Existe um espaço, a essa altura de presença obrigatória, em vários eventos que tocam na cultura pop realizados no Rio Centro, seja a Bienal do Livro, seja o Rio Matsuri, seja o Anime Friends. E é claro que estamos falando do estande da Comix, que abriga tudo quanto é título de mangás e comics, dos conhecidíssimos até os mais nichados.
A Bienal do Livro 2021 tem sabor especial de volta ao lar. Mesmo seguindo normalmente depois de dois anos, foram dois anos intensos, reclusos e esta volta ao ar livre depois de tanto tempo não vem sem uma sensação diferenciada. E é por isso mesmo que resolvemos perguntar a alguns visitantes que passavam pelo local sobre como é estar de volta ao Rio Centro, de volta às ruas e lógico, sobre suas obras de mangá/anime favoritos!
Gabriele e Isabela vieram cada uma com foco já definido. Uma procurara Tokyo Manji Revengers, que infelizmente só sai em 2022. Outra é fã do gênero shoujo-ai, conferindo obras como Citrus e Blooming Into You.
Igor, acompanhado de Jaqueline, mostrou-se contente com o avanço das condições para a volta de eventos e curtiu o mangá de Kamen Rider Kuuga. E Jaqueline veio pelas crônicas de Zelda!
Jonathan, Caio, Luísa e demais outros (não pode faltar um baita bonde na Bienal) reuniam gostos diversos e bastante em conta. Alguns já eram enfiados em clássicos como Fullmetal Alchemist ou nomes populares mais recentes como Noragami. Havia também entre os gostos, The Promised Neverland, história interessantíssima, mas de adaptação desastrosa nos animes. Outras pessoas no mesmo grupo eram marinheiros de primeira viagem, experimentando pela primeira vez o mundo dos mangás, como a Luana, que é fã de arte surrealista.
Enquanto voltávamos para mais um dia com a Bienal do Livro, víamos os ânimos tomando conta não só do lado de dentro como do lado de fora. O bom humor de Seu Alex, um dos seguranças do evento, não teve como deixar passar batido!
Ânimo, aliás, era a palavra certa para definir João Vitor, fã de obras mil, por quem passei enquanto elogiava bastante Monster, de Naoki Urasawa. E quem disse que parava por aí? Link Click, Berserk, GTO, Parasite e Gurren Lagan estavam no rol de paixões do rapaz, acompanhado de Maria Eduarda, a quem estava sendo apresentada tanto a Bienal quanto o mundo dos mangás e animes.
Victor Machado veio com seus amigos e representou uma dor de todos nós: o drama do volume 1! Que aliás era falta declarada e confessa no estande da Comix. Fora algo lá e cá, como o mangá de Houseki no Kuni, praticamente nenhum dos títulos à venda no estande possuía o primeiro volume, servindo mais àqueles que querem completar suas coleções do que efetivamente iniciá-las.
Uma das belezas de ter saído para ouvir as pessoas que passavam pela gente foi lembrar daquele ponto de onde todos começamos: quando chegamos pela primeira vez num lugar com tudo o que a gente mais gosta reunido e mais um pouco. Era esse o caso de Gabriel, que segundo suas próprias palavras, “começou a se decompor e a chorar” assim que entrou na Comix. Grande fã de Nanatsu no Taizai, era sua primeira vez na Bienal do Livro, visivelmente entusiasmado e com tal ânimo ele falou conosco, acompanhado dos amigos.
E esse foi mais um capítulo da nossa visita à Bienal do Livro 2021. Lembrando que, se você não pôde estar presente ou ver o bate-papo incrível do mestre do horror Junji Ito, saiba que temos tudo bem coberto aqui também!