Dose dupla da Ubisoft nesta última quinzena, a começar com Watch Dogs: Legion (leia nosso Primeiro Gole) e agora com o novo título de uma de suas maiores franquias, Assassin’s Creed Valhalla.
Desenvolvido pela Ubisoft Montreal (e outros diversos da empresa), Valhalla apresenta a épica saga de Eivor, próximo ao do que estamos acostumados a ler e assistir nos últimos anos – desde a série Vikings (2013) e seu Ragnar e Sigrid, livro lançado digitalmente por aqui pela Conrad.
Dentro aquele escopo visceral do século IX DC, o jogo apresenta tudo o que gostaríamos de vivenciar: lutas energéticas, cenários e ambientações nórdicas, trama selvagem e muita trairagem política! Isto é Assassin’s Creed Valhalla em sua essência, em meio a penteados customizáveis, tatuagens personalizáveis e um sistema de progressão de personagem próximo ao do que vimos nos últimos dois títulos da franquia. Sobre este último aspecto, vamos falar mais adiante.
Invasões e Assentamentos
No game temos Eivor, e da mesma forma dos anteriores, escolhendo o gênero Feminino ou Masculino, as coordenadas de sua personalidade são feitas por nós – isto causou um furor dentro da comunidade fã da franquia, que aguarda um novo personagem marcante como Ezio e similares.
Eivor é o típico líder viking, carrancudo e que não leva desaforo para suas terras; justamente pelo contrário. Ele busca nova lares para plantar e cultivar. Com isso, você embarcará em sua jornada invadindo a Inglaterra (e seus entornos), construindo assim seu assentamento. Por sinal, este é um dos pontos altos do game e fica o parabéns para os desenvolvedores – mais uma vez – em fazer uma pesquisa tão minuciosa (chega até ser arqueológica) para trazer a experiência de uma vivência viking naquela época.
Tríade Origins, Odyssey e Valhalla
Confesso que não sou o mais profundo conhecedor da franquia Assassin’s Creed, onde tive minha estreia com Black Flag e depois passando por Origins, Odyssey (meu preferido até o momento) e agora com Valhalla.
Com isso, devo dizer que a tríade dos últimos jogos são extremamente semelhantes e até arrisco dizer que são irmãos e devem ter sido contemplados ou argumentados num mesmo período – o que muda, são as datas de lançamento, evidentemente.
Um dos conceitos clássicos dentro da jogabilidade dos últimos jogos é de de ter um animal que são teus olhos, como era no caso de Senu e Ikaros, aqui temos o corvo Synin, que além de sobrevoar e podermos marcar os pontos de interesse, podemos deixá-lo num modo “piloto automático” enquanto exploramos normalmente em terra firme.
A progressão de personagens, o estilo do mapa, bússola, visão da águia e até mesmo alguns recursos estéticos e texturas, são bem similares a Origins e Odyssey. Mas aí fica a pergunta: o que é realmente diferente?
Fora o fator do assentamento, logo de cara já somos apresentados a Árvore de Habilidade, dividida em três grandes galhos, se assim podemos dizer, que são eles: Lobo, Urso e Corvo. O primeiro influencia na maleabilidade de seu Arco e Flecha, como alcance e danos agravados, já o segundo, do Urso, aprimora sua habilidade de luta corpo-a-corpo e lhe dá o vigor de um verdadeiro animal em combate. O terceiro, do Corvo, lhe darão mais perícia em furtividade e nas habilidades de Assassinato, tão conhecida na série. Minha escolha? Sou um troglodita nato, e claro, me foquei no Urso logo de cara!
O que esperar?
Por conta de ser um jogo bem completo e que deva garantir mais de 100 horas de jogatina, é muito cedo tecer qualquer comentário sobre sua longevidade e qualidade de roteiro, o que devo fazer posteriormente num REVIEW completo.
Ainda sim, e similar aos últimos da franquia, Assassin’s Creed Valhalla dá muito pano pra manga ao jogador que busca exploração, pilhar ou simplesmente acompanhar uma boa e direta história viking. Neste último quesito, ressalvo que não senti o mesmo impacto que tive em Odyssey, mas é provável por conta de estar mais habituado com a cultura nórdica que com a grega, o que não me gera tanta curiosidade ou traz novidade.
Espera-se que no seu decorrer, fuja de clichês tão conhecidos da cultura nórdica e nos traga algo mais original e estruturado dentro desta narrativa que nos intriga, pois se for contar apenas com a jogabilidade, é mais um dentre os tantos action-rpgs que vemos por aí.
Espero me surpreender com o jogo e espero também trocar minha placa de vídeo, uma GTX 960 que anda gritando para rodar o jogo – recomendo fortemente uma GTX 1060 ou superior para uma melhor estabilidade e taxa de quadros na casa dos 60. Enfim, que rolem as cabeças, pois de noite há de curtir um bom hidromel na Casa Comunitária!
Assassin’s Creed Valhalla está totalmente em português do Brasil para Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4 e PC (via Epic Games e Ubisoft Store). O game também será lançado para PlayStation5 junto com o novo console, em 12 de novembro. Para maiores informações, acesse o SITE OFICIAL.