Deathloop teve seu lançamento no último dia 14 de setembro para Playstation 5 e PC, e foi desenvolvido pela Arkane Lyon, mesma desenvolvedora de Dishonored: Death of the Outsider, e distribuído pela Bethesda.

O game veio com a proposta de oferecer muito “tiro, porrada e bomba” aliado a sangue e humor. Será que entregou tudo isso mesmo? Vem com agente para descobrir na nossa REVIEW sucolina!

Noites Mal dormidas!

Na pele de Colt iniciamos nossa aventura na beira de uma praia. Segundos antes ele parecia estar sonhando, tendo um baita de um pesadelo na verdade, onde era assassinado por uma garota a sangue frio. Ao caminhar um pouco, já tendo o controle do personagem recebemos um contato por rádio – o primeiro de muitos – uma garota chamada Julianna que nos revela que o que houve anteriormente não foi um pesadelo e sim um fato real, e que Colt está preso em um eterno ciclo temporal que dura 1 dia, ou reinicia quando nosso personagem morre. A garota faz questão de dizer que já o matou várias vezes e que quer fazer isso eternamente para preservar o Ciclo.

Alguns passos adiante, adquirimos nosso primeiro item chamado Hackamajig, uma bugiganga criada pelo próprio Colt e que lhe ajudará muito durante nossa jornada, pois é capaz de hackear alguns itens, como antenas para abrir portas e torretas por exemplo. Logo entendemos o que está por vir: após um acidente em Blackreef, ilha onde se passa nossa aventura, um misterioso fenômeno causou uma anomalia no espaço-tempo, resultando assim o ciclo temporal infinito de Deathloop.

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Imagem Divulgação

Como quebrar o Ciclo?!

Um pouco mais adiante no game entendemos em que estamos nos metendo. Primeiro fato descoberto é sobre a AEON, um grupo criado com o intuito de preservar e estudar o ciclo, sob a bandeira de que o lado bom, e pra eles único, de se ter um loop temporal eterno é que as pessoas, obviamente, poderão viver para sempre e serem livres pra fazer o que quiserem, já que renascerão no dia seguinte.

Em seguida somos apresentados aos oito visionários, dentre eles Julianna, estes por sua vez, são membros da AEON e estão dispostos a tudo para entender e proteger o fenômeno. Colt então entende finalmente o que precisa fazer se quiser quebrar o ciclo, matar todos os visionários no mesmo ciclo, ou seja, no mesmo dia, para isso nosso protagonista tentará usar o ciclo ao seu favor!

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A morte é nossa melhor amiga!

Como mencionado mais acima, cada vez que Colt morre o ciclo temporal se reinicia, o personagem começa a usar isso a seu favor, pois apesar do reinicio do Loop temporal, todas informações e conhecimentos adquiridos são preservados, um exemplo disso é o primeiro código que adquirimos. Após morrer e voltar ao início, já sabemos onde ele está marcado e podemos abrir uma porta que não poderia ser acessada no ciclo anterior, então aqui a morte literalmente é um reinicio e em muitos casos morrer será uma arma e uma oportunidade, ou mesmo será necessária para corrigir, prever e agir de antemão diante dos próximos acontecimentos.

Com essas informações, cabe à Colt, entre idas e vindas e muitas mortes, descobrir cada detalhe sobre os visionários, seus Hobbies, personalidades, qualidades, defeitos, fraquezas, virtudes e o principal, saber o que cada um está fazendo e quando estão fazendo para conseguir fazer com que seu minucioso plano dê certo e que o ciclo finalmente se quebre. Mas claro que isso não será tarefa fácil e cabe a você no controle de Colt conquistar esse objetivo, ou pelo menos descobrir se é possível.

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Blackreef: A ilha que nunca morre!

A ilha de Blackreef, tem, quatro distritos para serem explorados, cada um com suas peculiaridades que vão do grande aglomerado de casas e pessoas de Upaam, até áreas mais remotas cercadas por laboratórios como O Complexo, cenários retro futuristas inspirados nos anos sessenta e com lindos visuais, que só a nova geração de consoles, em um bom PC, podem proporcionar.

