O Ursinho Pooh começou em 1924 e se tornou a maior história infantil de todos os tempos, e além de uma bela história infantil ela também é reflexiva.
Quando foi anunciado o filme, esperava uma pegada mais nostálgica como aconteceu no trailer, e no fim não só aconteceu isso como trouxe uma história além do que esperava de Christopher Robin, mais denso, complexo e reflexivo do que o desenho, mas que bate a nostalgia de quem se lembra das histórias de Ursinho Pooh; isso sem precisar relacionar cada personagem com um transtorno psicológico.
Profundidade na história
A trama aparenta ser simples mas engana, mesmo com a profundidade da história, ela é fácil de entender e te prende em todo ponto, bem divertido e até trágico em alguns momentos.
A Disney não teve medo de misturar tons alegres e coloridos com tensão e fotografia quase na pegada de filme de terror, mas que não têm nenhum susto do gênero, muito pelo contrário, ele continua leve em sua mensagem do início ao fim.
O longa Apresenta boas escolhas para resolver os problemas – onde acabam complicando a situação de Christopher Robin – isso tudo com mensagens indiretas apresentadas que se refere ao mundo de Ursinho Pooh, sabendo de toda a representação às doenças mentais que representam, faz você ligar tudo que já é conhecido desse mundo para o filme e faz ele ser muito melhor do que ele aparenta ser.
O plot do filme é bem ligado a outras mensagens do filme que faz com que aquela simplicidade não exista e você acaba tendo um filme reflexivo e complexo que funciona para todas as idades. Impressiona a sutileza de detalhes que existe em tela, quando menos se espera, você entende a mensagem e liga todos os detalhes já mostrados.
Um Filme Impecável
Tecnicamente o filme é impecável, cenas de tensão junto com névoa e fotografia quase monocromática casa perfeitamente com dois pólos agindo em situações que te transmite muitas mensagens, um diálogo com o Ursinho Pooh e o adulto Christopher Robin mostra a diferença de uma inocência infantil e um adulto racional, isso sem envolver o transtorno que ele representa.
Quando as coisas melhoram, tudo é florido e colorido com sol raiando e todos os personagens da Floresta dos Cem Acres, e o Ursinho Pooh ainda naquela ingenuidade infantil que é transmitida para todos presentes, inclusive o adulto pai de família Christopher Robin, que muda seu jeito de ser durante o filme só por encontrar seus antigos amigos e fazê-lo olhar para si mesmo, um grande “elafante” – sem falar de trazer personagens de desenho animado em um mundo tridimensional, mesmo os animais como o Coelho e o Corujão ficaram incríveis.
A Disney não poupou esforços para a produção desse filme, em uma cena onde Ursinho Pooh pede um balão vermelho, foram usados 400 figurantes trajados e maquiados como na época, também se preocuparam bastante com a área a ser gravada. Por ser uma área de floresta, sempre bem cuidadosos por uma questão ecológica, também pelo fato que muitas áreas verdes presentes no filme são territórios de residências da Rainha Elizabeth, para quem achava que esse filme seria simples e bobinho, teve uma surpresa grandiosa.
Qualidade além do filme
Um grande set de filmagens como Londres, um roteiro denso e complexo que vai além do que é mostrado em tela, uma fotografia invejável que casa com cada situação, e a turma do Ursinho Pooh trazida em movimentos tridimensionais, faz acertar em cheio o que pode ser mais um grande sucesso de bilheteria para a Disney.
Pensando em Vingadores: Guerra Infinita e Os Incríveis 2, além de muitos outros já lançados, faz apostar as fichas que esse ano de 2018 será da Disney sem sombra de dúvidas, e com filmes como Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível, esse filme irá atrair pessoas de todas as idades e baterá grandes números de bilheteria tanto pela genialidade quanto pela nostalgia de rever o tão amado Ursinho Pooh e seu fiel amigo Christopher Robin.