Quem iria imaginar que do dia para noite um verme originaria uma pandemia mortal que está destruindo o mundo? Back 4 Blood é um survival horror de tiro em primeira pessoa que fará você ter uma nova experiência dentro do caos e hordas. Pegue seu kit de sobrevivência e venha para mais uma experiência com o SUCO:

Maldito Verme

O mundo está sucumbindo por um parasita, um verme que infecta os humanos e transforma-os em mortos-vivos, ou Contagiados. E após um ano do advento apocalíptico que domina a Terra, um grupo de veteranos sobreviventes, os Sentinelas, estão prontos para dar o basta na situação.

O prefácio é bem simples, então você entra numa história mais encorpada e trabalhada pela Turtle Rock Studios em um universo apocalíptico. Vemos personagens protagonistas com mais experiência dentro desse caos, cada um com seu estilo, linha de pensamento e ‘vendetta’.

Assim como o inicio me chamou atenção com o roteiro e vídeos de apresentação, eu imaginei que teria muito mais momentos cinematográficos no jogo. Mas não ocorre bem assim, e fica novamente como em Left 4 Dead pelos diálogos de campanha e começo e fim de cada ato. A expectativa do universo ter algum charme a mais, fora do padrão, não ocorre em totalidade.

Back 4 Blood
Imagem Divulgação

Meu baralho, meu estilo

Mas o que tem de tão especial em Back 4 Blood é a customização dos personagens para o in-game. Cada Sentinela tem uma habilidade para o grupo (confira AQUI), porém temos a mecânica de baralho do jogo. Cada jogador pode construir um deck que em cada carta confere habilidades ofensivas, defensivas, de suporte ou sobrevivência, para seu personagem.

Dessa forma você pode jogar como um franco atirador que busca causar mais dano nos Contagiados, um chamariz com grande vigor e defesa, ou um suporte que fica identificando os itens espalhados pelo mapa e curando muito mais que o normal. Assim você consegue curtir o jogo a sua forma, e conforme você completa os capítulos e os atos, você consegue os pontos de suprimento.

Com esses pontos você consegue comprar cartas novas, além de desbloquear skins de personagens e armas, e pichações. Outra forma de conseguir algumas cartas é jogando mesmo, como matando inimigos com uma arma especifica muitas vezes. Então aí vem um problema, essa mecânica de baralho e suprimentos só funciona no co-op.

O modo Solo não utiliza do baralho mas apenas as habilidades únicas dos Sentinelas. Nem mesmo ao completar um ato inteiro o jogo te dá a recompensa de suprimentos para investir nos cosméticos. É um desafio interessante em uma perspectiva, mas sinceramente é melhor você criar a sala no modo online e jogar sozinho para obter contudo do jogo e até mesmo as conquistas.

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Imagem Divulgação

Corra para as colinas

Os controles são padrões de qualquer jogo em tiro de primeira pessoa, arma primária e secundária, um item de suporte, outro médico e por fim um de combate. Além disso, o vigor do personagem é algo para tomar cuidado, você não consegue correr infinito e nem golpear infinitamente no combate corpo-a-corpo.

Além disso, o sistema de vitalidade de Back 4 Blood é algo impressionante. Não adianta você ficar tomando dano e pensar “ah daqui a pouco eu me curo”. Sua barra de vida decresce de valor ao longo do tempo, trazendo um realismo estratégico muito forte e que o famoso kit médico não restaura. Cada queda pulveriza muito sua vida total, para se ter uma ideia, eu terminei um ato com 40 de vida máxima.

Então um pouco mais a fundo das mecânicas, temos um imenso RPG. Dinheiro, nível de armas e acessórios, chance de obter cartas de baralho e missões. Cada capitulo você vê o baralho do “mestre” que impõe dificuldades a fase, como névoa, contagiados especiais mais fortes ou missões que no fim garante recompensas para você.