Além do mais, um ciclo completo contém quatro períodos, manhã, meio dia, tarde e noite. Em cada período do dia, coisas diferentes acontecem e isso fica muito claro desde o começo de Deathloop mesmo para aqueles jogadores que preferem fazer apenas as missões principais, então a dica aqui é, explorar todos os distritos nos quatro períodos do dia, e tentar memorizar o distrito e período do dia em que estava aquele item que você por algum motivo deixou pra trás, afinal se você for em um horário diferente pode ser que o objeto não esteja mais por lá, ou mesmo que você não tenha acesso aquela área.

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Tiro porrada e bomba ou furtividade? A escolha é sua!

A gameplay, e eu diria até a dificuldade, do jogo pode variar de acordo com maneira que você joga ou queira jogar, gosta de sair matando todos? Aqui você pode, e quanto mais barulho fizer mais reforços podem chegar deixando a sua gameplay mais frenética e sangrenta.

A furtividade e cadência é uma ótima opção também, e uma simples arma com silenciador por exemplo, facilita e muito sua vida em Deathloop. Em vários momentos, se o jogador quiser, simplesmente ir adiante sem olhar para trás pode ser uma opção válida.

Jogue com Julianna e preserve o Ciclo

O multiplayer de Deathloop, é bastante peculiar, mesmo se optar por jogar offline durante a sua campanha com o Colt, Julianna, sua arquirrival, irá invadir seu mundo diversas vezes como IA para tentar te matar e, consequentemente, preservar o ciclo.

A única diferença, é que se deixar o game no modo Online, que já vem selecionado por padrão, outro player aleatório poderá invadir seu mundo na pele de Julianna, deixando a gameplay ainda mais divertida e transformando sua partida em um PvP 1 vs 1, há também uma terceira opção onde somente amigos poderão invadir seu mundo. O legal aqui, é que o PvP casou muito bem com a história do jogo já que nossa arquirrival busca nos matar o tempo todo durante a campanha.

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Toda a beleza e recursos que a atual geração de consoles pode proporcionar!

Apesar de estarmos em um momento ainda considerado de transição, onde muitos jogos estão saindo para ambas as gerações, Deathloop já está em um grupo, que tende a ser cada vez maior, de jogos exclusivos da geração atual, e isso pode ser notado no lindo visual aliado a fluidez que só os novos consoles podem proporcionar.

Jogando no Playstation 5, é impossível não notar como o game utiliza bem os recursos do feedback tátil e os gatilhos adaptáveis do Dualsense, falando desse último recurso é possível sentir o “peso” da arma a cada tiro o que ajuda a deixar o game ainda mais imersivo.

Como já tem se tornado padrão nos games para consoles da geração atual, o jogador pode optar por três opções de gráficos diferentes:

  • Modo Desempenho, que prioriza os 60 fps e deixa a resolução próxima aos 1440p
  • Modo Ray tracing, prioriza a resolução deixando-a próxima ao 4K, com ray tracing e 30 fps
  • Modo qualidade visual, que seria um modo intermediário entre os dois anteriores
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“GOTYLOOP”?

Se você busca ser surpreendido durante a história, ou mesmo busca algo mais profundo, talvez possa se decepcionar, afinal, boa parte da história já é nos apresentada logo de cara no tutorial do game. A grande sacada aqui, é como Colt monta todo esse grande quebra cabeça para tentar realizar seu objetivo, se é que isso é possível, ou seja, a cereja do bolo aqui não é o que temos de fazer, mais sim como solucionaremos as adversidades durante nossa aventura, inclusive nos dando a liberdade de jogarmos da maneira que acharmos melhor.

Apesar de aparentar ser repetitivo, cada ciclo é, para o protagonista, uma oportunidade de agir diferente, corrigir o que deu errado, manter o que deu certo, prever o futuro, e o jogador, quando menos esperar, irá estar fazendo o mesmo, mudando suas estratégias quando achar necessário, podendo fazer diferente tendo a seu favor uma arma tão importante quantos as várias armas de fogo que usamos durante o jogo, o conhecimento, e aí sim, estaremos entendendo que a história é só uma coadjuvante nesse universo de tantas possibilidades.

Com muito sangue, uma boa pitada de humor, e ausência de grandes títulos, que acabaram sendo adiados para o próximo ano, Deathloop tem tudo para te surpreender e é sem dúvidas uma ótima opção para os amantes do bom e velho tiro em primeira pessoa. Os mais animados já estão chamando o game carinhosamente de #GOTYLOOP, mas isso é um assunto para um outro dia.

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