Batendo 29 pontos de audiência na Grande São Paulo, Deus Salve o Rei foi a maior estreia de uma novela das sete desde “Cheias de Charme”, em 2012, alcançando mais de cem mil comentários nas redes sociais. Confira o que achamos!
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Com uma enorme repercussão nas redes sociais – e principalmente entre os jovens, Deus Salve o Rei estreia na TV Aberta com uma proposta ambiciosa de levar os telespectadores a uma Idade Média imaginária, e consegue, pelo menos tecnicamente, convencer muito bem!
Medieval Global
A Rede Globo vem apostando forte em sua primeira teledramaturgia medieval, e lembre-se: apesar das comparações pelo gênero capa e espada, “Que Rei Sou Eu?”, outra novela da emissora e transmitida em 1989, se passa no século XVIII.
Com uma equipe técnica formidável – se não me falhe a memória, o diretor Fabrício Mamberti contou em um painel na CCXP 2017, que Deus Salve o Rei possui mais de uma centena de pessoas envolvidas nos efeitos especiais, 3D e CGI – e mesmo se você assistir numa TV gigantesca, não vai reparar o uso de chroma key ou similares. Há um grande capricho neste quesito que você pode ver no primeiro vídeo abaixo.
Com uma mescla de cenas em estúdio e tomadas externas, o banco de imagem das paisagens é impressionante, mostrando uma versatilidade do clima temperado, com montanhas, florestas de pinheiros, algo comum e visto na região Europeia.
Aliança: Montemor e Artena
A trama central vista no primeiro capítulo de Deus Salve o Rei é bem simples, até mesmo clichê para quem está acostumado com o gênero: Montemor possui ferro e Artena, água, dois recursos importante para ambos. Com isso, fizeram uma aliança, mas por quanto tempos mais?
Nesse cenário, dois núcleos foram construídos na estreia, com uma mescla de elenco jovem e mais maduro, como Marco Nanini que governa Artena, interpretando Augusto, e Rosamaria Murtinho, a rainha senil, Crisélia, que toma conta de Montemor.
Do lado dos mais joviais, e que particularmente achei que ainda falta mais entrosamento, está a dupla Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine, onde a primeira interpreta a heroína e camponesa Amália, e a segunda, a princesa Catarine.
Quem se destacou no elenco foi Johnny Massafaro, já muito a vontade no set e que interpreta um príncipe fanfarrão e mulherengo de Montemor, provável alívio cômico da trama, junto com Tatá Werneck, que não apareceu no episódio piloto. O garoto utilizou de trejeitos e bocas de forma carismática, que com toda certeza, vai ganhar o público espectador.
Salve as Referências!
Como todos já devem estar sabendo, não só como recursos de direção, mas o roteiro (feito por Daniel Adjafre) bebe de muitas obras de medieval contemporânea. Sim, não só de Game of Thrones e Vikings, mas Robin Hood e até mesmo Disney – ou você acha que Amália e Caterine não tem um quê de heroína e vilã/bruxa das animações?
Por conta de sua extensão em centenas de episódios, é bem provável que teremos dezenas de easter-eggs e ainda mais referências com nossas tão amadas séries/filmes, mas claro, o tom aqui é diferente e feito para o público da TV Aberta. Não espere as mesmas linguagens, reviravoltas e complexidades de roteiros; aqui é entretenimento ou ainda mais, diversão.
A quem assistir – sob a ótica de quem vê novela, lembre-se – a obra não faz feio e tem uma bela estreia. Algos vícios de linguagem e/ou atuações vão incomodar na questão de ambientação, onde o questionamento “será que isto aconteceria na Idade Média, mesmo?”, mas a sedução vem nesta aposta a moda antiga. Queremos mais disto na TV Aberta!
E que trilha sonora, meus amigos <3
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