Todo mundo que está na comunidade de games, em algum momento escutou a seguinte frase:
Caramba! esse jogo é mais difícil que dark souls!
Não é novidade que Dark Souls carrega uma enorme carga de dificuldade, tanto que definiu todo um gênero! Os famosos “Souls-likes”.
Mas, afinal, o que categoriza um jogo Souls-like?
Dificuldade extremamente elevada, história não explicitada ao jogador (geralmente conta com uma cutscene de introdução, mas somente contextualiza o jogador. O mesmo tem que descobrir a história lendo os itens do jogo e interagindo com NPC’s), poucos NPC’s durante a aventura, ausência de mapas e, principalmente, a exploração individual do jogador pelo cenário, cabendo a ele descobrir seu objetivo.
Em Dark Souls III, o jogo que iremos analisar hoje, muito da essência dos primeiros souls está presente, seja nos cenários ou nos NPC’s
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Lothric, a cidade dos Lordes das Cinzas
Dark Souls III é um jogo produzido pela From Software, dirigido e idealizado por Hidetaka Miyazaki, que marcará presença na BGS deste ano, lançado em março de 2016.
A história de Dark Souls III é cíclica, ou seja, os jogos tem todos um mesmo formato, porém com alterações nos lugares, chefes e NPC’s, mas sempre com a mesma premissa: a manutenção da chama primordial. Entretanto, Dark Souls III propõe um fim para o ciclo da chama, sendo assim, possivelmente o último jogo da franquia. Mas, afinal… como é a história de Dark Souls III?
Lothric é a cidade onde os Lordes das Cinzas se encontram, esses que têm seus deveres como herdeiros da Chama, responsáveis pela manutenção ou extinção da mesma. Entretanto, quando o dever chamou tais Lordes, cada um fugiu para uma parte do mundo, renunciando e negando seu trabalho. Porém, um Inacesos do cemitério, nasceu das cinzas por mais uma vez, para trazer cada lorde em seu devido trono, dando um destino à chama.
Em suma, cabe ao Inaceso (o jogador), recolher a alma e cinza de todos os Lordes e as posicionar em seus devidos tronos, para decidir o destino das chamas pela última vez.
A sombria beleza da contradição
A contradição é o tema principal em Dark Souls III. Antes, os Lordes das Cinzas eram grandes heróis responsáveis pela manutenção da chama, agora, são criaturas egoístas agarradas ao seus tronos, ou deveres mundanos.
Este contraste é muito bem aplicado durante o desenvolvimento do enredo do jogo, já que podemos observar os Lordes lutando pela sua sobrevivência, enquanto a Chama primordial corria um sério risco de apagar.
Falando no gameplay, encontramos diversos NPC’s durante o mesmo, estes tem suas próprias sidequests! Em uma primeira jogatina, será extremamente difícil cumprir a side de algum deles (se você jogar sem detonado, ou algo do tipo), só que em um New Game+ as coisa vão estar mais claras para o jogador.
O jogo conta com alguns lugares secretos também! Com chefes, magias, equipamentos e armas adicionais. Algum tempo depois de seu lançamento, duas DLC’s foram lançadas para o jogo: Painted World of Ariandel e Ringed City. Embora eu não tenha jogado, os fãs recomendam muito a compra das DLC’s, que exapandem o jogo por pelo menos umas 10 horas.
Uma novidade no gameplay de DS3 foram as Weapon Arts, que melhoraram muito a dinâmica das lutas. Cada arma tem sua própria Weapon Art, que consiste em um movimento único e especial, normalmente eles dão algum tipo de buff ao jogador, ou apenas infligem um dano insano.
Um momento de destaca para a Weapon Art da “Espada do Lupino”, que basicamente imita o ataque do Artorias, O Caminhante do Abismo de Dark Souls 1!
Os gráficos do jogo, assim como sua trilha sonora, são simplesmente incríveis! É sensacional ver o carinho que a From Software tem com a direção de arte de seus jogos, sempre com um padrão de qualidade excepcional.
O fim da primeira chama
DS3 encerra a franquia de uma forma extremamente bonita e poética, dando ao jogador três finais, que podem ser igualmente canônicos. Embora eu ame a série souls, o ciclo tinha que ter um fim, Miyazaki acabou dando um final à saga da Chama. Isso pode significar o final de Dark Souls, ou apenas o início de uma nova era no mundo do mesmo.
De qualquer forma, mesmo depois de 3 anos de seu lançamento, Dark Souls III ainda emociona, desafia o jogador com sua dificuldade e dá aquele sentimento e ambientação que só os jogos da franquia podem proporcionar.