E falando em contagiados especiais, esses sim tem um ponto positivo que é a diversidade deles. Por exemplo o ‘Garotão‘, um Contagiado alto com um braço forte, ele pode te sufocar, brincar de espancar igual o “Hulk contra o Loki”, ou apenas ter um dano extraordinário na pancada.

Porém temos uma classe de Contagiado nominado como Chefes, e ai fica meio o momento ‘script‘ dos capítulos para eles aparecerem. Se o baralho do mestre passar a informação, se prepare para um Ogro ou Destruidor, eles criam um zona de dano, como uma arena de combate e os outros Contagiados aparecem em dobro para causar problemas. Falando em problemas cuidado com os Delatores ou escute a tenebrosidade da Bruxa!

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Imagem Divulgação

Um novo mundo

Agora algo que não falha são os detalhes e os cenários bem produzidos, a trilha do jogo dá uma boa imersão à história, da mesma forma que você precisa estar sempre alerta. Os Contagiados sempre emitem um som característico e no meio do tiroteio você pode até mesmo não perceber.

Mas mesmo assim eu me incomodei com algo no desenvolvimento das fases: como apelaram para a repetição de cenário em alguns atos. Por mais que depois você seja obrigado a descobrir uma nova área, por que sempre passar pelo mesmo local no capítulo? Claro que em dificuldades maiores o baralho do mestre causa diferenças, mas o cenário se inicia igual. Porém eu aplaudi de pé o Ato 3 pelo seu clímax, e considero o melhor level design de Back 4 Blood.

Então você pergunta, e a Inteligência Artificial do jogo? É melhor que muitas vistas por ai, mas ainda tem problemas. O que eu vi de granada e molotov sendo jogado em um inimigo básico singular é impressionante. Além disso, tanto Contagiados como Sentinelas conseguem ficar travados por obstáculos do mapa e sala pequenas. Por mais que depois de uma grande distância eles reaparecem do seu lado, é meio frustrante durante uma horda os bots lá atrás tomando mortes e acabando com o objetivo extra do capitulo.

O modo Enxame traz a proposta de um PvP entre Sentinelas e Contagiados numa arena no melhor de 3 rounds. Mas o modo além de não ser rápido, não atraiu muita gente quando tentei jogar, e as “recompensas” não são grandes, então é preferível jogar um ato mesmo. Porém fica claro que Back 4 Blood vai trazer mais conteúdo ao longo do tempo e dessa forma outros modos mais atrativos.

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Imagem Divulgação

Sobreviva com os melhores

Não é à toa que Back 4 Blood é voltado para o cooperativo, ainda a mais com o Cross-play entre as plataformas. Só que tem deméritos quando você joga com desconhecidos, muitas das partidas os usuários saem quando eles mesmos estragam um objetivo secundário, ou morrem sozinhos lá na frente, ou porque você pegou o personagem dele. Então fica a critica, por que o modo solo não recompensar da mesma forma que o online?

Outra coisa que vai aumentar com o tempo e possíveis atualizações e DLCs de Back 4 Blood é a customização cosmética dos Sentinelas e Armas. São poucas e algumas nem tão chamativas, o pacote da edição Deluxe que vem com o kit Fort Hope traz belos visuais em comparação com o básico do jogo. Além disso, o valor do jogo é algo que afasta muitos players nesse início de jornada.

No entanto, Back 4 Blood está totalmente localizado para o Brasil, desde interface a dublagem, e olha que dublagem gostosa de ouvir durante a jogatina. Claro que o jogo é para maiores de 18, então ouvir consagradas vozes do cenário brasileiro mandando aquele palavrão é muito divertido.

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Imagem Divulgação: Steam

Enfim, traga seus amigos para o universo caótico e corrompido e meta bala em tudo! Back 4 Blood, da desenvolvedora Turtle Rock Studios e publicada pela Warner Bros. Games, está disponível para Xbox Game Pass para Xbox Series X|SXbox One e PC Windows 10, e também para PlayStation 5PlayStation 4 e PC (via Steam).