Violet Evergarden é um dos animes mais aguardados deste ano e estreou recentemente na Netflix. Para este PRIMEIRO GOLE, em específico, os primeiros quatro episódios foram levados em consideração.
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Já explicando do porquê que demorou um pouquinho para sair nossa Golada. Ao assistir o piloto, ache que ainda faltava “algo mais” ou mesmo mais informações com relação a série para poder passar uma primeira impressão para vocês.
Conforme foi saindo mais episódios, Violet Evergarden foi solidificando seu roteiro, e de fato não teve uma reviravolta ou muitas revelações. Pelo jeito, a série caminhará para seus 14 episódios neste ritmo – é o que parece. Isso não é uma crítica negativa (pelo menos, não tanto), mas ainda espero por “algo mais” – e torço para ter isso quando for fazer o REVIEW.
A Missão da Automata Violeta
Violet Evergarden é uma “máquina de guerra” e ainda não ficou claro se ela é uma androide, humana, robô ou se tomou um “super soro”. Após o período conturbado das batalhas – em uma época que flerta com o fim da Era Vitoriana e a Primeira Guerra Mundial – a protagonista resolve trabalhar para uma agência de Automatas, escrevendo cartas.
Se por um lado ela é uma excelente guerreira, nas demonstrações de emoções ou vivência em sociedade é totalmente o contrário. Com costumes militares, ela precisa ser subordinada a alguém para realizar qualquer tipo de ação – até comer – ou seja, é necessário um chefe ao lado dela para dizer o que ela deve ou não fazer.
Não tendo uma opinião própria ou o poder da decisão, acaba refletindo na forma em que escreve cartas – sem nenhum tato afetivo – o que acaba sendo trabalhado nestes primeiros episódios do anime, em como ela começa a viver melhor em sociedade e entender como funciona os sentimentos humanos.
Sua motivação? Lembra que ela participou da guerra né? Por um motivo ainda misterioso, ela nutre uma admiração (diria até um fanatismo) pelo Major, seu mentor e que ainda não sabemos o que aconteceu com ele. Na série dá a entender que ele morreu, mas na cabeça de Violet, ele ainda pode estar vivo. O jeito é aguardar pelo desenrolar da trama.
Deslumbrante e Perfeito – visualmente
Com relação a parte técnica, não tem muito o que falar. Quase tudo é perfeito, com uma otimização da animação surpreendente – sério mesmo, de cair o queixo – e tudo conta com uma movimentação suave, de cenários, ambiente e os cabelos das personagens, principalmente o de Violet.
KyoAni é mestre nesta função e o diretor Taichi Ishidate (Kyoukai no Kanata), e sua equipe sabem o que estão fazendo, justamente para impressionar quem assiste. Destaco também para a trilha sonora, trabalho de Evan Call, que já fez Schwarzesmarken e Big Order, por exemplo.
Protagonismo em Terceira Pessoa
Violet Evergarden tem uma dinâmica episódica, mas que claro, tudo o que a protagonista passa é levado para o conjunto todo da obra. O que quero dizer é de que cada episódio há uma carta nova para ser escrita ou uma nova missão, onde temos a apresentação de um personagem novo.
É provável que isto permaneça até a primeira metade da temporada e que mude na segunda, onde teremos o fechamento dos arcos individuais, de Violet e dos planos de fundo da série.
Mesmo sendo um dramalhão – e dos bons – Violet Evergarden conta com um ritmo dinâmico para quem assiste. Não é cansativo. A protagonista sem sal, tem muito potencial para mostrar a que veio, e a trama deve ter uma característica reviravolta que pode alavancar de vez a série. Bem, isto é o que espero.
Por ora, toda quinta-feira na Netflix, estamos lá acompanhando as aventuras de Violet tentando entender os sentimentos humanos – e nós querendo entender mais da série, qual a real mensagem da KyoAni para nós.
Veja o trailer na Netflix