal, que são as irmãs de Peter, sempre acabam sofrendo as consequências dos ataques entre avô e neto.
Tanto Ed quando Peter têm seus “conselheiros”, e fazem suas consultas antes de cada ataque. Peter é aconselho pelo seus amigos Steven, o menino que sofre nas mãos da irmã mais velha, que faz questão de marcar presença em cada reunião dos quatro, só para constrangê-lo; Billy, que passa batido dos valentões (além de ter uma cobra bem legal como pet) e Emma, a menina inteligente do grupo. Já Ed recebe conselhos de Jerry, o idoso que tem uma casa no melhor estilo playground; Danny, o senhor garanhão, e Diane, a não tão senhora que alega também ter uma neta “que é um chute no saco”. Sendo quatro crianças e quatro idosos, será que vai rolar um enfrentamento entre a primeira idade e a terceira idade? Sem spoiler!
Personagens apresentados e contexto dado, agora resta falar sobre as reflexões que o filme, sem dúvidas, traz em sua trama.
“Idosos são como crianças?“, em várias cenas podemos ver o cuidado de Sally com seu pai Ed, quase que o tratando como um de seus filhos. Com atitudes rebeldes, o vovô se mostra irredutível em vários momentos ao lidar tanto com pessoas de fora da família, quando com sua filha, trazendo confusões divertidas. Além disso, ele e seus amigos, assim como Peter e seus amigos, dedicam a maior parte de seus momentos para lazer e diversão.
As diferenças entre a primeira idade e a terceira idade são apresentadas com bastante sutileza. Talvez, as únicas diferenças entre Ed, Peter e seus respectivos amigos, seja o fato de que a terceira idade é aposentada, não precisa estudar e têm uma enorme carga de experiências pois já passaram pela maior parte de todas as etapas da vida, enquanto a primeira idade precisa estudar e projetar um futuro.
A linha tênue entre o início e o final de uma vida, onde ambas as idades têm a necessidade de um cuidado especial supervisionado por alguém da família, neste caso, por Sally, traz a reflexão do quanto idosos e crianças são semelhantes; Mas não iguais! Ed ensina muitas lições a Peter, mesmo em meio a uma guerra.
“Uma família faz sacrifícios uns pelos outros“, acredito que toda a trama gira ao redor dessa afirmativa, já que cada integrante da família faz um sacrifício nessa mudança de vida, especialmente Peter e seu pai, Arthur. Talvez as menos afetadas sejam a mãe e as duas irmãs do menino: Mia e Jenni. Mas ainda sim, Mia repete uma situação do passado que sua mãe passou com o seu avô Ed, exigindo mais um sacrifício de sua mãe. Entre sacrifícios e muito amor, a verdade é que o filme mostra que nós só entendemos a atitude do outro, até passarmos pelo mesmo.
E fiquem tranquilos, não há nenhum drama pesado. Mesmo as situações de bullying são leves, e não abrem espaço para sentimentos negativos como raiva, tristeza e angústia. A risada é sempre garantida, mesmo nos momentos mais tensos!
Sabe aquele tipo de filme que prende sua atenção em uma tarde durante a semana, e você não consegue parar de assistir porque fica ansioso pelo desfecho? “Em Guerra com o Vovô” traz exatamente esse tipo de situação!
Em um tempo difícil como esse que estamos vivendo pela covid-19, ouso dizer que esse filme é exatamente o que precisamos para relaxar em um dia comum do qual não queremos refletir sobre coisas pesadas ou simplesmente queremos esquecer um pouco dos problemas. Incrivelmente, esse filme deixa o resto do dia mais leve e tranquilo!